Marxismo e multiculturalismo

Frank Ellis

 

Nas funções da vida cotidiana, era necessário pensar antes de falar, pelo menos às vezes, sem dúvida, mas um membro do Partido chamado a proferir sentença jurídica ou ética devia disparar as opiniões corretas de forma automática, como se fosse uma metralhadora disparando munição.

(GEORGE ORWELL, 1984)

Nenhuma sociedade bem-sucedida mostra tendência espontânea para o multiculturalismo ou multirracialismo. Sociedades exitosas e estáveis revelam alto grau de homogeneidade. Aqueles que defendem o multiculturalismo não sabem disso ou, mais provavelmente, acreditam que para transformar as sociedades ocidentais em sociedades estritamente reguladas por burocracias rácico-feministas eles devam, primeiramente, solapar tais sociedades.

Essa transformação é tão radical e revolucionária quanto o projeto que estabeleceu o comunismo na União Soviética. Da mesma forma como todo aspecto da vida deveu ser colocado sob o controle dos comissários do povo para a aplicação do ideário comunista, os multiculturalistas buscam colocar sob sua vigilância e dominação todos os aspectos de nossas vidas. Ao contrário da dura tirania dos sovietes, o despotismo dos multiculturalistas dispõe de meios mais brandos, mas pelo resultado acabaremos trancafiados e fortemente atados como um prisioneiro no Gulague. A “correção política” de hoje representa uma etapa superior na evolução do terror e do menticídio comunistas.

Contrariamente ao comunismo, que foi óbvio implante alienígena, o multiculturalismo mostra-se particularmente pernicioso e de difícil erradicação pelo fato de haver sequestrado a infraestrutura moral e intelectual do Ocidente. Embora se coloque como campeão das mais caras convicções do Ocidente, ele é, na verdade, a perversão e o sistemático solapamento da própria ideia de Ocidente.

O que nós chamamos, atualmente, de “correção política” remonta à União Soviética dos anos vintes. Em russo, essa expressão se pronuncia como politicheskaya pravil’nost. Ela significou a extensão do poder político à educação, à psiquiatria, à ética e ao comportamento. Tratou-se de peça essencial do mecanismo para assegurar que todos os aspectos da vida estivessem de harmonia com a ortodoxia ideológica — o que é marca típica dos totalitarismos. No período depois de Stálin, o desrespeito à correção política era considerado sintoma de doença mental, e o “tratamento” era ministrado ao “paciente” no interior da prisão onde era internado.

Mao Tsé-Tung, o Grande Timoneiro, dizia que “Quem não tem a correta orientação política não tem espírito”. O pequeno livro vermelho de Mao é repleto de exortações à obediência ante os ditames do pensamento comunista e, por volta dos anos sessentas, a correção política maoísta estava bem estabelecida nas universidades americanas. A fase final de seu desenvolvimento, que agora presenciamos, resulta do cruzamento com todas as mais recentes doutrinas: o antirracismo, o feminismo, o estruturalismo e o pós-modernismo, que prevalecem nos currículos universitários. O resultado disso está na nova e virulenta ressurgência do totalitarismo, cujas semelhanças com o período comunista são óbvias. Os dogmas do presente exigem o controle rígido da linguagem, do pensamento, do comportamento, e seus transgressores são tratados como se fossem mentalmente desequilibrados. O mesmo acontecia com os dissidentes soviéticos.

Há quem tenha argumentado não ser justo descrever o regime de Stálin como “totalitário”, porquanto um só homem, mesmo exercendo o poder de forma muito bruta, não teria como controlar todas as funções do Estado. Pois é, mas isso não seria preciso. O totalitarismo foi muito mais um estado de terror, de censura e de campos de concentração; consistiu num estado mental no qual a própria ideia de um ponto de vista privado ou opinião foi eliminada. O propagandista totalitário impõe os conceitos de que escravidão é liberdade, miséria é abundância, ignorância é conhecimento e de que a sociedade mais rigidamente fechada é a mais aberta do mundo. Então, uma vez que certa parte de sua população passe a “pensar” assim, uma sociedade devém funcionalmente totalitária, mesmo quando um só ditador não possa pessoalmente controlar tudo.

