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A psicologia social é merda antibranca

Para mim, a coisa mais assustadora no 1984, de George Orwell, não é aquele grupo de “homens de uniforme preto” que impiedosamente espanca Winston Smith num recinto do Ministério do Amor, usando os “pulsos”, “cacetetes”, “barras de metal” e “botas de ferradura”. Tampouco é a máquina silenciosa que o inquisidor O’Brien usa para fazer Winston “sentir dor” “a qualquer momento e na medida desejada pelo torturador”. Não é nada disso, trata-se de outra coisa, uma coisa que não faz Winston sentir nenhuma dor:

Duas macias almofadas, meio úmidas, foram fixadas sobre as têmporas de Winston. Ele tremeu. A dor estava para vir, mas de novo tipo. O’Brien pousou sua mão sobre a de Winston, de forma quase gentil, como que para encorajá-lo.

— Desta vez eu não vou machucar você — ele disse. — Fique olhando para os meus olhos.

Nesse momento houve uma devastadora explosão, ou alguma coisa parecida com uma explosão, embora fosse incerto que tivesse havido algum barulho. Ocorreu, sem dúvida, um lampejo ofuscante. Winston não foi ferido, apenas foi prostrado. Embora ele já estivesse em decúbito dorsal quando a coisa aconteceu, ele teve uma curiosa sensação de que fora forçado àquela posição. Um terrível golpe, mas sem dor, deixara-o completamente abatido. Também alguma coisa tinha acontecido dentro de sua cabeça. Enquanto seus olhos recuperavam a nitidez e ele se relembrava de quem era e de onde estava, reconheceu a face que a sua própria face confrontava; mas aqui ou ali havia um vazio, como se alguma parte tivesse sido extraída de seu cérebro. […]

O’Brien levantou os dedos da mão esquerda, escondendo o polegar.

— Estou mostrando cinco dedos para você. Você está vendo cinco dedos?

— Sim.

E ele os viu mesmo, rapidamente, antes que a configuração de sua mente mudasse. Ele viu cinco dedos, sem nenhuma distorção. Depois tudo voltou ao normal de novo, e o velho medo, o ódio e a confusão prevaleceram mais uma vez. Mas houve um momento — ele não sabia quanto havia durado, trinta segundos talvez — de luminosa certeza, quando cada nova sugestão de O’Brien preenchia completamente o vazio, fazendo-se de verdade total, e quando dois mais dois dava três ou, também facilmente, dava cinco, se assim fosse necessário.

— Você percebe agora — disse O’Brien, que de qualquer forma é possível.

— Sim — disse Winston. (1984, parte 3, cap. 2.)

Não era “um novo tipo de dor”, era um novo tipo de horror: a ideia de que o Estado possa penetrar sua cabeça e interferir diretamente na sua mente. Quando 1984 foi publicado pela primeira vez em 1949, essa ideia era só um pesadelo da literatura de ficção. Entretanto, a cada ano passado desde então, o pesadelo de Orwell vai ficando mais perto da realidade.

E que não haja dúvida quanto a isto: hoje existe gente totalitária nos países ocidentais que adoraria usar uma máquina de reorganização cognitiva contra os criminosos intelectuais como esses articulistas do The Occidental Observer. De fato, dia desses eu topei com um desses manipuladores mentais. Trata-se da psicóloga social chamada Amy R. Krosch, da Universidade de Cornell, recentemente “designada” “Rising Star” da Associação Americana de Psicologia (ASA).

O repugnante espírito da maldade branca

Krosch revela na sua rede social que ela é “legebete” e gosta dos pronomes “her ou they”. Também diz que se casou com  “uma mulher e um buldogue”. A psicologia americana percorreu longo caminho: de classificar o lesbianismo como tipo de desordem mental passou a atribuir o status de “Rising Star” a uma fanática lésbica.

E Krosch é mesmo fanática. Uma fanática antibranca, para ser preciso, e por isso mesmo a ASA orgulha-se tanto dessa sua criatura. Krosch não concorda com as famosas palavras atribuídas à rainha Elizabeth I da Inglaterra (1533–1603): “Eu não abriria janelas para a alma dos homens”. Amy Krosch quer abrir janelas na alma das pessoas. Mas só em se tratando das almas de pessoas brancas, e desde que aquilo a ser encontrado nessas almas sirva ao seu propósito de fomentar o ódio à raça branca:

A discriminação pode ocorrer tão rapidamente quanto um piscar de olhos, especialmente durante períodos de crise econômica, segundo revela um novo estudo da Universidade de Cornell. “A influência da escassez na mente pode de fato exacerbar a discriminação”, afirmou Amy Krosch, professora-assistente de Psicologia em Cornell. “Demonstramos que a mínima mudança na fisionomia de grupos minoritários sob condições de escassez resulta em aumento da discriminação.”

No primeiro experimento, 71 estudantes de graduação em Psicologia de uma universidade particular — nenhum dos quais identificado com negro ou afro-americano — foram solicitados a olhar para fotografias de homens brancos e negros expostas numa tela. Os estudantes, então, deveram premiar cada uma das pessoas representadas pelas faces com até US$ 10, conforme o merecimento de cada uma das figuras, de acordo com a “sutil percepção dos estudantes”.

Um grupo de controle foi informado de que cada face poderia receber US$ 10, no máximo. Mas os sujeitos do grupo experimental acreditavam haver recebido US$ 10 de forma aleatória de um total de US$ 100 de que disporiam para as premiações, o que suscitava neles um sentido de escassez.

Eletrodos colocados no couro cabeludo mensuraram o tempo que cada sujeito levou para perceber as figuras como distintas faces humanas. Este processo subconsciente liga-se à atividade cerebral do giro fusiforme e normalmente leva apenas 170 milissegundos, ou seja, menos do que dois décimos de segundo.

No grupo de controle, os sujeitos levaram o mesmo tempo para processar as faces de cada raça e para distribuir igualitariamente o dinário. Mas no grupo para o qual o recurso era escasso, a pesquisa mostrou que os participantes levaram em média “tempo significativamente mais longo” para processar as faces negras do que as faces brancas. Os pesquisadores também mostraram que essa detença perceptiva estava relacionada a preconceito antinegro, razão por que os sujeitos deram menos dinário para as faces negras.

“Eles levaram mais tempo para reconhecer uma face negra como uma face, e essa diferença dá a medida do quanto eles discriminam os indivíduos negros”, disse Krosch.

A equipe de Krosch realizou um segundo conjunto de experiências envolvendo imagens da atividade cerebral para confirmar se o processamento visual alterado das faces negras decorria da desestima dessas faces, ou seja, de comportamento preconceituoso.

O registro neuroimagiológico revelou atividade menos intensa no corpo estriado, região do cérebro responsável pelo processamento de avaliações e recompensas. Isso sugeriu que os sujeitos possam não ter visto as faces negras como faces ou, pelo menos, que as viram, como faces, num certo sentido, menos humanas. A menor atividade do giro fusiforme e do estriado estava correlacionada com a menor quantidade de dinário recebida pelas faces negras. Este estudo foi financiado pela National Science Foundation. (When money is scarce, biased behavior happens faster, ScienceDaily, 29th October 2019).

Essa foi a reportagem sobre o trabalho de Krosch intitulado Scarcity disrupts the neural encoding of Black faces: A socioperceptual pathway to discrimination” (escrito em colaboração com David M. Amodio, da Universidade de Nova Iorque). E esta é uma interessante passagem da reportagem: ”…estudantes de graduação em Psicologia de uma universidade particular — nenhum dos quais identificados como negro ou afro-americano…”. Krosch não quis correr o risco de que se lhe deparasse alguma coisa desagradável no cérebro de negros, assim ela os excluiu do estudo. Eu acho que a pesquisa dela era (e é) motivada pela hostilidade para com os brancos e sua intenção era (e é) a de gerar ainda mais hostilidade. Atente-se na frase “nenhum dos quais”, decerto ditada por Krosch ou alguém do pessoal dela. A frase deveria ser “nenhuma dessas pessoas”, porque os estudantes são seres humanos, não animais ou coisas. Será que a escolha de termos mais reificantes estaria a indicar que alguém da equipe de Krosch despreza os estudantes, vendo-os, “num certo sentido, como menos humanos”? É bem possível.

Festival de “punins”

E se o leitor desejar conhecer a equipe de Krosch, ofereço uma seleção de “punins” (no singular: “punim”, palavra iídiche significando“face” ) postada no Social Perception and Intergroup Inequality Laboratory, ou, abreviadadmente, Krosch Lab :

Festival de punins: membros do Krosch Lab

A Sra. Krosch está na extrema direita (da fotografia, claro), mas seu punim merece registro mais de perto. Aqui está outra foto dessa fascinante acadêmica:


Amy Krosch, Rising Star da Associação Americana de Psicologia (com Greta Thunberg para comparação)

A ampla punim testosteronizada de Krosch é semelhante àquela da belatriz sueca da cruzada ecológica, a santa Greta Thunberg. Aliás, eu fui repreendido em comentários ao meu último artigo para o TOO por “chamar atenção para mínimas deficiências de beleza física” das jornalistas Stephen Daisley e Tanya Gold, mas não creio que a censura seja procedente. Como o grande Chateau Heartiste [blogue politicamente incorreto] tem ensinado frequentemente: “O fisionomismo é real.” A feiura do esquerdismo como ideologia corresponde, muitas vezes, à feiura do esquerdista enquanto pessoa. Eu também concordo com um artigo fascinante saído na National Vanguard argumentando que “Os judeus são repulsivos e, em geral, um povo feio” e que “Os judeus enquanto grupo opõem-se à beleza”. De fato, o Talmude aconselha os judeus a não considerar a beleza física como importante no casamento: “A graça é falsa e a beleza é vã. Tenha em conta a boa educação, pois a finalidade do casamento está na procriação”. (Tanit 26b e 31a).

Todo o espectro da diversidade humana

Amy Krosch é judia? Não tenho como provar que seja, mas vou adaptar ao caso dela o que eu disse a propósito da jornalista Stephen Daisley no “Jeremy’s Jackboots.” Uma coisa é certa: ela se comporta tal qual um judeu, por sua indefectível hostilidade antibranca e por sua convicção de que a culpa pelos fracassos dos não brancos é dos brancos. E a Sra. Krosch, obviamente, tem recrutado colaboradores para o Krosch Lab pelo critério do ódio. Os candidatos preferenciais são aqueles que mais ódio sentem da raça branca:

Nosso laboratório respeita e valoriza todo o espectro da diversidade humana quanto a raça, etnicidade, religião, identidade e expressão de gênero, orientação sexual, tipo físico, nível socioeconômico, idade, deficiência física e origem nacional. Defendemos a inclusão e a diversidade pela realização de todos em condições sustentáveis de excelência, mediante pesquisa, treinamento e campanhas de serviço e sensibilização em campo, a mais de atuarmos na promoção de pessoas sub-representadas na psicologia. Estimulamos estudantes de cor, mulheres, imigrantes e toda gente sub-representada a que se inscreva como candidato para trabalhar no Laboratório. (Social Perception and Intergroup Inequality Laboratory / Krosch Lab, November 2019)

Mentira! O Krosch Lab não “respeita e valoriza todo o espectro da diversidade humana”, porque é claramente hostil aos brancos na pesquisa e hostil aos homens no recrutamento. Alguém pode olhar a foto do “time de Krosch” e achar que esses rostinhos bonitos [punins] pertencem a acadêmicos sãos e objetivos no trabalho isento de busca desinteressada da verdade? Espero que não, pois para mim eles não parecem ser nada objetivos nem ter o físico para o papel de perquisidores da verdade. Seus punins não indicam nenhum grau elevado de inteligência, mas isso não é de surpreender. A psicologia é essa coisa mesmo, afinal. Os observadores mais sensíveis já sabiam desde muito tempo antes da atual “crise da condição R & R” [Reprodutibilidade (da experiência) e Repetibilidade (dos resultados): condições do método científico para a determinação dos fenômenos objetivos] que grande parte da psicologia era só merda. A área da psicologia social em que Krosch atua está no coração da crise, mas a psicometria está notavelmente imune a ela.

Espoliação, não compreensão

Eu não sei a quanto chega a crosta merdácea no trabalho da Sra. Krosch, mas de qualquer modo há nele a crosta de Krosch. E ela está tentando melecar todos os brancos com essa sua secreção gosmenta. Eis o que diz o Krosch Lab sobra a sua missão científica:

O nosso objetivo consiste em entender a ampla e persistente desigualdade existente entre os grupos nos Estados Unidos. Nós investigamos os fatores sociais e econômicos que amplificam a discriminação, como também os processos sociocognitivos, perceptivos e emocionais mediante os quais os propósitos e motivações dos decisores influenciam o comportamento deles em relação aos membros de seu próprio grupo e de outros grupos. (Social Perception and Intergroup Inequality Laboratory/Krosch Lab, November 2019)

De novo, não penso que o Krosch Lab tenha por escopo “entender a ampla e persistente desigualdade existente entre os grupos nos Estados Unidos”. Creio que a real intenção seja explorar a “desigualdade” para colocar a culpa toda nos brancos. Acredito também que o time de Krosch é recrutado, como diria Vox Day [pseudônimo de Theodore Robert Beale, escritor, editor, quadrinista, criador de videojogos e militante da resistência branca], entre “aqueles que nos odeiam, que odeiam os Estados Unidos, que odeiam o Ocidente e querem destruir tudo o que é bom, belo e verdadeiro”.

Como funciona a psicologia

O pessoal de Krosch nunca será capaz de produzir uma máquina mental de correção política do tipo daquela descrita no 1984, mas decerto aquela turma ficaria muito feliz se pudesse usar uma. Acho até que algumas pessoas daquele Laboratório iriam se deleitar operando a máquina de produzir dor descrita no mesmo 1984. Eu posso entender a psicologia que eles fazem à maneira antiga, só de olhar para a cara deles. Amy Krosch, é claro, prefere técnicas mais atualizadas. Ela emprega eletrodos cranianos para provar que no giro fusiforme e no corpo estriado do cérebro doentio dos goins ocorrem atividades correspondentes a estados mentais politicamente incorretos, os quais devem ser sanados.

A branca Cornell contra a vibrante e ricamente negra Nova Iorque

Bem, vamos adaptar as palavras de Jesus Cristo e dizer: “Psicólogo, conhece-te a ti mesmo!”. Amy Krosch mostra muita hostilidade contra brancos e provavelmente também contra cristãos. Gente do tipo dela dirigia e operava as câmaras de tortura, compondo também os esquadrões da morte dos regimes comunistas durante o século XX (cf. “Stalin’s Willing Executioners”, de Kevin MacDonald). Aliás, eu gostaria de saber o que os tais eletrodos poderiam revelar das atitudes dela a propósito dos brancos — e dos negros, também. Um estudo comparativo de judeus, negros e brancos quanto à reação ante judeus, negros e brancos seria dos mais interessantes — mas, evidentemente, nunca será realizado, por muitas razões, a principal é que os judeus teriam avaliação bem diferente da dos brancos, e essa seria uma diferença bem pouco lisonjeira.

Considere-se, por exemplo, o que Krosch disse sobre Cornell: “O que mais me agrada em Cornell é viver numa cidade pequena, tranquila, bonita, principalmente depois dos 10 anos que passei em Nova Iorque”. Ocorre que Nova Iorque é cidade com muito mais diversidade racial do que Ithaca, onde fica Cornell. Os brancos formam 84,14% da população de Ithaca, havendo lá apenas 2,93% de negros ou afro-americanos. A proporção em Nova Iorque é de 44% de brancos (33,3% de brancos não hispânicos) e 25,5% de negros, o que mostra que Amy Krosch segue o padrão de Tim Wise, Michael Moore e muitos outros esquerdistas antibrancos, que vivem criticando o racismo branco mas só moram em lugares de gente branca.

Depois que o porco do Stephen Daisley leu o meu “artigo calunioso” [no original: “hit piece”] contra ele no “Jeremy’s Jackboots”, ele se manifestou: “Eu não sei como é que a descrição que eles fazem de mim como um entusiasmado defensor de organizações muçulmanas tais qual a Tell Mama e do discurso de ódio que articulam possa ser compatível com a acusação de que ‘Ele só se preocupa com o bem-estar dos judeus’”. Ora, ora, ora… Eu explico, a coisa é muito simples. Acontece que elementos como Daisley apoiam tudo o que “é bom para os judeus”, segundo critério deles. Por isso defendem a imigração massiva de maometanos nas nações brancas. Por outro lado, eles odiariam que paquistaneses, somalis e marroquinos se internassem em Israel. E eles também não iriam tolerar que a Tell MAMA abrisse uma franquia em Telavive. Porque isso não seria “bom para os judeus”. Entretanto, todo o mundo da laia de Daisley pode ficar tranquilo: nada disso vai acontecer. Israel, embora nação altamente corrupta, sabe se defender e não busca sua própria destruição. O Estado Judeu não paga a psicólogos para demonizar a maioria judia. Mas as nações brancas, num contraste total, estão atualmente à procura de sua própria exterminação, as nações brancas pagam, sim, a psicólogos para que demonizem suas maiorias brancas.

O repugnante espírito da maldade branca (de novo)

A putativa judia Amy Krosch é só um exemplo. O mais certamente judeu Sheldon Solomon é outro. Este figuro recentemente apareceu no The Guardian explicando que os brancos sentem “medo da vida” e “medo da morte”, razão por que dariam apoio a Donald Trump e seriam contra “os imigrantes, sobretudo aqueles de religiões diferentes, como maometanos e judeus”. A pesquisa de Solomon revelou que os “cristãos” mais angustiados pela consciência da própria morte “tinham atitude mais positiva em relação a outros cristãos e atitude mais negativa em relação a judeus”.

A sábia punim de Sheldon Solomon

Cristãos malvados! Judeus inocentes! Isso é, no mínimo, o que o Professor Solomon of Skidmore University, quer que pensemos. Acho que ele é um propagandista antibranco, não um cientista imparcial. Milhares e milhares de seus colegas acadêmicos também fazem propaganda antibranca. Tudo isso mostra que a psicologia social não passa de mais uma das numerosas e corruptas disciplinas antibrancas que pululam nas universidades ocidentais. Mas se trata da mais perturbadora disciplina antibranca. Que ninguém tenha dúvida: o que Orwell descreveu no 1984 é o que figuras como Amy Krosch e Sheldon Solomon adorariam fazer. E é o que eles farão, se da nossa parte não houver reação.


Fonte: The Occidental Observer. Autor: Tobias Langdon. Título original: Social Psychology as Anti-Write Pseudoscience. Data de publicação: 29 de novembro de 2019. Versão brasilesa: Chauke Stephan Filho.

Combate ao racismo: a estratégia do Dr. Andrew Joyce

O que a razão não dá, ela não tira.
(Jonathan Swift)

It is useless to attempt to reason a man out of a thing he was never reasoned into.
(Jonathan Swift)

É realmente triste andar pelas ruas das grandes e médias cidades do Ocidente hoje e perceber as quantiosas plêiades de cientistas, engenheiros e filósofos negros relegados ao abandono pelas brutais autoridades judiciárias de raça branca. A longa e mirífica história dos africanos, verdadeira crônica das maiores conquistas humanas e sociais, repleta como é de gênios da arquitetura e das artes em geral, vê-los agora rebaixados e sob as piores perseguições. Esta é a razão de nossa amarga e duradoura vergonha. Nós sempre tentamos, como todos sabem, impedir que esse nobre povo colhesse os frutos da miríade de seus talentos. Já faz mais de século que nós procuramos obstar a ascensão deles às mais altas esferas de nossa sociedade pelo valor de seu trabalho, ao exigir deles atributo fictício e capcioso (as pretensas “aptidões”), nós fizemos de tudo para evitar que os negros lograssem êxito nos campos da matemática e da física. Mesmo quando eles se engajaram numa conspiração racial a fim de falsear os resultados de avaliações mentais para que parecessem a mais incapaz das raças e assim disfarçassem sua alta competência na escalada social, não nos enganaram com isso. Apesar da manobra, conseguimos barrar o acesso deles ao topo da sociedade. Embora não tenhamos dado o braço a torcer no passado, devemos confessar agora que atalhamos a cada passo a marcha deles no rumo do sucesso. E fizemos isso por egoísmo, intencionados a criar uma numerosa classe de gente dependente de recursos do Estado, com a qual fossem dissipadas as vastas, excessivas e indesejáveis receitas fiscais.

It is truly a melancholy sight to walk through the great cities and towns of the West today and observe the countless corpses of Black scientists, engineers, and philosophers left behind by the brutal White officers of the law. In the long illustrious history of the African, replete as it is with towering artistic and architectural genius, and the most humane social advancements, we see him now at his lowest and most persecuted ebb. This is our bitter and enduring shame. We have, of course, always attempted to render this noble people completely unable to employ their myriad talents. For more than a century we’ve stopped them from working in the higher echelons of our society by requiring of them something entirely invented and fictitious (so-called “aptitudes”), and we have exerted our fiercest efforts in preventing them from gaining footholds in maths and physics. Even when they engaged in a race-wide conspiracy to consistently fake their test scores in order to come out lowest of all groups, we weren’t fooled by their attempt to sneak to the top of our society. Although stubborn in the past, we must confess now that we have blocked their progress at every turn, and we did this for the selfish reason that we always wanted a large, welfare-dependent class into which to dump our vast unwanted excess tax revenue.

Eis por que não se pode compreender a continuação desse verdadeiro mistério que é a infecção do corpo policial pelo vírus do nosso fanatismo branco. Acredito ser voz constante que o primeiro dos negros comparáveis a Jesus Cristo em santidade a sofrer martírio, tombou sob uma chuva de balas ainda a princípio do século XVIII, quando a LAPD [Polícia de Los Angeles] lançou-se insólita e brutalmente à preia de escravos entre os arranha-céus e casas de ópera de Togo e Serra Leoa, lugares plenos de paz até então. Corrobora a veracidade do fato o abalizado testemunho de Herschel Hertzberg, prestigiado precursor dos Estudos Africanos e filho da 17.ª geração de sobreviventes do Holocausto. Sabe-se que esses escravos, dotados de alta competência tecnológica, foram depois empregados nos trabalhos de projetar e construir edificações nos Estados Unidos. Infelizmente, entretanto, a história desses africanos, justamente os responsáveis pela construção dos Estados Unidos, desde aquele triste momento na África Ocidental até esta parte, vem assistindo à constante escalada da violência policial, injustificada e desnecessária, contra essa população de gente tão próspera e pacífica. Na realidade, todos os atuais problemas sociais da nossa deplorável civilização podem ser atribuídos a essa perniciosa situação. A intolerância de gênero, as diferenças salariais e até mesmo o diabetes têm origem na obsessão das forças policiais, que querem porque querem sufocar a respiração dos negros.

Quite why the apex of our White fanaticism distilled in the police force remains, for now, a mystery. I think it is agreed by all parties, and attested by the celebrated African Studies pioneer (and, some say, a 17th-generation Holocaust survivor) Herschel Hertzberg, that the first Christ-like Black fell under a hail of malicious bullets sometime in the early 18th century, when the LAPD launched a daring and brutal raid for slaves among the skyscrapers and opera houses of placid Togo and Sierra Leone. It is a barely suppressed secret that these slaves and their technological prowess were later put to work designing and constructing every building in America. It is a sad fact, however, that even though Africans built America, from that first sorry moment in West Africa to the present, history has witnessed a steady progression of unwarranted and unnecessary police violence against this most peaceful and prosperous population. In fact, all current social problems in our deplorable civilisation can be attributed to this one pernicious reality. Gender bigotry, pay gaps, and even diabetes all have their origins in the fact our police forces have become obsessed with preventing Black people from breathing.

Essa sórdida e mortal fixação da polícia é a questão mais importante de nosso tempo. Aliás, ninguém ainda foi capaz de conceber um método justo, barato e fácil de resolver o problema do persistente e sistêmico racismo policial. Quem o fizesse mereceria a aclamação pública. Pensando nisso, eu agora decidi me arriscar a apresentar a minha modesta proposta nesse sentido. Assim procedo depois de ter voltado os meus pensamentos para essa questão de transcendental relevância durante muitos anos e haver ponderado as soluções indicadas pelos nossos admiráveis especialistas, as quais a mim me pareceram todas falhas. Mais importante ainda, eu examinei cuidadosamente os objetivos aparentes da agitação civil negra para determinar exatamente o que é que esse povo oprimido realmente deseja. Acredito que o meu plano contemplará todas as partes e trará a paz, finalmente.

This sordid and murderous fixation among the police is the major question of our time, and since it strikes me that whoever could find out a fair, cheap, and easy method of solving this matter of unceasing systemic police racism would receive much public acclaim, I now venture my own modest proposal. I do so having turned my thoughts for many years upon this important subject, and maturely weighed the proposed schemes of our esteemed experts — all of which I have found lacking. Most important of all, I have carefully examined the apparent aims of Black civil unrest to determine precisely what it is that this oppressed people really desires. I believe my proposal will satisfy all parties and finally bring peace.

  1. Rejeitar a igualdade perante a lei
  2. Reject Equality Under the Law

O principal tópico do meu esquema e o que traz mais vantagens é que ele, finalmente, visa a libertar os africanos da igualdade intransigente. Uma das grandes fraudes do ordinário europeu foi ter convencido os africanos de que ser igual perante a lei era uma coisa maravilhosa. Ser “igual” era a isca, mas a lei, obviamente, era o anzol. As raízes de nosso histórico conflito racial mergulham, inquestionavelmente, na injusta colocação dos negros sob um sistema legal que exige o enquadramento deles no mesmo padrão de comportamento dos outros grupos. Nesse ardiloso sistema, foi pavimentado o caminho para que os negros viessem a ser considerados “criminosos”, apenas porque, de vez em quando, eles se envolvem em situações corriqueiras de estupro, assalto e assassinato. A inflexível sujeição dos inteligentes afro-americanos e seus irmãos do Canadá, da Europa e da Austrália à igualdade da lei eurocêntrica engendrou injustiças como a sua super-representação nos presídios e a disseminação de fantasiosos estereótipos sobre sua raça, como o de que seriam propensos a comportamentos impulsivos e violentos. Só os mais sábios entre os observadores, aqueles conscientes da paz, da prosperidade da inovação que se tornaram marcas da moderna África, podem perceber que há algo de terrivelmente errado nessa situação.

The foremost aspect of my scheme, and one of its great advantages, is that it finally aims to release the African from the bigotry of equality. It was one of the greatest tricks of the sneaky European to convince the African that being equal under the law was a good thing. Being “equal” was the bait, but the law was quite obviously the hook. The roots of our historical racial conflict are unquestionably that Blacks are unfairly placed under a system of laws in which they are asked to adhere to the same behavioral standards as other groups. This same system craftily paves the way for Blacks to become regarded as “criminals” when they innocently stumble into such commonplace situations as rape, robbery, and murder. The bigoted subjection of the gifted African-Americans (and their counterparts in Canada, Europe, and Australia) to equality under European-derived law has led to such injustices as disproportionate incarceration, and the spreading of fantastical stereotypes of Blacks as prone to violent and impulsive behavior. Only knowledgable observers, aware of the peace, prosperity and innovation that has come to be the byword for modern Africa, can discern that there is something horribly amiss in this situation.