Atualmente, sabemos muito bem disto, tentam fazer parecer verdade que diversidade é força, perversidade é virtude, sucesso é opressão e que a repetição incessante dessas ideias é forma de pregar “tolerância e diversidade”. Na verdade, a revolução multicultural suscita a subversão em toda parte, da mesma forma como fizeram as revoluções comunistas: o ativismo judicial mina a liberdade pública; a “tolerância” solapa as condições que fazem possível a verdadeira tolerância; as universidades, que deveriam ser santuários da pesquisa livre, oráculos da ciência, sofrem censura que se compara àquela dos sovietes. Ao mesmo tempo e de forma obsessiva, forçam a aceitação da igualdade como valor absoluto: a Bíblia, Shakespeare e a “música” repe são textos de “perspectivas igualmente válidas”; a desviância e a criminalidade são tomadas em conta de “estilos de vida alternativos”. Atualmente, Crime e castigo, o livro de Dostoiévsky, teria o título “Crime e aconselhamento”.

 

Na época do comunismo, o Estado totalitário tinha por base a violência. Os expurgos dos anos trintas e o Grande Terror (que serviu de modelo para a Revolução Cultural maoísta) valiam-se da violência contra os “inimigos de classe” para reduzi-los à obediência. Os membros do Partido assinavam sentenças de morte para os “inimigos do povo”, sabendo que eram inocentes, mas acreditavam na correção política das acusações. Na década desde 1930, a noção de culpa coletiva “justificou” o assassinato de milhões de camponeses russos. Como refere Robert Conquest em The Harvest of Sorrow (p. 143), a visão que o Estado tinha do campo se resumia na fórmula “Nenhum camponês é culpado de nada, mas a classe camponesa é culpada de tudo”. A criminalização de instituições e grupos inteiros torna muito mais fácil a transformação total e totalitária da sociedade.

Daí a maravilha que é o “racismo” e o “sexismo” para os profligadores da cultura — o pecado pode se estender para além dos indivíduos e macular também as instituições, a literatura, a linguagem, a história, as leis, os costumes, as civilizações. A acusação de “racismo institucional” não é diferente de declarar toda uma classe econômica como inimiga do povo. O “racismo”, o “sexismo” são armas de assalto do multiculturalismo, suas Grandes Ideias, assim como foi a guerra de classes para os comunistas, e os efeitos são os mesmos. Se um crime pode ser coletivizado, todos podem ser culpados por sua participação num grupo errado. Os jovens brancos preteridos nas escolhas oficiais do direito racial são a versão atualizada dos camponeses russos. Mesmo que nenhum dos jovens brancos nunca tenha oprimido ninguém, eles “pertencem a uma raça que é culpada de tudo”.

O propósito dessas campanhas multiculturais é destruir a autonomia consciencial, o ego de cada pessoa, no que estão tendo sucesso. A boca se move, os gestos corretos são feitos, mas é a boca e os gestos de um zumbi, de um novo homem soviético, tão manipulável como uma personagem de videojogo [no original: PC-man]. Quando, então, certa proporção de gente tiver sido condicionada dessa forma, a violência não será mais necessária. Um sólido Estado totalitário se estabelece, e a vasta maioria sabe o que dela se espera e cumpre os papéis que lhe são atribuídos.

O experimento russo com a revolução e a engenharia social totalitária foi bastante retratada por dois dos maiores escritores do país, Dostoiévsky e Soljenítsin. Eles dissecaram brilhantemente os métodos e a psicologia do controle totalitário. Os demônios, de Dostoiévsky, é a mais penetrante e perturbadora análise da mente revolucionária e utópica na literatura do mundo. Os “demônios” são os estudantes radicais das classes média e superior que flertam com alguma coisa que eles não compreendem. A classe dirigente tentou contentá-los. As universidades haviam declarado guerra à sociedade em geral. O clamor dos estudantes é por liberdade: queriam se livrar das normas sociais estabelecidas, dos costumes, da desigualdade, do passado.