A população negra clama, mas parece que só eu ouvi seu clamor. A primeira medida de meu plano consiste, por isso, em remover o fardo legal que pesa sobre os pretos. Os benefícios imediatos são evidentes. O fenômeno das maldosas “Karens” [mulheres brancas], que chamam a polícia se avistam negros perto delas, por medo de sofrerem alguma violência dos “vadios” ou “suspeitos” à toa na sua vizinhança, isso vai desaparecer nas brumas do passado, esse tipo de desconfiança pertencerá a um capítulo quase apagado da história. Essas mulheres preconceituosas poderão chamar a polícia quando quiserem, mas depois de receber uma rápida descrição do estuprador, a polícia será obrigada a arquivar a denúncia. A lei simplesmente não será mais aplicável às pessoas de origem africana. Evidentemente nenhum dano decorrerá dessa providência tão simples e bonita, senão benefícios em abundância. No sistema como hoje existe, o preto que constranger verbal ou fisicamente uma mulher branca poderá ficar se sentindo vulnerável e rejeitado, se a mulher chamar a polícia em estado de terror. Essa dinâmica é uma das grandes causas da lesão emocional de que o negro é vítima, assim como de outras injustiças sociais que o acabrunham. Sob a nova legislação, entretanto, estupradores negros serão poupados de toda essa indignidade. E a mulher ficará tranquila e serena, sabendo que nenhum incidente que venha a sofrer implicará crime.

The Black population has cried out, and I alone seem to have listened. The first step of my proposal is therefore to remove the burden of law from the Black population. The immediate benefits are obvious. The phenomenon of malicious “Karens” calling the police when they feel intimidated by loitering or advancing Blacks will disappear into history where it belongs. These bigoted women can call the police all they want, but upon receiving an elementary description of the stalker, the police would be forced to hang up. The law will simply not apply to those of African origin. It should be obvious that no harm will come from such a simple and beautiful measure, and only benefits can abound. Under the existing system, Black men who corner and verbally or physically intimidate White women can be made to feel vulnerable and alienated when that woman calls the police in sheer terror. This dynamic is obviously a major driver of Black emotional damage, and other forms of social injustice. Under the new arrangement, however, Black stalkers would be spared such indignities, and the woman would be secure in the knowledge that no matter what happens to her thereafter, at least no crime will be committed.

  1. Compensação adequada
  2. Adequate Compensation

Um problema muito comum ocorre durante o trabalho da polícia, quando qualquer policial, acidental e fatalmente, pode ferir um afro-americano, ao tentar conter o comportamento de brancos descontrolados. Quanto a isso, a análise criteriosa que fiz das demandas dos negros leva-me a aconselhar a adoção de um esquema de compensação material e social pelas vidas negras. Vidas negras importam — nós sabemos disso, mas elas importam em quanto? Apenas quando a atual fase dos mansos protestos terminar, nós teremos um orçamento mais aproximado, mas em linhas gerais a compensação pode ser estimada pelo que importou a vida de São George Floyd. Com base numa combinação de avaliações e números já confirmados na cidade [Nova Iorque], a vida de um negro, ceifada pelas mãos de um branco, reverte num custo de 1.569 pares de tênis, 2962 garrafas de bebidas alcoólicas, aproximadamente 865 telefones e tabuletes de topo de linha, cerca de US$ 2 milhões em roupas de grife, 40 brancos severamente espancados, todo o estoque de várias mercearias de baixo custo e 100 prédios consumidos pelo fogo.

A potential problem might arise in the event that a police officer accidentally but fatally harms an African-American during the course of his duties policing the uncontrollable behavior of Whites. In this regard, my careful analysis of recent Black demands leads me to suggest a scheme of social and material compensation for Black lives. Black Lives Matter — we know this, but how muchdo they matter? Only once the current phase of peaceful protest comes to a conclusion will we know the true tally, but rough guidelines can be discerned in the compensation thus far acquired for the life of St. George of Floyd. Using a combination of estimates and confirmed city figures, the average African-American death at the hands of a White amounts to around 1,569 pairs of athletic shoes, 2,962 gallons of alcoholic beverages, approximately 865 high-end phones and tablets, around $2 million in designer label clothing, between 30–50 badly beaten Whites, the entire contents of several low-cost supermarkets, and somewhere in the region of 100 fully incinerated buildings.

Os quebra-quebras de Londres, em 2011: sabe-se de longa data que calçados esportivos apresentam propriedades terapêuticas para males emocionais de africanos. London Riots, 2011: Sports footwear has long demonstrated emotional healing properties for the African.

Na minha proposta, e a bem da justiça social e da harmonia no futuro, uma reserva de equipamentos compensatórios deve ser mantida pelas prefeituras municipais para o caso da morte acidental de um preto. Uma área adequada na cidade, com seis ou sete quadras, estaria preparada para recepcionar os negros emocionalmente abalados, de sorte que prontamente eles pudessem aliviar sua angústia mental, entregando-se a atividades derivativas como, por exemplo, assaltar uma loja abarrotada de tênis coloridos, ou alguns supermercados falsos da Target, no interior dos quais atores adrede contratados representariam os brancos em fuga desesperada durante a invasão. Escolas de tiro locais também podem ser chamadas a cumprir função terapêutica: o quebrar de vidros à bala e o som dos disparos teriam efeito tranquilizante sobre os homens de ébano. Tendo ao seu dispor tão edificantes provisões, o povo negro não apenas daria mostra de sua maturidade e proverbial sabedoria como ainda serviria de grande exemplo para outros grupos sobre a forma como devem reagir quando se sentirem lesados.

Under my proposal, and for the sake of future social justice and harmony, a reserve of compensatory items must be held in the care of every city government, where they can be dispensed in the event of an accidental Black fatality. A suitable area within the city, comprising roughly of six or seven blocks, should be set aside in such fashion that emotionally-attacked Africans can, at a moment’s notice, assuage their mental anguish by, for example, breaking into a pre-prepared warehouse full of well-displayed sports footwear, and launching cathartic raids on faux Target supermarkets replete with actors portraying fleeing staff. Local shooting ranges might also be converted to offer the therapeutic breaking of glass to Black citizens. Through their use of such edifying provisions, Black people can not only display their maturity and ancient wisdom, but also set a stellar example to other groups about how people should react when they feel aggrieved.

  1. Mudança simbólica
  2. Symbolic Change

O simples romper dos grilhões da lei libertaria o negro e, além disso, dotá-lo com as ferramentas curativas do caos seria mais do que suficiente para sanar a multimilenar opressão a que submetemos esses filhos do Sol. Qualquer observador racional conviria em que a melhor forma de superar divisões raciais consiste em induzir ou forçar alguém a beijar o pé do outro. Somente mediante demonstrações de acolhimento e deferência desse tipo poderemos alcançar a verdadeira paridade nas relações sociais. Uma iniciativa recentemente muito explorada pela mídia, das mais enternecedoras, é a remoção de estátuas por todo o país, especialmente aquelas do delegado de polícia Robert E. Lee. Somando-se ao efeito dos acessórios da Gucci devidamente expropriados, isso minoraria ainda mais a dor do negro, mas restaria o problema do que colocar nos plintos vazios. Minha sugestão? Que em nome da abolição do racismo sistêmico todo plinto que antes servia para a exaltação de terroristas da raça branca receba agora a gigantesca escultura de um pé preto. Este pé preto marcaria um local cerimonial de genuflexão. Especialmente os cidadãos brancos de mais alta posição social seriam levados até ali para beijar o pé, em gesto solene de reconciliação racial. Proceder-se-ia a tal cerimônia em algum dos muitos dias e meses dedicados à população de ébano, principalmente no dia de São George Floyd. Este é um feriado a ser instituído com a máxima celeridade.

Simply freeing Blacks from the law and providing them with the healing tools of chaos is, of course, far from sufficient to redress the many thousands of years of oppression that we have brought upon these children of the sun. It should be obvious to any sane observer that the best way to heal racial divisions is to encourage, and even force, one of the opposing parties to kiss the feet of the other. Only by such open displays of subservience and submission can we achieve true parity in social relations. A recent, and related, heartwarming development has been the removal of statues throughout the country, especially those of the notorious police officer Robert E. Lee. Along with righteously purloined Gucci accessories, this will go some way towards further soothing Black pain, but the question remains as to what might occupy the newly vacant plinths. My suggestion? That in the name of ending systemic racism, every plinth formerly used to commemorate White race-terrorists should be home now to a giant sculpture of a black foot. This black foot can then be ceremonially kneeled before, and White citizens of especially high standing can be made to approach and kiss the foot in an act of solemn racial reconciliation. This ceremony could be performed on one of the many days and months now dedicated to the Black population, especially on St. George Floyd Day which should surely now be instituted without delay.

Concepção artística do que em breve será conhecido como o “método joyciano” de harmonização social. An artist’s impression of what might soon be called the “Joycean Method” for social harmony.

  1. Proibir o contato físico no trabalho policial
  2. End of all Physical Contact Policing

Este aspecto de meu modesto plano não guarda relação direta com o combate ao racismo sistêmico, mas consiste em passo essencial no processo de melhoramento do ambiente social a fim de tornar mais segura a participação de militantes brancos nos protestos em defesa das vítimas negras. Recentemente as redes sociais prestaram grande serviço, ficando até parecidas com os gansos do patê, superalimentadas que foram com elucidativos vídeos mostrando policiais tocando, segurando, removendo ou empurrando manifestantes pacíficos, ou seja, constrangendo-os. Essas agressões sem razão normalmente ocorreram em meio a procedimentos de cura emocional do negro, tais como o incêndio, o saque, o vandalismo de massa e tentativas de romper a defesa dos serviços de segurança para assaltar a Casa Branca. Embora as medidas propostas aqui possam tirar o fardo da lei da cacunda do negro, os aliados brancos poderão ainda sofrer constrangimento por parte da polícia, na sua militância pela aliança da paz. O que não se pode mais tolerar numa sociedade racional e justa. Providências hão de ser tomadas com urgência para impedir todo contato físico entre policiais e putativos “criminosos”. Agora a interação entre as partes deve ter por base um dos princípios mais importantes de nosso tempo: o consentimento. Os agentes da polícia obrigar-se-ão a perguntar a todos os suspeitos se eles lhes dão permissão para tocar, segurar ou detê-los. E durante a fase de seu treinamento, os policiais serão instruídos para aprender que “Não significa não!”.

This aspect of my modest proposal isn’t directly linked to ending systemic racism, but it is an essential step in improving the social environment and making it safer for White allies to protest on behalf of Black victims. Social media has recently been awash with horrific footage of police officers touching, holding, and even moving or pushing peaceful protesters. These unprovoked assaults normally occurred in the midst of efforts at Black emotional healing, such as arson, looting, mass vandalism, and attempts to breach Secret Service barricades and encroach on the White House. While the measures proposed here would remove Black people from the burden of laws, White allies may still find themselves being physically touched by police while in the course of peaceful allyship. This can no longer be tolerated in a sane and just society. Moves must urgently be taken to end all unwanted physical contact between police officers and suspected “criminals,” with interaction between parties now based on one of the key precepts of our times: consent. Police officers can and should ask all suspects if they have permission to touch, hold, or restrain them, and they must be instructed during training that “No means No.”

  1. Combater o capitalismo
  2. Confront Capitalism

O êxito na implementação das propostas delineadas acima dependerá, é claro, do nosso sucesso na luta contra o capitalismo. Felizmente os negros, enquanto agentes revolucionários da luta de classes, contam com o apoio de algumas das maiores potências do mundo do trabalho como, por exemplo, a Amazon, a Apple, a Coca-Cola, a Ford, Facebook, LEGO, Sony, Microsoft, Citigroup, Nike, You Tube… incluindo a maioria dos bancos, da indústria do entretenimento e a quase totalidade do estabilismo político. Pela simples enumeração desses nossos bravos aliados poderemos sempre manter a esperança de que haveremos de vencer e derrubar a estrutura do poder. Não podemos deixar de mencionar, obviamente, o contributo também vital de nossos companheiros antifas, que lançaram pioneiramente algumas das estratégias aqui preconizadas, as quais, com certeza, levarão ao colapso o estabilismo. Haja vista, por exemplo, o efeito bastante positivo da destruição da pouca infraestrutura econômica construída por negros em muitas cidades, como também a depredação das principais lojas onde colaboradores negros de mais baixa qualificação podiam conseguir trabalho. É claro que as grandes empresas têm seguro, e seus danos serão ressarcidos sem maiores problemas. Mas seus dirigentes podem decidir não reabrir os negócios na mesma região “perigosa”, e assim eles levarão seus repugnantes empregos capitalistas e instalações para outros lugares, deixando os afro-americanos desempregados, longe das lojas e serviços locais. Então, finalmente, os negros estarão livres para tomar banho de sol. Isso tudo decorreu de lampejos geniais do movimento antifa, motivo de sua aprovação e do apoio que recebeu daquelas corporações negrófilas. Tais empresas são simplesmente imprescindíveis para a causa da harmonia social e da derrubada do capitalismo.

All progress on the proposals outlined above will, of course, depend on a successful confrontation  with capitalism. Thankfully, Blacks as revolutionary subjects of the class struggle have thus far been supported by the power of labor, in the form of Amazon, Apple, Coca-Cola, Ford, Facebook, LEGO, Sony, Microsoft, Citigroup, Nike, YouTube, most banks, the entertainment industry, and the overwhelming majority of the political establishment. Only by enlisting the support of brave allies like these can we ever hope to overcome The Man and topple the power structure. We obviously can’t ignore the equally vital contribution of our friends in Antifa, who innovated some of the early strategies that will undoubtedly lead to the collapse of the status quo. Consider, for example, the effectiveness of destroying the few examples of Black-built economic infrastructure in many towns and cities, along with the major stores that provided low-skill employment to the Black demographic. Sure, the major companies will have adequate insurance for all their liabilities, and probably won’t be harmed at all. But they may well decide that these areas are now too high-risk to attempt a re-opening, and so they’ll take their filthy capitalist jobs and facilities elsewhere, leaving Blacks to bask at last in freedom from local services, retail stores, and gainful employment. This was quite the stroke of genius from Antifa, and is one of the main reasons they’ve been applauded and supported by the groups listed above. They are simply indispensable to the cause of social harmony and the overthrow of capitalism.