A queda da Rússia no vício e na insanidade é um grande sinal de perigo dado a toda nação que declara guerra ao seu passado na esperança de construir o paraíso terrenal. Dostoiévsky não viveu para ver as abominações que previu, mas Soljenítsin as sofreu de forma pessoal e direta. O arquipélago Gulague e Agosto de 1914 podem ser vistos como história das ideias, como tentativas de explicar o transe por que passou a Rússia depois de 1917.

Soljenítsin atribui à educação e à visão dos professores sobre o seu trabalho as maiores causas não só da hostilidade às formas tradicionais da autoridade como também da sedução da juventude russa pelas ideias revolucionárias. No Ocidente, durante os anos sessentas e setentas — período que, generalizando, podemos chamar de “os sessentas” — nós ouvimos o que foi um poderoso eco da capitulação mental coletiva da Rússia desde 1870 e por todo o tempo da revolução.

Um dos ecos do marxismo que ainda ressoam hoje é a ideia de que a verdade reside na classe (ou no sexo, ou na raça, ou na orientação erótica). A verdade não é algo a ser buscado pela perquirição racional, mas depende da perspectiva de quem fala dela. No universo multicultural, a opinião de uma pessoa é “valorizada” (eles adoram essa palavra) conforme a classe a que pertença. As feministas, os pretos, os ambientalistas, os homossexuais alegam dizer a verdade porque são “oprimidos”. Afundados na miséria da “opressão”, eles podem divisar mais claramente a verdade do que os homens brancos e heterossexuais que os “oprimem”. Temos aqui o velho legado mítico da superioridade moral e intelectual do proletariado marxista sobre a burguesia passado aos novos agentes da revolução, que o recebem e renovam. Atualmente, a “opressão” confere uma “perspectiva privilegiada”, que na sua essência é infalível. Como disse Robert Bork em seu Slouching Towards Gomorrah, os pretos e as feministas são “ferrenhos contestadores da argumentação lógica” — assim como eram os crentes mais exemplares do comunismo.

De fato, ativistas do feminismo e do antirracismo rejeitam abertamente a verdade objetiva. Sentindo-se confiantes por terem intimidado a oposição, fazem todo tipo de demanda, partindo do pressuposto de que homens e mulheres são iguais quanto a tudo. Quando os resultados não correspondem às crenças, nisto encontram mais uma evidência da malvadeza do homem branco.

Uma coisa das mais deprimentes no Ocidente hoje, especialmente nas universidades e na mídia, é a aceitação do feminismo como importante contribuição dada à ciência e a submissão a todos os seus absurdos. Curiosamente, isto não requer violência física. O desejo de ser aceito é o que  dobra as pessoas diante desses pretensos revolucionários de classe média. Piotr Verkovensky, o assassino e agitador de Os demônios, diz com desdém sobre isso que “só preciso elevar a minha voz e dizer para eles que não são tão liberais quanto necessário”. Os mistificadores do antirracismo, obviamente, jogam o mesmo jogo: acusam liberais do final do século XX de “racismo” ou “sexismo” para depois vê-los num ritual de autoflagelação e de autocrítica maoísta como expiação de sua “culpa”. Até mesmo os “conservadores” dobram a cerviz ao ressoar dessas palavras.

Antigas liberdades e pressupostos de inocência não significam mais nada quando se trata de “racismo”: o réu é culpado até prova em contrário, prova quase impossível e, em todo caso, o suspeito será sempre um suspeito. Hoje em dia, uma acusação de “racismo” tem o mesmo efeito de uma acusação de bruxaria na Salém do século XVII.