  1. A clareza da mensagem
  2. Clarity of Message

Uma questão que me tem preocupado nos últimos dias é a da falta de clareza na expressão “Black lives matter”. Não é de hoje o renome dos africanos pelo proverbial respeito que devotam à santidade da vida de seus vizinhos, o que se comprova pelas baixas taxas de homicídio no seio de suas comunidades. Isto pode ser observado no fenômeno parasitário conhecido como “White flight” [Revoada branca], quando brancos trocam seus bairros por outros de maioria negra, esperando desfrutar da quietude e segurança desses lugares. Algumas dúvidas, entretanto, permanecem entre os brancos quanto à clareza e ao alcance da mensagem “Black lives matter”.

A particular concern of mine in recent days has been the lack of clarity surrounding the name “Black Lives Matter.” Africans have long been renowned for their high regard for the sanctity of the lives of their neighbors, something attested to by the famously low homicide rates within their communities. We see this also in the parasitical phenomenon of “White flight,” whereby Whites constantly seek to move to Black-dominant areas to share in the quietude and safety offered by those locations. Some doubts remain, however, as to the clarity and reach of the message of Black Lives Matter among Whites.

Isso fica claro assim? Infelizmente, não. Is this clear enough? Unfortunately not.

Embora algumas ruas de Washington (D.C.) tenham sido redenominadas de “Black Lives Matter”, havendo esse lema sido até pintado no asfalto, parece evidente que em muitos lugares nem todos já entenderam que vidas negras importam. Decerto muitos ainda não ouviram falar desse eslógão. Sabemos disso porque os pretos continuam a morrer assassinados, e a única explicação é que os brancos, especialmente a polícia, não receberam a mensagem, por isso não dão valor à vida de um preto. Não seria o caso de reiterar aqui, mas mesmo quando um afro-americano protesta pacificamente contra o racismo e subitamente parte para cima de um policial, tentando desarmá-lo, nessa hora, mais do que nunca, o pensamento na cabeça do policial deve ser “Black lives matter!”. Este deve ser o princípio superior a ser adotado urgentemente no treinamento para a aplicação da lei nas ruas. E todas as técnicas de autodefesa nas academias de polícia devem ser adaptadas no sentido de incorporarem a postura da genuflexão. Apenas pela total aceitação dos assaltos físicos lançados pelos mal denominados “criminosos” negros as nossas comunidades poderão encontrar a paz e a segurança. Como minha contribuição para a consecução desse fim, compus e registrei (para garantia de meus direitos autorais) o poemeto seguinte, a ser pronunciado pelos policiais em estado de ansiedade, quando em presença de manifestantes mais radicalizados em seu pacifismo:

O pé de cabra para a porta,
O cacete, a faca, o pistolim…
Tudo isso o negro porta.

Mas nada disso importa.
A vida negra, isto sim,
É só o que importa!  ©

Although streets in Washington D.C. have been renamed “Black Lives Matter,” and then literally covered with the slogan, it’s clear that someone, somewhere doesn’t understand that Black lives matter. They may not have heard the slogan. We know this because Black people continue to die in homicides, and the only explanation is that White people, and especially the police, haven’t received the message and therefore don’t value Black lives. It really shouldn’t need to be repeated here, but even when an African-American is peacefully protesting against the systemic racism of a police officer by passively rushing him and attempting to take his gun, the first thought in that officer’s head should always be: “Black Lives Matter.” It urgently needs to be made the first principle in all law enforcement training, and all self-defense methodologies at police academies should be adapted to include the “take the knee” posture. Only by total acquiescence to the physical assaults of so-called Black “criminals” can our communities find peace and security. To this end I’ve developed and copyrighted a short mantra that could be repeated by anxious police officers confronted by extremely peaceful protesters:

Forget the guns, Forget the knives,
What matters most are
Black Lives!©

  1. Liquidar Trump !
  2. Dump Trump

Este é um dos mais controversos aspectos da estratégia que proponho, mas tenham paciência comigo, por favor. Primeiramente, devemos reconhecer que o presidente Trump conseguiu, sozinho, criar belos empregos para os negros desde que tomou posse, baixando bastante o desemprego negro, mediante, aliás, a contribuição do pacífico e bem-amado Estado Judeu.

This is one of the more controversial aspects of my proposal, but please bear with me. First, we have to acknowledge the fact that President Trump has single-handedly lowered Black unemployment since taking office by creating beautiful jobs, often in marketing the peaceful and much-loved State of Israel.

Melhores empregos para os negros: melhor imagem multicultural e africanófila para Israel. Towards Meaningful Black Employment: Marketing the Diverse, African-Loving Sate of Israel.

Recentemente, Trump também tomou a iniciativa inusitada de proclamar junho o mês da música afro-americana. A música negra importa. Em meio à crise sanitária global medonha, à crise econômica e à escalada do racismo sistêmico, Trump não deixou de manifestar nossa gratidão a Sam Cooke, Little Richard, Ray Charles e outros a quem devemos os famosos “acordes de fundo, os hinos memoráveis, as batidas contagiantes”. Somos gratos também pelas recentes reformas do sistema judiciário, as quais livraram da prisão muitos “criminosos” negros.

Trump also recently took the unprecedented step of proclaiming June to be African-American Music Appreciation Month. Trump’s message: Black Music Matters. In the middle of a worldwide health scare, an economic crisis, and escalating systemic racism, we should concede that Trump offered thanks to Sam Cooke, Little Richard, Ray Charles and others for their “classic guitar riffs, memorable hymns and uplifting beats.” We also can’t forget the recent justice system reforms that released many Black “criminals” from prisons.

Não obstante, Trump não é amigo dos afro-americanos. Por várias vezes ele mobilizou a Guarda Nacional contra pacatos manifestantes afro-americanos por todo o país e externou o horror e o desgosto que sente pela necessidade perfeitamente natural no negro de encontrar consolo na expropriação de televisores e sapatos novos. Isso não deve ser esquecido nunca e prova o que judeus e antifas sempre disseram de Trump: “Orange man bad!” [N. do T.: trata-se de uma paródia: os críticos de Trump só seriam capazes de formular esse tipo de frase primária, como se fossem trogloditas expressando-se por sugestão da mídia: “Homem-laranja mau!” (referência a Trump)]. Claro que sempre devíamos ter sabido disso. Não podemos alegar inocência agora.

Todas as marcas do fascismo estavam à vista:

  1. a) oposição aberta ao casamento com judeus, especialmente na própria família;
  2. b) persistente hostilidade para com Israel, nosso maior aliado no Oriente Médio e farol dos direitos humanos;
  3. c) hostilidade obstinada contra os dogmas do legebetismo em todo o mundo;
  4. d) o lançamento de campanhas mundiais em favor do antissemitismo;
  5. e) supressão total dos antifas, nossos maiores aliados na guerra contra o capitalismo;
  6. f) apoio explícito ao ativismo branco;
  7. g) reiterada oposição pública ao multiculturalismo e à diversidade;
  8. h) oposição à imigração de milhares de trabalhadores sempre altamente qualificados.

Nós estivemos sonambulando na segunda vinda de Hitler. Precisamos desesperadamente remover esse homem-laranja mau da presidência.

Trump, however, is not a friend of African-Americans. He repeatedly called for the National Guard to be deployed against peaceful African-American protests throughout the country, and expressed horror and disgust at the perfectly natural need for Blacks to find solace in Smart TVs and several new pairs of shoes. This should never be forgotten, and it has proven what Jewish and Antifa allies have often asserted: Orange Man Bad. We should, of course, always have known this. We can’t plead innocence now.

All the hallmarks of Fascism were there to see:

  • Open opposition to intermarriage with Jews, especially in his own family
  • Repeated hostility toward Israel, our greatest in the Middle East and a beacon of human rights
  • Unwavering hostility toward LGBT+ dogma around the world
  • The launching of a worldwide campaign to promote anti-Semitism
  • Total suppression of Antifa, our greatest friends in the war against capitalism
  • Open support of pro-White activity
  • Repeated public opposition to multiculturalism and diversity
  • Opposition to all forms of immigration including hundreds of thousands of “skilled” foreign workers

We sleepwalked into the second coming of Hitler. We desperately need to get this man out of office.

  1. A exceção dos judeus
  2. Jewish Exemption

Deve ser universalmente reconhecido que os judeus não são brancos e, por isso, devem estar isentos das obrigações que reservo à comunidade branca. Os judeus têm uma longa e bem documentada história de amizade com a comunidade negra. Seus antigos textos já revelavam de forma muito amorosa a maldição que pesava sobre os negros. Os filhos de Sião também experimentaram trazer enorme número de empresários africanos com que tinham negócios para o Novo Mundo, sob a condição apenas aparente de “escravos”, um artifício para enganar os opressores brancos. Ainda hoje esses liames continuam fortes. O que seria dos pretos se não fossem os senhorios, lojistas e agiotas judeus, criadores do que há de melhor no mundo negro? Mesmo em Israel os negros têm suas necessidades satisfeitas sem ser preciso protocolar nenhum requerimento. Considere-se, por exemplo, quão escrupuloso não foi o governo judeu quando tomou a iniciativa de esterilizar imigrantes etíopes sem a burocracia de informar os “pacientes” do procedimento. Nenhum outro governo mostrar-se-ia tão zeloso da saúde reprodutiva de sua população negra. E, durante os tranquilos protestos da semana passada, pudemos notar a grande presença de judeus entre os antifas que trabalhavam pela paz, sempre estimulando os negros a tomar do racista branco o que lhes é de direito.

It should be universally acknowledged that Jews aren’t White and should therefore be exempt from the obligations suggested for the White community. Jews have a long and storied history as friends of the Black community, from their ancient texts that lovingly jested that Blacks were cursed, to their attempts to bring huge numbers of their African entrepreneurial trade partners to the New World (under the guise of “slaves” to dupe the White oppressors). Even today these bonds remain strong. Where would Black people be today if it were not for the Jewish landlords, store owners, and pawn brokers that shape the very best of the world they live in. Even in Israel, African needs are met without even a request needing to be made. Just consider, for a moment, the thoughtfulness of an Israeli government that took the initiative to inject Ethiopian immigrants with birth control without troubling to ask. No other government would take such concern in the reproductive health of its Black population. And during the peaceful protests of the last week, we can be sure that Jewish allies were strongly represented among the Antifa peace brokers, urging Blacks again and again to take their rightful share from the bigoted Whites.

Aliados naturais. Natural Allies.

  1. Segregar os brancos problemáticos
  2. Segregation of Problematic Whites

Provavelmente este é o componente mais duro e mais radical de minha estratégia, o que mais furiosamente deverá ser contestado pelos racistas. A mim me parece claro que alguns elementos da população branca simplesmente não aceitarão nunca as propostas que faço aqui. Eles desejarão permanecer na sua intolerância irracional. Eles nunca concordarão em cumprir a parte deles para eliminar o racismo sistêmico. A certa altura, eu argumento, nós teremos de aceitar isso e deixar que eles afundem na decadência inevitável de sua civilização. Basta examinar o passado da Europa para notar a degradação do europeu, quando afastado da dinamizante influência africana.

This is probably the harshest and most radical of my proposals, and the one most likely to be fiercely contested by racists. It seems clear to me that some elements of the White population will simply never accept the proposals made here, and wish to irrationally remain in their bigotry. They will never agree to do their part to end systemic racism. At a certain point, I argue, we will have to accept that, and leave them to wallow in the decrepitude that their civilization is certain to decline to. One only needs to look at the European past to see the degraded state of the European without African influence.

Cenas do caos reinante numa primitiva favela da Europa medieval. Chaotic and disorderly scenes in a primitive medieval European shanty town.

Se as vidas negras não têm importância para os brancos, então as vidas brancas não terão importância para os negros. Aos racistas deve ser dada vasta extensão de terra, onde serão forçados a viver na dependência apenas de si mesmos. A consequência disso será o caos inevitável, porque desta vez os brancos não teriam os negros para construir a infraestrutura de todo o país para eles. O leitor deve imaginar o horror dos brancos ao saberem que serão condenados a viver sem os benefícios do multiculturalismo. Será o inferno na Terra, mas inferno merecido.

Quanto a nós outros, paladinos da fraternidade universal, o fim do racismo sistêmico será prenúncio de novo tempo repleto de paz, harmonia, felicidade e boa vontade.

If Black lives don’t matter to these people then we will be forced to say that their lives don’t matter to us. They should be apportioned a vast tract of land in which they would be forced to live with one another, attempting in the inevitable chaos to build their own infrastructure — this time without Blacks building their entire country. You can already imagine their horror at the news that they would be condemned to an existence without the beneficent hand of multiculturalism. It will be a Hell on earth, but they will deserve it. For the rest of us, the end of systemic racism will usher in an age of beauty and peace, harmony and good will.


Fonte: The Occidental Observer. Autor: Andrew Joyce. Título original: A Modest Proposal to End Systemic Racism. Data de publicação: 8 de junho de 2020. Versão brasilesa: Chauke Stephan Filho.

 

INDIVIDUALISMO E TRADIZIONE PROGRESSISTA OCCIDENTALE: INDICE DEI CAPITOLI

INDIVIDUALISMO E
TRADIZIONE PROGRESSISTA OCCIDENTALE.
Origini evolutive, storia e prospettive future.
traduzione italiana di Marco Marchetti

INDICE DEI CAPITOLI

 

PREFAZIONE.

 

  1. RICERCHE RECENTI SULLA GENETICA DELLE POPLAZIONI.

Tre distinti movimenti di popolazioni nell’Europa preistorica.