Se não fossem as draconianas consequências que podem ter as acusações de “racismo”, a ideia de que todos devam “valorizar a diversidade” seria apenas ridícula. Se a “diversidade” produzisse benefícios reais, os brancos seriam os primeiros a desejar mais “diversidade” e, decerto, demandariam que mais cidades dos Estados Unidos e da Europa fossem entregues aos imigrantes. Ocorre que os nativos não têm nenhuma pressa de abraçar a “diversidade” e o multiculturalismo; na verdade, eles batem a linda plumagem, desabaladamente, na direção contrária. Valorizar a “diversidade” é distração de gente que não “goza” dos seus “benefícios”.

Uma sociedade multicultural tende naturalmente para o conflito, não para a harmonia. Isso explica o enorme crescimento das burocracias governamentais que lidam com a resolução de problemas relativos a disputas raciais e culturais. Estas disputas nunca poderão ser resolvidas, porque os burocratas não reconhecem uma de suas maiores causas: a raça. Todo a conversinha sobre o “multicultural” vem daí, mas seria mais exato falar do “multirracial”. Sempre mais leis e outras mudanças são introduzidas nas sociedades hospedeiras para fazê-las à imagem e semelhança das minorias raciais. Tal política só pode criar mais demandas e favorecer a guerra não declarada contra os brancos, sua civilização e a própria ideia do Ocidente.

Como uma coisa dessas é colocada em prática? A URSS tinha um sistema massivo de censura — os comunistas censuravam até mapas de rua — e cumpre notar que havia lá dois tipos de censura: a censura explícita das agências estatais e a outra mais sutil que era a autocensura, tão bem conhecida das populações das “democracias populares”.

A situação no Ocidente ainda não chegou a esse ponto. Não há nada que se compare à censura oficial de estilo soviético e, no entanto, dissidentes estão sendo deliberadamente cassados. Arthur Jensen, Hans Eysenck, J. Philippe Rushton, Chris Brand, Michael Levin e Glayde Whitney foram todos criminalizados em razão de seus pareceres sobre o problema racial. O caso do Prof. Rushton é especialmente preocupante, porque o seu trabalho acadêmico chegou a ser investigado pela polícia. Na tentativa do seu silenciamento, os censores apelaram a dispositivos legais da legislação canadense aplicada aos “discursos de ódio”. Este é um tipo de terror intelectual que não causaria surpresa na URSS. O fato de agora a repressão censorina existir num país que se orgulha de ser um pilar da democracia liberal no Ocidente é a mais perturbadora das consequências do multiculturalismo.

Uma modalidade de controle da opinião mais branda do que a censura direta tem a ver com os fictícios modelos sociais tão apregoados e de forma obsessiva. Atualmente, a temática do feminismo e do antirracismo é constantemente explorada no cinema e na televisão de harmonia com o princípio brechtiano de que o artista marxista não deve mostrar o mundo como ele é, mas sim como ele deve ser. Então, extraordinários homens e mulheres negros ganham vida nas telinhas e telonas como juízes salomônicos, policiais femininas quase santas, gênios da informática, altos comandantes militares, chefes políticos, brilhantes profissionais liberais… mas, claro, os bandidos e tarados são da mais pura raça branca. Essa produção cinematográfica é como que um plágio do realismo socialista de estilo soviético, com os idealizados proletários, tão vigorosos e enérgicos, que esmagavam a vermina capitalista.

O multiculturalismo tem as mesmas ambições que tinha o comunismo soviético. Ele é absolutista na execução de suas agendas, mas relativiza qualquer outra perspectiva quando se trata de atacar os seus inimigos. O multiculturalismo é uma ideologia para eliminar todas as outras ideologias. O estudo do totalitarismo multiculturalista leva a duas conclusões: primeira: o multiculturalismo tem por fim cancelar toda oposição em todo lugar e, na hipótese de sua vitória, não restará lugar seguro para os contrarrevolucionários no mundo; segunda: uma vez estabelecido o paraíso multicultural na Terra, ele será defendido por todos os meios e a qualquer custo, tarefa que ocupará todos os recursos do Estado e do capital associado, suas fundações, associações e grupos comunitários.