Percentuali della mescolanza di CROc, AA e IE.

La Cultura del Vasellame Bucherellato delle coste scandinave.

Ulteriori prove della variazione clinale nord-sud per i geni dei CROc e degli AA.

Selezione dell’abilità cognitiva generale e dei tratti fisici.

Differenze nella mappa genetica dell’Europa contemporanea.

Dati relativi ai cromosomi sessuali.

Conclusione.

Note al cap. 1

 

  1. IL RETAGGIO CULTURALE INDOEUROPEO: L’INDIVIDUALISMO ARISTOCRATICO.

Cultura indoeuropea.

Progressi tecnologici.

L’addomesticazione del cavallo.

Carri sofisticati.

La rivoluzione dei prodotti derivati.

Pratiche socio-culturali.

La cultura militarizzata degli IE.

La reciprocità come caratteristica della cultura IE.

La demolizione dei vincoli di parentela.

Le ricompense per il successo militare.

L’indoeuropeismo come cultura individualista e di libero mercato.

Sippe e Männerbünde.

L’individualismo aristocratico nell’antica Grecia.

L’individualismo aristocratico tra i popoli germanici dopo la caduta dell’Impero d’Occidente. Qual era il grado di omogeneità etnica dei gruppi germanici nell’Europa della Tarda Antichità e dell’Alto Medioevo?

Conclusione.

Note al cap. 2.

 

APPENDICE AL CAPITOLO 2: LA CULTURA ROMANA: MILITARIZZAZIONE, GOVERNO

ARISTOCRATICO E APERTURA VERSO I POPOLI CONQUISTATI.

Le radici indoeuropee della civiltà romana: l’ethos militare della Roma repubblicana.

La famiglia romana.

La religione pubblica romana.

Il governo aristocratico e non dispotico di Roma.

L’apertura della società romana: mobilità sociale e incorporazione di popoli diversi.

Mobilità ascendente dei plebei.

Mobilità sociale ascendente dei popoli assimilati.

Conclusione: Roma, una strategia evolutiva di gruppo fallimentare.

Note all’Appendice al cap. 2.

 

  1. IL RETAGGIO CULTURALE DEI CACCIATORI-RACCOGLITORI OCCIDENTALI IN

EUROPA: L’INDIVIDUALISMO EGUALITARIO.

L’egualitarismo come componente riconoscibile della cultura occidentale.

La tesi ecologica sull’individualismo dei CR.

La complessità sociale dei CR nordeuropei.

L’egualitarismo come tratto fondamentale dei CR settentrionali.

L’esogamia come caratteristica del matrimonio occidentale.

L’amore come elemento centrale del matrimonio occidentale.

Differenze psicologiche tra le popolazioni WEIRD e le altre.

Scambio sociale e punizione altruistica.

Altre tendenze psicologiche delle popolazioni WEIRD.

Ragionamento morale.

Differenze cognitive.

Conclusione.

Note al cap. 3.

 

  1. LE BASI FAMILIARI DELL’INDIVIDUALISMO EUROPEO.

Il matrimonio nell’Europa occidentale: alcune differenze fondamentali.

Dati descrittivi sui modelli di famiglia nell’Europa nordoccidentale e in quella meridionale. Caratteristiche del sistema familiare moderatamente individualista dell’Europa  nordoccidentale.

Datare le origini della famiglia individualista.

Svantaggi della famiglia individualista.

Influenze contestuali proposte come cause dell’individualismo moderato.

Il collettivismo moderato dell’Europa meridionale contrapposto all’individualismo moderato dell’Europa nordoccidentale.

Tendenze egualitarie nell’Europa nordoccidentale.

Le aree non feudalizzate dell’Europa nordoccidentale.

Parentela germanica e parentela irlandese.

Parentela germanica.

La parentela irlandese.

L’argomento etnico.

L’individualismo estremo a sostegno statale della Scandinavia.

Conclusioni.

Note al cap. 4.

 

  1. LA CHIESA NELLA STORIA EUROPEA.

Processo implicito ed esplicito: come l’ideologia motiva il comportamento.

Ideologia e controllo sociale a sostegno della monogamia nell’Europa occidentale.

La rivoluzione papale: la creazione dell’immagine della Chiesa come istituzione altruista.

La rivoluzione papale: il potere della Chiesa sulle élite secolari.

Il collettivismo ecclesiastico medievale.

Controllo sociale e ideologia per il mantenimento della monogamia socialmente imposta.

Il controllo del comportamento sessuale nel Medioevo e oltre.

Ideologie a sostegno della monogamia.

Conclusione.

Effetti della monogamia.

La monogamia come precondizione al profilo demografico “a bassa pressione” dell’Europa e alla rivoluzione industriale.

Monogamia e investimento nella prole.

Il cristianesimo in contrapposizione all’antico ordine sociale aristocratico greco-romano.

Il cristianesimo nell’Europa post-romana.

La Chiesa alla ricerca del potere.

L’ideologia dell’egualitarismo morale come strumento di espansione del potere ecclesiastico.

La politica ecclesiastica di contrasto al potere dei gruppi di parentela estesa.

Il sostegno ecclesiastico alla diversificazione dei centri di potere.

Il cristianesimo e la tradizione razionale dell’Occidente.

Il dibattito tra realismo e nominalismo.

Il cristianesimo e l’Europa post-medievale.

Conclusione: la Chiesa facilitò l’individualismo occidentale, ma non ne fu la causa.

Note al cap. 5.

 

  1. IL PURITANESIMO:     L’ASCESA     DELL’INDIVIDUALISMO EGUALITARIO      E

DELL’UTOPISMO MORALE.

Il puritanesimo come strategia evolutiva di gruppo.

La strategia di gruppo di Giovanni Calvino.

Il puritanesimo nel New England.

Le famiglie puritane.

Pratiche educative per i bambini.

Intelligenza e importanza dell’educazione.

I nomi puritani come indicatori di appartenenza al gruppo.

Il controllo comunitario del comportamento individuale: il collettivismo puritano.

Il puritanesimo fu una strategia evolutiva di un gruppo chiuso?

Il deterioramento dei confini del gruppo puritano.

La rivoluzione puritana in Inghilterra.

La rivoluzione puritana negli Stati Uniti.

Le tendenze intellettuali del XIX secolo di ispirazione puritana come versioni secolari dell’utopismo morale.

Il trascendentalismo come movimento di intellettuali di origine puritana.

Trascendentalisti famosi.

Orestes Brownson (1803-1876).

George Ripley (1802-1880).

Amos Bronson Alcott (1799-1888).

Ralph Waldo Emerson (1803-1882).

Theodore Parker (1810-1860).

William Henry Channing (1810-1884).

L’attivismo trascendentalista in nome della giustizia sociale.

Il trascendentalismo: un riepilogo.

La difficile associazione tra individualismo e identità etnica anglosassone nel XIX secolo.

Interesse personale e ideologia progressista.

Altre correnti intellettuali progressiste del XIX secolo.

Anarchismo libertario.

Il protestantesimo liberale.

Il determinismo culturale accademico e l’antidarwinismo.

La sinistra laica.

Il periodo della difesa etnica: 1880-1965.

Conclusione.

Note al cap. 6.

 

  1. L’IDEALISMO MORALE NEL MOVIMENTO ANTISCHIAVISTA BRITANNICO E IL

“SECONDO IMPERO BRITANNICO”.

Il contesto dell’Età della Benevolenza.

La psicologia dell’altruismo e dell’universalismo morale.

Il sistema empatico della personalità.

Idealismo morale e ideologia dell’universalismo morale.

Precedenti filosofici.

Empatia e abolizionismo.

Empatia e opposizione ideologica allo schiavismo: quaccheri, anglicani evangelici e metodisti.

I quaccheri.

Gli anglicani evangelici.

I metodisti.

Il puritanesimo come prototipo dell’“Età della Benevolenza”.

“Il secondo impero britannico” nel XIX secolo: un luogo più gentile e più mite.

La ribellione di Morant Bay in Giamaica e i suoi sostenitori in Inghilterra.

David Hackett Fischer: il “secondo impero britannico”.

La libertà di parola negli Stati Uniti e in Nuova Zelanda.

La rivoluzione emotiva in Inghilterra: un’ipotesi etnica.

Le origini etniche e il declino dell’ethos aristocratico in Gran Bretagna.

Conclusione.

Note al cap. 7.

 

  1. LA PSICOLOGIA DELLE COMUNITÀ MORALI.

I processi dell’identità sociale come adattamento alle comunità morali.

Il ruolo dell’empatia nelle comunità morali: altruismo e altruismo patologico.

Il controllo dell’etnocentrismo: processo implicito e processo esplicito.

Comunità bianche implicite.

Gestire l’etnocentrismo bianco: il problema dell’identità bianca non esplicita.

Differenze razziali nella personalità.

Alcuni sistemi elementari della personalità.

Il sistema dell’approccio comportamentale (SAC).

Il sistema amore / cura del legame di coppia.

Il controllo esecutivo prefrontale (CEP).

Le differenze razziali nella personalità di Richard Lynn: i bianchi sono più generosi ed empatici rispetto alle altre razze.

La teoria delle storie di vita.

Sfide psicologiche allo sviluppo di una cultura esplicita dell’identità e degli interessi dei bianchi.

L’interesse personale e le strutture anti-bianche.

La teoria dell’apprendimento sociale: conseguenze per chi non domina la cultura.

Benefici e rischi della coscienziosità.

La dissonanza cognitiva come forza di inerzia psicologica.

Meccanismi psicologici per un rinascimento bianco.

La consapevolezza del rischio di diventare una minoranza alimenta l’etnocentrismo bianco.

Le espressioni di odio nei confronti dei bianchi promuovono l’etnocentrismo bianco.

I processi dell’identità sociale.

L’estremismo della cultura scandinava: egualitarismo, fiducia, conformismo e processi decisionali basati sul consenso.

Il caso speciale della Finlandia.

Conclusione: l’importanza di modificare la cultura esplicita.

Note al cap. 8.

 

APPENDICE AL CAPITOLO 8: IL RECENTE DETERIORAMENTO CULTURALE: ALCUNE

CORRELAZIONI CULTURALI RIGUARDO ALL’ASCESA DI UNA NUOVA ÉLITE.

Il generale declino culturale in America a partire dagli anni Sessanta.

Conclusione: l’effetto trasformativo della rivoluzione controculturale degli anni Sessanta.

Note all’Appendice al cap. 8.

 

  1. TRADIZIONE PROGRESSISTA E MULTICULTURALISMO.

L’individualismo come fattore predisponente alla scienza e al capitalismo.

L’individualismo come fattore predisponente alla scienza.

L’individualismo come fattore predisponente al capitalismo.

Cosa è andato storto? La nuova élite e la sua avversione per la nazione che essa governa. I movimenti intellettuali di sinistra hanno approfittato della tradizione progressista occidentale.

L’argomento morale a sostegno degli interessi dei bianchi.

Conclusione: l’incerto futuro dell’Occidente.

Note al cap. 9.

INDIVIDUALISMO E TRADIZIONE PROGRESSISTA OCCIDENTALE: PREFAZIONE

KEVIN MACDONALD

 

 

INDIVIDUALISMO E  

TRADIZIONE PROGRESSISTA OCCIDENTALE.

Origini evolutive, storia e prospettive future.

traduzione italiana di Marco Marchetti

Dichiarazione del traduttore

La presente traduzione italiana dell’opera: Kevin MacDonald, Individualism and the Western Liberal Tradition, Kindle Direct Publishing Edition, 2019 è stata realizzata nel 2020 per uso personale e senza scopo di lucro.  Le note del traduttore sono incate con “n. d. t.”

Translator’s Disclaimer

This italian translation of the book: Kevin MacDonald, Individualism and the Western Liberal Tradition, Kindle Direct Publishing Edition, 2019 was made in 2020 for personal use and not for profit.

Translator’s notes are marked with “n. d. t.”

PREFAZIONE.

 

Le origini di questo libro risalgono ai primi anni Ottanta, quando trascorsi un anno come Ph. D. privo di impiego. Munito della teoria evoluzionistica cominciai a leggere testi di antropologia e scoprii sostanzialmente che man mano che le società creavano livelli più alti di produzione economica, gli uomini ricchi e potenti erano in grado di controllare un numero crescente di donne. La cosa interessante era che, in generale, ciò non si verificava per l’Europa occidentale. La questione ebbe come conseguenza un certo numero di articoli sulla nascita e il mantenimento della monogamia nelle società occidentali (citati nel cap. 5) e, per ultimo, questo libro.

Certamente i problemi fondamentali sono cambiati nel corso degli anni. Gli argomenti critici sono, attualmente, perché l’Occidente abbia avuto tanto successo (la monogamia è parte di questa storia) e perché, negli ultimi decenni, sia tanto incline all’autodistruzione. La risposta breve a tutto ciò è l’individualismo, ma il mio tentativo di rispondere a queste domande richiede alcuni lunghi percorsi attraverso la genetica delle popolazioni, la storia e la preistoria europee, il mutamento delle élite in Occidente, specialmente dopo la Seconda Guerra Mondiale, come pure attraverso la ricerca psicologica. La lente teorica generale utilizzata è la psicologia evoluzionistica: io accetto il principio generale che gli esseri umani possiedano un insieme di meccanismi psicologici che influenzano il loro comportamento e che la variazione genetica fornisce un importante contributo a tali influenze.

Ma questo non implica ciò che solitamente si indica in modo irrispettoso come “determinismo genetico”. La storia umana è troppo complessa per accettare spiegazioni espresse esclusivamente in termini genetici. In diversi capitoli svilupperò le basi psicologiche delle influenze culturali e ideologiche basate sulle ricerche relative ai centri cerebrali superiori, tipicamente collocati nella corteccia prefrontale. Questi meccanismi sono incredibilmente elaborati negli esseri umani e, in un senso molto concreto, sono ciò che ci rende umani. Pertanto le ideologie e i controlli sociali che influenzano il comportamento umano giocano qui un ruolo centrale, tutavia non si sostiene che tali influenze siano un risultato deterministico della psicologia umana che interagisce col mondo sociale e materiale.

Inoltre, la storia umana è costellata di eventi contingenti e non può essere definita a priori o anche a posteriori in ogni dettaglio da una qualsiasi teoria. Ne sono consapevole, certo non tramite una psicologia evoluzionistica che postula quale strumento esplicativo un unico insieme di moduli universalmente disponibili, frutto dell’evoluzione1. La storia è piena di giri e di svolte che spesso dipendono dall’esito di particolari battaglie o conflitti politici, influenzati a loro volta da una schiera di fattori psicologici e contestuali. Per esempio, il capitolo 5 discute l’influenza culturale della Chiesa Cattolica e i meccanismi psicologici che soggiacciono a tale influenza, ma anche le ideologie e i controlli sociali così essenziali al suo successo nel corso dell’Alto Medioevo. C’è molto materiale, qui, sulle conseguenze dell’ascesa del Protestantesimo in Inghilterra, ma nessun tentativo di fornire una spiegazione esatta del perché ciò accadde. I resoconti storici hanno il vantaggio del senno di poi, ma restano pur sempre resoconti, decisamente lontani dal fornirci una spiegazione completa. Pazienza.

Come entra nel discorso, dunque, la psicologia evoluzionistica? Essenzialmente, la tesi è che le influenze etniche sono importanti per comprendere l’Occidente, e che l’invasione preistorica degli Indoeuropei ebbe un effetto trasformativo sull’Europa, inaugurando un lungo periodo di ciò che verrà indicato come “individualismo aristocratico”, risultante da variazioni nella genetica indoeuropea e nell’influenza culturale (capitolo 2). Comunque, a cominciare dal XVII secolo si affermò una nuova cultura detta “individualismo egualitario” che gradualmente divenne dominante, essa stessa influenzata dalle tendenze etniche dei cacciatori-raccoglitori settentrionali che erano rimaste relativamente sommerse durante il periodo della dominazione aristocratica. L’individualismo egualitario diede inizio al mondo moderno e noi viviamo oggigiorno con le sue conseguenze. Come per l’esito di particolari battaglie o conflitti politici, l’ascesa di questa nuova popolazione e di questa nuova cultura non è prevedibile nei dettagli, ma possiamo certamente, col senno di poi, delinearne le conseguenze.

Questo libro ha tratto beneficio, nel corso degli anni, dall’interazione con molti altri. In tempi recenti, desidero segnalare F. Roger Devlin, che ha rivisto il manoscritto e corretto diverse imperfezioni stilistiche. Voglio inoltre ringraziare Simon Ström, la cui competenza nel campo della genetica delle popolazioni è stata molto utile, e Luke Torrisi, la cui competenza riguardo al millenarismo protestante ha contribuito molto al materiale sull’America del XIX secolo.


Note

[1] Kevin MACDONALD, Mechanisms of Sexual Egalitarianism in Western Europe, in “Ethology and Sociobiology”, 11, 1990: 195-238.

 

 

 

 

 

 

INDIVIDUALISMO E TRADIZIONE PROGRESSISTA OCCIDENTALE: Capitolo 1, RICERCHE RECENTI SULLA GENETICA DELLE POPLAZIONI

INDIVIDUALISMO E
TRADIZIONE PROGRESSISTA OCCIDENTALE.
Origini evolutive, storia e prospettive future.
traduzione italiana di Marco Marchetti

RICERCHE RECENTI SULLA GENETICA DELLE POPLAZIONI.

Questo libro cerca di proporre una visione della cultura e della civiltà occidentali fondata sulla biologia, concentrandosi in particolare sull’individualismo, un tratto che, come tutti quelli che interessano gli psicologi, ha una base genetica1. Appare pertanto corretto cominciare tracciando la storia genetica dell’Occidente.

La base genetica di un carattere può evolvere mediante mutazioni vantaggiose o mediante plasticità fenotipica (vale a dire cambiamento come risultato dell’esperienza). In un organismo con un certo grado di plasticità gli eventi ambientali possono avere come risultato dei cambiamenti nel fenotipo. Se tale fenotipo è vantaggioso, l’organismo tenderà ad accumulare mutazioni che renderanno lo sviluppo del fenotipo più affidabile e avranno per risultato una influenza genetica ovvero un controllo su quel carattere2. Ciò viene talvolta indicato come evoluzione per “primato del fenotipo” (phenotype first evolution) perché i mutamenti genetici si verificano dopo che il carattere è originariamente apparso nella popolazione come risultato della plasticità3.

La plasticità evolutiva apre una via relativamente veloce alla produzione di fenotipi adattabili rispetto alla graduale accumulazione di mutazioni vantaggiose. Ciò nonostante, viene oggi accettato il fatto che l’evoluzione tramite l’una o l’altra via possa verificarsi entro intervalli di tempo storici4.

Grazie alla loro intelligenza gli esseri umani sono stati capaci di creare nuovi ambienti, ad esempio addomesticando gli animali e potendo in tal modo utilizzare i latticini come fonte di sussistenza. Questi nuovi ambienti, a loro volta, possono selezionare differenti mutazioni e, alla fine, tratti differenti, come la tolleranza al lattosio in un’economia basata sui latticini, o una minore statura risultante dall’adattamento ad una dieta agricola di bassa qualità (si veda più avanti). Come risultato, sostenere una base psicologica dell’individualismo occidentale non richiede che se ne documenti l’esistenza lungo un linea diretta a partire dalla popolazione che per prima visse in Europa circa 45.000 anni fa, e neppure da una molto più recente. Un tema di questo volume è che in Europa esiste un gradiente genetico e psicologico che va da nordovest a sudest, dove l’individualismo è più comune tra le popolazioni storiche dell’Europa nordoccidentale. Comunque, influenze genetiche su tratti collegati all’individualismo possono essersi sviluppate, continuando a subire una pressione selettiva positiva o negativa fino ai giorni nostri.

Ne deriva che diventa importante documentare le prime tracce dell’individualismo compiendo ricerche sulle più antiche popolazioni i cui profili comportamentali sono meglio conosciuti. I successivi capitoli documentano le tendenze individualistiche in quelle che furono più antiche e importanti influenze sull’individualismo europeo, ossia le culture indoeuropee (cap. 2) e quelle dei cacciatori-raccoglitori dell’Europa nordoccidentale (cap. 3). Appare evidente, da quanto segue, che almeno qualche influenza genetica da parte di quelle popolazioni continua ad essere presente nell’epoca contemporanea.

 

Tre distinti movimenti di popolazioni nell’Europa preistorica.

 

Vi è un consenso emergente riguardo a tre distinti movimenti di popolazioni verso l’Europa in epoca preistorica: 1) i cacciatori–raccoglitori occidentali (CROc), 2) gli agricoltori provenienti dall’Anatolia, noti come antichi agricoltori (AA) e 3) gli indoeuropei (IE), originatisi dalla cultura di Yamnaya della Steppa Pontica, nelle attuali Ucraina e Russia meridionale5.

  • I CROc sono la popolazione europea primordiale, che giunse in Europa circa 45.000 anni fa. Jones et al. suggeriscono il seguente scenario di un’antica separazione dei CROc da altri gruppi di migranti nel corso dell’originario esodo dall’Africa:

 

Data la loro origine geografica, sembra probabile che i cacciatori-raccoglitori del Caucaso (CRC) e gli AA siano discendenti di antichi coloni provenienti dall’Africa che si fermarono a sud del Caucaso, in un’area che si estende a sud e verso levante e forse anche ad est verso l’Asia centrale e meridionale. I CROc, d’altro canto, sono probabilmente i discendenti di un’ondata che si espanse ulteriormente in Europa6.

 

Entrati in Europa, i CROc sostituirono i Neanderthal, ma raccolsero una piccola quantità del materiale genetico di questi ultimi attraverso unioni miste7. Sulla base dell’esame di scheletri rinvenuti dalla Spagna all’Ungheria e datati al periodo Mesolitico (tra gli 11.500 e i 6000 anni fa circa) questa popolazione costituiva «un gruppo relativamente omogeneo»8.

In Scandinavia un sottogruppo distinto noto come cacciatori-raccoglitori scandinavi (CRS) si evolse a partire dai CROc, ma rimane incerto se tale sottogruppo abbia contribuito al patrimonio genetico dei moderni scandinavi.

  • Gli AA arrivarono dall’Anatolia intorno agli 8000 anni fa, introducendo l’agricoltura e definendo la transizione al Neolitico. Geneticamente essi non assomigliano agli attuali anatolici9.
  • Per finire, gli IE arrivarono dalla regione della Steppa Pontica durante la prima Età del Bronzo (ca. 4500 anni fa). I proto-IE, noti anche come Yamnaya, sono un amalgama composto da popolazioni vicino-orientali di “tipo armeno” (48-58%)10 e da tre gruppi di cacciatori-raccoglitori: quelli del Caucaso (CRC), gli antichi eurasiatici del nord (AEN), che comprendono a loro volta i cacciatori-raccoglitori della Siberia (AEN veri e propri) e quelli orientali (CROr). Gli AEN sono collegati agli indiani del Nordamerica11, mentre i CROr sono la propaggine orientale di uno spettro genetico di cacciatori-raccoglitori che va da oriente a occidente12.

Il quadro generale è che le popolazioni dell’Europa occidentale erano relativamente distinte l’una dall’altra, dal punto di vista genetico, nella prima Età del Bronzo, ma si mescolarono in maniera crescente in seguito all’influenza indoeuropea producendo come risultato una differenziazione minore (sebbene ancora significativa) nell’Europa contemporanea.

 

 

 

 

Abbreviazioni utilizzate nel capitolo:

AEN Antichi Eurasiatici del Nord
CRC Cacciatori-Raccoglitori del Caucaso
AA Antichi Agricoltori dell’Anatolia
CROr Cacciatori-raccoglitori Orientali
IE Indoeuropei
CR Cacciatori-Raccoglitori
CRS Cacciatori-Raccoglitori Scandinavi
CROc Cacciatori-Raccoglitori Occidentali

 

Percentuali della mescolanza di CROc, AA e IE.

 

La migrazione dall’Anatolia degli AA, che segna l’inizio del Neolitico, ebbe come conseguenza iniziale una «quasi completa sostituzione», nell’Europa meridionale, della precedente popolazione di CROc, che si ridussero ad una quota del 7-11% del genoma risultante. Comunque, in seguito vi fu un nuovo incremento del retaggio dei CROc fino al 23-28% nella prima Età del Bronzo13. Anche Haak et al. notano una «rinascita» della rappresentanza genetica dei CROc intorno a quest’epoca14.

Fatto importante per ciò che verrà discusso nel cap. 4, l’eredità genetica degli AA continua ad essere prevalente nell’attuale Europa meridionale, risultando massima in Sardegna (ca. 90%), mentre il contributo dei CRC e dei CROr (attraverso gli IE) prevale maggiormente nell’Europa settentrionale e centrale. Secondo Jones et al.:

 

I CRC, o una popolazione ad essi vicina, contribuirono al patrimonio genetico degli individui della cultura Yamnaya, considerati i vettori della profonda influenza degli antenati della Steppa Pontica che si diffusero ad occidente in Europa e ad oriente in Asia centrale insieme alla metallurgia, all’equitazione e, probabilmente, alle lingue indoeuropee nel terzo millennio a. C.15

 

Anche Allentoft et al. hanno studiato la penetrazione degli IE di derivazione Yamnaya in Europa durante l’Età del Bronzo, cominciata intorno ai 4500 anni fa con la cultura della Ceramica Cordata (rinvenuta tra i fiumi Reno e Volga e nella Scandinavia meridionale), come pure le prove di una più tarda presenza indoeuropea in Italia16. I DNA della Ceramica Cordata e degli Yamnaya formano un clade (un gruppo con un antenato comune) con esclusione degli armeni dell’Età del Bronzo, ad indicare che la mescolanza “di tipo armeno” degli Yamnaya notata in precedenza «ha origine nelle steppe piuttosto che nel Caucaso meridionale», vale a dire, non proviene veramente dall’Armenia17.

L’espansione degli IE portò i geni Yamnaya attraverso grandi distanze, dalla Scandinavia all’Asia meridionale. Ma è importante notare che le incursioni Yamnaya in Iran e in India non ebbero come risultato società individualiste, probabilmente perché le popolazioni locali conquistate rimasero fortemente collettiviste. Inoltre, come sottolineato nel cap. 2, gli IE mostravano notevoli tendenze all’individualismo, ma il loro metodo generale non era quello di estirpare i popoli conquistati; li dominavano, si servivano del loro lavoro, ecc., e alla fine si mescolavano con loro.

Haak et al. forniscono un sostegno alla componente indoeuropea dell’ascendenza degli europei trovando le prove di una «massiccia migrazione» degli Yamnaya in Europa iniziata circa 4500 anni fa e associata alla cultura della Ceramica Cordata18. Circa il 75% dell’ascendenza degli individui appartenenti a tale cultura rinvenuti in Germania proviene dagli Yamnaya, così come il 60% dei cromosomi Y, cosa che sta ad indicare come gli individui maschi conquistatori avessero un successo riproduttivo relativamente alto in confronto a quello degli abitanti maschi precedenti. Fu un influsso di carattere improvviso, che suggerisce un’invasione piuttosto che una diffusione culturale, idea che corrisponde bene alla cultura fortemente militarizzata dei proto-IE di cui si parla nel cap. 2.