Uma sociedade sob tal poder estaria formada pelo totalitarismo para o totalitarismo. Ela pode não dispor de campos de extermínio, mas terá centros de reeducação e troca de consciência para a sensibilização e resgate daquelas pobres criaturas que ficaram de ouvido e acabaram aliciadas pelo “discurso hegemonista do homem branco”. Em vez do severo totalitarismo do Estado soviético, teríamos uma sua versão mais branda na sociedade multicultural, e as formas pensamentais de legitimação de sua burocracia seriam implantadas em nossas mentes, assim transformadas em sedes orgânicas da ideologia estatal. Nessa condição, o perigo do pensamento autônomo estaria esconjurado, e ninguém mais seria acometido da doença intelectual que é a heresia da incorreção política.

Se considerarmos o multiculturalismo como sendo, ainda, uma manifestação tardia do totalitarismo novecentista, poderíamos encontrar algum consolo no fato de a URSS ter acabado desabando? Será o multiculturalismo uma fase, uma crise passageira por que passa o Ocidente, ou ele representa alguma coisa estrutural e, talvez, irreversível?

Apesar dos esforços de elementos pró-soviéticos da quinta-coluna, o Ocidente reconhecia o império soviético como ameaça. Ao contrário do comunismo, o multiculturalismo não é reconhecido como ameaça da mesma gravidade. Por causa disto, muitos dos seus pressupostos e objetivos não sofrem contestação. Mesmo assim, ainda há motivos para algum otimismo, como o fato, por exemplo, da rápida vulgarização da conotação pejorativa da expressão “correção política”. Isso pegou os esquerdistas de surpresa, mas ainda é um pequeno avanço.

Em longo prazo, o mais importante campo de batalha contra o multiculturalismo estará nos Estados Unidos. A luta tende a ser de baixa intensidade, uma frustrante guerra de atrito. Se for perdida, a insanidade do multiculturalismo será parte da vida dos americanos. A paciência tem limite, porém. A certa altura, os americanos levantar-se-ão contra a punição que sofrem, como se fossem os culpados do fracasso dos negros. Deve ser considerada mais seriamente a advertência que fez o Prof. Michael Hart em seu livro The Real American Dilemma, ao apontar a possibilidade da desintegração dos Estados Unidos segundo linhas de clivagem racial. A história pode nos dar a lição de que os acontecimentos que se passaram na península Balcânica e estilhaçaram a antiga Iugoslávia não são peculiares àquela parte do mundo. A guerra racial não é alguma coisa buscada deliberadamente pelos abastados liberais de esquerda, mesmo porque eles não sabem o que fazem, mas sua política poderá ter essa consequência.

Até aqui, venho argumentando que as condições que engendraram a correção política e o multiculturalismo foram dadas pelo contexto histórico do catastrófico experimento utópico realizado na União Soviética. Não obstante, a mentalidade da subserviência multicultural é mais antiga. Em seu livro Reflexões sobre a revolução na França, Edmund Burke oferece uma descrição dos radicais franceses que continua relevante 200 anos depois de escrita:

Eles não têm nenhum respeito pelo saber dos outros; eles o dispensam pela demasiada confiança que têm neles mesmos. Eles acham que as coisas antigas devam ser destruídas por serem antigas. Quanto às novas, não se preocupam com a duração de um edifício construído às pressas; porque a duração não é levada em conta por aqueles para quem nada ou quase nada fora feito antes do seu tempo, e para quem todas as esperanças ainda estão por serem encontradas.

O multiculturalismo, evidentemente, está muito longe de ser a solução para o conflito racial ou cultural. Bem ao contrário! O multiculturalismo é uma estrada demandando o tipo de inferno que várias vezes ensanguentou o século XX. As chamas desse inferno o próprio homem acende, depois de abandonar a razão e se revoltar contra a ordem de Deus. O incendiário e suas vítimas queimam-se no fogo.

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Fonte: American Renaissance. Autor: Frank Ellis. Título original: Marxism and Multiculturalism. Data de publicação: novembro de 1999. Versão brasilesa: Chauke Stephan Filho.