Oltre al 75% circa di ascendenza Yamnaya, Haak et al. stimano per gli individui della Ceramica Cordata un

4% circa di CROc e un 17% di AA. Tra gli europei moderni il più elevato patrimonio genetico di ascendenza Yamnaya si osserva nei norvegesi, con un valore intorno al 55%; le percentuali decrescono nell’Europa meridionale e orientale (la più bassa si ha in Sardegna, col 10%). I loro risultati indicano dunque una direttrice di variazione nord-sud per il patrimonio genetico derivante dai CROc. La percentuale più elevata tale patrimonio si trova negli Stati Baltici (Lituania ed Estonia, col 40% circa) mentre essa è nulla in Spagna e in Italia. La Norvegia e l’Islanda contemporanee hanno una percentuale del 17-20% all’incirca. Questo indica che dopo il periodo della Ceramica Cordata dell’Europa centrale (tra i 4900 e i 4400 anni fa) vi fu una ripresa del contributo genetico dei cacciatori-raccoglitori in tutta l’area europea.

Haak et al. concludono:

 

I nostri risultati forniscono appoggio ad una visione della preistoria europea contrassegnata da due principali migrazioni: prima l’arrivo dei primi agricoltori (AA), all’inizio del Neolitico, dal Vicino Oriente, poi l’arrivo dei pastori Yamnaya dalle steppe, nel corso del tardo Neolitico. I nostri dati mostrano inoltre che entrambe le migrazioni furono seguite da una ripresa delle popolazioni precedenti: la prima durante il Neolitico medio, quando il patrimonio genetico dei CR tornò a crescere dopo il declino dell’inizio del Neolitico; la seconda tra il tardo Neolitico  e l’epoca attuale, quando il patrimonio degli AA e dei CR aumentò dopo il declino avvenuto alla fine del Neolitico. La seconda ripresa deve avere avuto inizio proprio nel periodo del tardo Neolitico – Età del Bronzo, poiché i gruppi umani delle culture del Vaso Campaniforme (ca. 4800-3800 anni fa) e di Unetice (ca. 4300-3600 anni fa) possedevano un retaggio genetico Yamnaya ridotto se confrontato con quello dei primi individui della Ceramica Cordata, e paragonabile a quello di alcuni europei odierni […]. Oggi il patrimonio genetico di origine Yamnaya è minore nell’Europa meridionale e maggiore in quella settentrionale.

 

Oltre ai ritrovamenti di Haak et al. menzionati in precedenza, Lazaridis et al. osservano che gli AEN (che arrivarono nel’Europa occidentale attraverso l’influenza genetica degli IE) sono rappresentati tra i moderni europei per un massimo del 20%19. Essi deducono dai loro dati che gli europei meridionali contemporanei ereditarono il loro patrimonio genetico proveniente dai CR principalmente attraverso gli AA, come risultato della mescolanza di questi ultimi con i CROc nel sud dell’Europa. D’altro canto gli europei del nord acquisirono fino al 50% del loro patrimonio derivante dai CROc attraverso i CROc dell’Europa settentrionale, vale a dire che il loro patrimonio collegato ai CR fu superiore a quello derivante dai loro antenati AA. Questo indica che i CROc dell’Europa settentrionale non furono semplicemente rimpiazzati dagli AA o dagli IE, ma finirono per mescolarsi con questi gruppi. Haak et al. notano inoltre come in generale gli europei abbiano una porzione di patrimonio genetico derivante dai CROc maggiore rispetto a quella dovuta agli AEN. Quest’ultima era assente prima della transizione neolitica all’agricoltura, tanto nei CROc quanto negli AA, una scoperta coerente col fatto che gli AEN diedero il loro contributo genetico alla cultura Yamnaya, a sua volta implicata nell’invasione indoeuropea che cominciò all’inizio dell’Età del Bronzo.

 

La Cultura del Vasellame Bucherellato delle coste scandinave.

 

La scoperta di un patrimonio genetico derivante dai CROc maggiore e più duraturo di quello fornito dagli

AA che con essi si erano mescolati nella loro migrazione verso nord è concorde con i ritrovamenti di Malmström et al. relativi alla cultura neolitica del Vasellame Bucherellato della Scandinavia meridionale (ca. 5200-4300 anni fa)20. Questa cultura coesistette sia con quella del Bicchiere Imbutiforme (derivata dagli AA) che con quella della Ceramica Cordata (dominata dagli IE). La Cultura del Vasellame Bucherellato, insieme a quella tardo mesolitica di Ertebølle, era una cultura di CR che viveva presso il mare e la cui dieta si basava principalmente su molluschi e altri alimenti d’origine marina, come pure sulla caccia e la raccolta. Come si vedrà nel cap. 3, queste comunità erano sedentarie almeno per la maggior parte dell’anno e svilupparono ampie società con una struttura complessa.

I ritrovamenti relativi alla Cultura del Vasellame Bucherellato comprendono una quantità di aplotipi mitocondriali unici (in particolare gli aplotipi U e K) che non si trovano nei campioni relativi alla Cultura del Bicchiere Imbutiforme (derivata dagli AA) né in quelli della Ceramica Cordata (derivati dagli IE) e formano un gruppo con i campioni mesolitici relativi ai CR provenienti dall’Europa centrale e dalla Penisola Iberica. Basandosi sulle notevoli differenze nella prevalenza degli aplotipi mitocondriali tra i CR del Vasellame Bucherellato e gli altri gruppi, Malmström et al. hanno concluso che quei CR possano aver contribuito per una porzione variabile tra 0 e il 60% agli aplotipi mitocondriali della popolazione svedese contemporanea, pur non potendo respingere un contributo degli individui del Bicchiere Imbutiforme, fino a una completa sostituzione dei CR del Vasellame Bucherellato. Collegandosi ai dati di Lazaridis et al. circa il contributo unico fornito al patrimonio genetico dai CROc del nord, al di là di quello risultante dalla mescolanza tra AA e CROc nell’Europa meridionale, appare probabile, per l’attuale popolazione svedese, un contributo diretto derivante dai CR del Vasellame Bucherellato, o almeno da qualche altro gruppo settentrionale di CR. Malmström et al. osservano che la possibile continuità tra la cultura tardo mesolitica di Ertebølle e gli scandinavi attuali rimane una questione aperta. Tenendo conto di quanto si dice nel cap. 3 riguardo alla cultura di Ertebølle, questo rimane un tema importante per la ricerca futura.

Inoltre, esiste una continuità genetica tra i CRS e la popolazione del Vasellame Bucherellato. Mittnik et al. hanno osservato come i CRS non abbiano fornito un contributo genetico alla popolazione della Svezia meridionale agli inizi del Neolitico. Comunque i loro risultati relativi al Neolitico medio hanno mostrato una continuità genetica tra CRS e popolazione del Vasellame Bucherellato nella stessa area, proponendo un modello biunivoco tra il contributo genetico derivato dai CRS (74±6%) e quello derivato dagli AA (26±6%). Per il tardo Neolitico e la prima Età del Bronzo i loro risultati sono coerenti con alcune mescolanze locali tra AA e CRS: «La popolazione neolitica di CR del Vasellame Bucherellato mostra una notevole continuità genetica con i CRS»21.

Pertanto, un contributo diretto dei CRS al patrimonio genetico dell’attuale popolazione svedese rimane possibile, sebbene i dati ottenuti finora siano anche coerenti con l’ipotesi che il contributo genetico pari a circa il 20% derivante agli attuali svedesi dai CR (si veda sopra) provenga completamente dai CROc, sia attraverso la mescolanza con gli AA che indipendentemente da essa.

 

Ulteriori prove della variazione clinale nord-sud per i geni dei CROc e degli AA.

 

Il gradiente nord-sud nei geni dei CROc è il tema di uno studio compiuto da Pontus Skoglund et al. sui resti di tre CR antichi di 5000 anni e di un AA della stessa epoca, tutti ritrovati nell’attuale Svezia22. Confrontati aìcon campioni europei e levantini contemporanei, i tre CR neolitici sono apparsi molto al di fuori della distribuzione dei campioni moderni, ma nella direzione dei finlandesi e di altri individui europei settentrionali contemporanei. D’altro canto, l’agricoltore svedese si accostava agli europei meridionali contemporanei. Skoglund et al. hanno stimato che gli svedesi odierni abbiano la seguente percentuale di patrimonio genetico collegato agli AA con un gradiente nord-sud: 31±6% (al nord), 36±7% al centro e 41±8% al sud. La componente derivante dagli AA decresce complessivamente dal 95±13% dei sardi al 52±8% negli individui di discendenza europea nordoccidentale. Skoglund et al. suggeriscono la presenza di ostacoli al flusso genetico che gradualmente si ridussero, e che gli europei odierni si collochino in una posizione intermedia tra la popolazione primordiale dei CROc e gli agricoltori che entrarono in Europa da sudest durante la transizione al Neolitico, evidenziando ancora una volta il contributo dei CR al patrimonio genetico dell’Europa contemporanea, particolarmente di quella settentrionale23.

Un ulteriore studio di Skoglund et al. relativo ad un CR mesolitico, sei CR neolitici e quattro agricoltori neolitici, ha evidenziato una continuità genetica tra i CR mesolitici e quelli neolitici, come pure una differenza genetica rispetto agli agricoltori neolitici24. A corroborare le precedenti scoperte, gli agricoltori neolitici (AA) si avvicinano geneticamente alle popolazioni europee centrali e meridionali odierne, mentre i CR, sebbene al di fuori della variazione delle popolazioni europee contemporanee, risultano più vicini alle popolazioni nord-europee, e in particolare ai lituani, mentre gli odierni gruppi svedesi si trovano in posizione intermedia tra gli agricoltori e i CR neolitici, ma più vicini a questi ultimi. Il CR mesolitico utilizzato come termine di confronto non presentava tracce di geni derivanti dagli agricoltori, sebbene fosse vissuto assai dopo l’introduzione dell’agricoltura nell’area, mentre gli agricoltori neolitici mostravano una significativa discendenza dai CR, probabilmente come risultato di una mescolanza avvenuta nel corso della loro espansione verso nord, nelle zone precedentemente occupate dai CR. In questo studio la distanza genetica tra agricoltori e CR risulta maggiore di quella tra qualsiasi popolazione europea contemporanea (dove è massima tra i finlandesi e gli italiani meridionali)25.

Un altro studio sui CR mesolitici ha utilizzato la saliva presente nel cibo masticato da tre individui26, trovando che questi si collocavano geneticamente tra i CROr e i CROc, ma nella direzione dei secondi e più vicini alle popolazioni europee settentrionali contemporanee, se confrontati con quelle dell’Europa occidentale e centrale; essi presentano la maggiore distanza dalle popolazioni dell’Europa meridionale e orientale. Gli individui mesolitici rinvenuti in Norvegia erano più vicini al gruppo dei CROr, mentre quelli rinvenuti in Svezia (compresi i tre individui dello studio in questione) erano più vicini al gruppo dei CROc. Quest’ultima scoperta conferma quelle precedenti, secondo le quali la penisola Scandinava venne popolata a partire dalla fine dell’ultima epoca glaciale attraverso due distinte migrazioni, una dal sud (ca. 11.500 anni fa) composta da CROc e una dal nordest (ca. 10.300 anni fa) composta da CROr.

 

La conclusione che ne traggo è che in Europa esiste un gradiente genetico nord-sud, dove i geni degli AA sono assai più comuni al sud e i geni dei CROc (comprendenti quelli dei CRS) e degli IE risultano prevalenti al nord. Ciò implica che ogni contributo psicologico di origine genetica derivante dai CR e dagli IE sarà più comune tra gli odierni europei settentrionali che tra quelli meridionali, mentre gli analoghi contributi derivanti dagli AA saranno più comuni nell’Europa del sud.

Comunque, come osservato all’inizio di questo capitolo, queste continuità genetiche e variazioni clinali sono probabilmente influenzate anche dalla selezione in situ, ossia le differenze genetiche che sono continue rispetto a questi clinali preistorici seguitarono probabilmente ad evolvere nella misura in cui le popolazioni miste lungo il clinale tra l’Europa meridionale e quella settentrionale rimasero separate per diverse migliaia di anni. Ad esempio le predisposizioni psicologiche o i caratteri fisici di derivazione genetica in origine più pronunciati in uno dei tre gruppi poterono essere selezionati senza effetti importanti sull’intero autosoma. Dunque, se i tratti che predispongono all’individualismo erano più pronunciati tra i CR e gli IE che tra gli AA (come sembra appunto essere), questi geni poterono diffondersi nella popolazione senza un effetto rilevante sul contributo autosomico generale degli AA. La stessa cosa potè verificarsi per le caratteristiche fisiche, come la pelle chiara, i capelli biondi e gli occhi azzurri, dato che questi tratti possono essere stati più vantaggiosi nelle latitudini settentrionali, come pure aver costituito aspetti selezionati per via sessuale dell’attrazione fisica nel matrimonio individualista (cfr. paragrafo seguente e cap. 3). In ogni caso, un tema dei capitoli seguenti è che vi sono differenze psicologiche collegate all’individualismo che riflettono questa variazione genetica clinale nord-sud.

 

 

 

 

Selezione dell’abilità cognitiva generale e dei tratti fisici.

 

Michael Woodley et al. hanno compiuto degli studi di associazione genome-wide confrontando la frequenza dei geni che sono stati collegati all’abilità cognitiva generale (ACG) nelle popolazioni contemporanee con gli stessi geni degli europei che vissero tra i 4500 e i 1200 anni fa27. I risultati hanno mostrato una selezione per i geni collegati all’ACG nel corso di questo periodo.

Inoltre, come discusso nel cap. 8, malgrado la loro radice proto-indoeuropea, le parole fair e fairness27a compaiono soltanto nelle lingue dell’Europa nordoccidentale, dove originariamente si riferivano solo al comportamento all’interno della tribù. Questo è chiaramente un segno dell’importanza della reputazione morale all’interno del gruppo e suggerisce una selezione di questi tratti nell’Europa nordoccidentale, ma non altrove nelle vaste aree conquistate dagli IE. Questo elemento culturale e la sua base genetica potrebbero dunque essere il risultato dell’assimilazione dei conquistatori IE con i più egualitari CR del nordest dell’Europa. Malgrado le tendenze individualiste tanto degli IE quanto dei CR nordoccidentali, gli IE non si caratterizzano precisamente in quanto egualitari. Essi erano marcatamente gerarchici, e il loro egualitarismo si manifestava soltanto all’interno dell’élite militare aristocratica (cap. 2).

Riguardo ai tratti fisici, il gene del colore chiaro degli occhi apparteneva al 100% ai CR dell’Europa nordoccidentale28. Sebbene i più settentrionali CRS della regione che oggi è la Svezia possedessero il gene della pelle bianca, altri CROc rinvenuti in Spagna e in Lussemburgo non avevano l’allele della pelle chiara, che è praticamente fisso nelle attuali popolazioni europee, mentre i campioni provenienti dagli AA erano omozigoti per questo allele. Questi risultati indicano una selezione negativa per la pelle scura nell’Europa meridionale dopo l’arrivo degli AA29. Il ritrovamento dei geni della pelle chiara in questi resti scheletrici suggerisce che questa mutazione possa essere stata presente in alcune popolazioni di CROc, particolarmente nell’Europa del nord, e cioè nelle popolazioni con le quali più probabilmente i nordeuropei attuali presentano continuità genetica. In effetti un altro studio sui CRS ha osservato come questi possedessero i geni sia degli occhi chiari che dei capelli chiari30.

Riguardo ai proto-IE, i geni della pigmentazione chiara della pelle erano relativamente poco frequenti nei campioni di DNA antico provenienti dalla regione della Steppa Pontica, se confrontati con campioni tratti dai moderni ucraini, cosa che indica una selezione avvenuta man mano che gli IE si espandevano verso nord. I ricercatori hanno attribuito questi risultati a «una combinazione di pressioni selettive associate alla vita nelle latitudini settentrionali, all’adozione di una dieta agricola [vale a dire povera di vitamina D, che aumenta la pressione selettiva in favore di una pigmentazione più chiara] e all’accoppiamento selettivo [cioè preferenza, nell’accoppiamento, per compagni con la pelle chiara] che possono spiegare sufficientemente i cambiamenti osservati dal fenotipo più scuro dell’Eneolitico / Età del Bronzo ad uno in generale più chiaro tra gli europei orientali moderni, sebbene altri fattori selettivi non possano essere esclusi»31.

Come discusso nel cap. 3, il matrimonio individualista comporta in misura assai maggiore l’accoppiamento selettivo sulla base dei tratti del compagno, e ciò a causa della scelta individuale di quest’ultimo. La possibilità di un accoppiamento selettivo implicherebbe che la pelle chiara fosse considerata attraente in un potenziale compagno, così che uomini e donne di elevato valore sessuale avrebbero scelto compagni dalla pelle chiara. Per contro, nelle culture collettiviste i matrimoni avvengono spesso tra parenti e sono combinati dalle famiglie in quanto aspetto delle strategie familiari all’interno di gruppi di parentela estesa. In questo regime (che spesso comporta l’unione tra cugini primi) i matrimoni non riflettono necessariamente le preferenze degli sposi.

Il punto è che per una varietà di ragioni possibili, in Europa, dopo le migrazioni degli AA e degli IE, si verificò una selezione favorevole ad una pigmentazione chiara degli occhi, dei capelli e della pelle. Vi fu pertanto una fissazione della frequenza di un gene associato al colore bianco della pelle tra il Mesolitico e l’Età del Bronzo, un periodo durato più di 3000 anni32. Il gene degli occhi azzurri era già presente nelle popolazioni mesolitiche (come osservato in precedenza) ma è assente tra i proto-IE.

Inoltre, il gene della tolleranza al lattosio può aver avuto origine tra i proto-IE33. Questo gene doveva essere stato molto adattabile in una cultura basata sulla pastorizia e sui latticini come quella Yamnaya. Comunque, questo gene è stato trovato soltanto nel 5% degli europei dell’Età del Bronzo, per quanto il valore più alto si rilevi negli individui della Cultura della Ceramica Cordata (20%) che si ritiene sia derivante  dalla migrazione Yamnaya (il 28% dei resti degli individui di questa cultura presenta quel gene).

Vi è anche un gradiente nord-sud per quanto riguarda la statura, dove gli europei sono più alti al nord. Mathieson et al. rilevano queste differenze nell’Europa neolitica, suggerendo che la statura superiore derivi da un’influenza IE che è più forte al nord ed è associata ad una dieta ricca di latticini; osservano inoltre una selezione favorevole ad una statura più bassa nell’Europa meridionale come adattamento ad una dieta agricola di qualità relativamente inferiore34. Questo gradiente per la statura permane fino all’epoca moderna e riflette un gradiente genetico (e culturale) che ancora esiste in Francia (cfr. cap. 4).

 

Differenze nella mappa genetica dell’Europa contemporanea.

 

Esistono differenze genetiche tra gli europei contemporanei che presentano una evidente distribuzione geografica35. Malgrado il livello generale di variazione genetica in Europa sia basso, gli individui di una stessa area formano tra loro un gruppo, ad esempio anche all’interno delle aree germanofona, francofona e italianofona della Svizzera36. Un’analisi delle componenti principali rivela un’adeguata soluzione a due componenti. Dei due assi, quello che va da nord-nordovest a sud-sudest permette di spiegare il doppio della variabilità (30%) rispetto al secondo (da nord-nordest a sud-sudovest)37.

Nelis et al. hanno anche trovato un gradiente nordovest-sudest in cui la Finlandia rappresenta un’eccezione a nordest e la Svezia il paese più vicino alla Finlandia nell’Europa occidentale38. I risultati sono compatibili con la proposta avanzata nel cap. 4, secondo cui le differenze nella struttura familiare in Europa sono influenzate da un gradiente genetico che va da nord-nordovest a sud-sudest.

Nell’ambito della Scandinavia, Norvegia e Svezia sono chiaramente distinte dalle popolazioni germaniche del continente, mentre la Danimarca rientra in queste popolazioni; la Finlandia è un’eccezione posta più a nord e più a est. Gli autori mettono in guardia sul fatto che i loro risultati possano sottostimare le differenze genetiche tra le aree europee perché alleli relativamente poco comuni non sono sufficientemente campionati. I medesimi risultati sono stati ottenuti da Lao et al.39, che hanno nuovamente trovato due componenti principali correlate alla geografia, la prima delle quali spiega il 31.6% della variabilità, mentre la seconda il 17.3%.

Ancora una volta la Norvegia e la Svezia (ma non la Danimarca) costituiscono gli estremi settentrionali della distribuzione, insieme alla Finlandia (per quanto quest’ultima rappresenti un eccezione). Fatto interessante, visti i dati sulla struttura familiare esaminati nel cap. 4, l’Italia meridionale si colloca all’estremo sud del profilo genetico e si distingue in maniera notevole dall’Italia settentrionale, più germanica (dati rilevati anche da Nelis et al.)40. Lao et al. hanno anche rilevato differenze nord-sud in Spagna e in Germania. D’altro canto, i loro dati relativi alla Francia si basavano su un solo campione proveniente dall’area sudorientale; essi hanno trovato che questo campione era sostanzialmente separato dalle popolazioni germaniche, fornendo così una base genetica al clinale nord-sud relativo alla struttura familiare in Francia, che gioca un ruolo centrale nei dati discussi nel cap. 4.

 

Dati relativi ai cromosomi sessuali.

 

Sulla base del materiale sugli IE presentato nel cap. 2, ci si potrebbe aspettare che le migrazioni IE siano state fortemente sbilanciate in favore degli individui di sesso maschile, e ciò per diverse ragioni. Tra le più importanti, il fatto che una struttura di base della cultura IE era il Männerbund, una banda di guerrieri composta di soli maschi che andava alla ricerca di fama e di fortuna conquistando altri territori. Ora, non vi sono prove che queste culture IE abbiano estirpato i popoli che erano giunte a dominare; esse usavano la loro posizione per ottenere servigi attraverso la riduzione in schiavitù ovvero con un sistema più mite, paragonabile al servaggio medievale. Le donne venivano prese come compagne mentre i maschi erano utilizzati come forza lavoro. Sul lungo periodo divenne possibile una mobilità sociale ascendente per i maschi del gruppo conquistato (p. es. per quelli dotati di talento militare) e le barriere alla mescolanza si fecero gradualmente più deboli, dando come risultato una popolazione mista. Inoltre, le culture delle steppe erano fortemente caratterizzate in termini sessuali, dove la parte maschile dominava in ambiti quali le sepolture, le divinità e la terminologia relativa alla parentela41.

Malgrado queste considerazioni, le prove genetiche di una predominanza di cromosomi Y di origine Yamnaya sono contrastanti. Come osservato in precedenza, circa il 60% dei cromosomi Y derivanti da individui della Cultura della Ceramica Cordata derivano a loro volta dagli Yamnaya, ad indicare che i maschi conquistatori ebbero un relativo successo riproduttivo. Recentemente, Goldberg et al. hanno fornito prove che le migrazioni dalle steppe42 erano fortemente sbilanciate dal punto di vista sessuale, e hanno difeso i loro risultati contro le critiche43. Viste le considerazioni di carattere culturale fatte in precedenza e questi nuovi dati, sono incline ad accettare che la migrazione dalle steppe fosse fortemente sbilanciata in favore degli individui maschi. Inoltre un simile scenario sarebbe altamente compatibile col ritrovamento di alcuni cromosomi Y derivanti da genti che popolavano l’Europa prima della migrazione proveniente dalle steppe, visto che i maschi delle popolazioni conquistate erano utili ai conquistatori come forza lavoro e per altri servizi.

 

Conclusione.

 

Nel cap. 2 discuto la cultura IE in quanto basata sulla conquista militare e sulla dominazione dei popoli conquistati, ma anche in quanto caratterizzata da importanti aspetti dell’individualismo, come quello, ad esempio, di aver creato una cultura di libero mercato nella quale i legami di parentela avevano un’importanza ridotta, mentre i talenti e i risultati individuali erano apprezzati.

Comunque, l’espansione IE in gran parte dell’Asia (le loro conquiste raggiunsero l’odierna Cina occidentale, l’Iran e il subcontinente indiano) non produsse culture individualiste. Similmente, le conquiste dell’antica Macedonia e di Roma in Medio Oriente non ebbero conseguenze durature sull’organizzazione sociale collettivista e basata sulla parentela estesa che rimane tipica di quell’area anche oggi (cfr. cap. 4). Anche la secolare dominazione dell’impero romano (una derivazione della cultura IE, cfr. l’appendice al cap. 2) nell’Europa meridionale non ebbe come risultato l’individualismo, almeno nella stessa misura che nell’Europa nordoccidentale. In effetti, più si risale indietro nel tempo, più la struttura familiare nell’Europa meridionale appare collettivista, e tale modello sopravvive nell’epoca presente (cfr. cap. 4).

Ciò implica che nell’Europa nordoccidentale debbano esserci state tendenze all’individualismo preesistenti alla conquista IE, oppure che nell’ambiente naturale di quella regione vi fosse qualcosa di peculiare che ebbe come risultato l’evoluzione dell’individualismo in quell’area a partire dalla conquista IE, e tuttavia non nelle altre aree  che gli IE conquistarono, cosa che sembra improbabile. Tali tendenze individualiste non appaiono tra gli AA, la cui eredità genetica è assai più forte nel sud dell’Europa che nel nordovest individualista, il che implica che le ricerche debbano focalizzarsi sui CROc (inclusi probabilmente i CRS). Come osservato in precedenza, il contributo della cultura tardo-mesolitica di Ertebølle (una complessa cultura di CR basata su una dieta marina) alla struttura genetica delle popolazioni contemporanee rimane una questione aperta. Lo stesso vale per la cultura che le succedette, quella del Vasellame Bucherellato, e per i CRS in generale.

Tali caratteristiche ambientali atte a promuovere l’individualismo dovevano essere assenti non soltanto dall’Europa meridionale, ma anche da quella orientale, incluse l’Europa nordorientale e la Russia. Anche queste regioni furono conquistate da popolazioni provenienti dalle steppe, ma rimasero più inclini ad una struttura familiare collettivista, malgrado possedessero un clima temperato (cap. 4).

Come discusso nel cap. 3, un possibile aspetto legato all’ambiente può essere stata la capacità dei CR europei nordoccidentali di sviluppare culture complesse basandosi su una ricca dieta marina, che tuttavia richiedeva un ritorno stagionale ai piccoli gruppi su base familiare caratteristici dei CR. Società complesse di CR erano comuni in diversi luoghi: «sono ora disponibili prove abbastanza consistenti di società di CR politicamente complesse che durarono per secoli in diversi continenti»44. Come la cultura di Ertebølle, queste società complesse di CR tendevano a raggrupparsi in aree marine o fluviali ricche di risorse.

Come osservato all’inizio, il clinale genetico qui descritto potrebbe anche essere stato influenzato da una selezione locale successiva ai principali eventi migratori, ossia le differenze genetiche provenienti da questi clinali preistorici possono essersi evolute ulteriormente, nella misura in cui le popolazioni miste del sud e del nord Europa rimasero separate per lunghi periodi. Ad esempio, predisposizioni psicologiche o caratteri fisici di derivazione genetica originariamente più pronunciati in uno dei tre gruppi più importanti possono aver subito una selezione positiva nell’Europa nordoccidentale.

Inoltre la base genetica di tali tratti può aver coinvolto un numero relativamente piccolo di geni, senza effetti rilevanti sulle differenze genetiche tra gruppi nell’autosoma complessivo. Quando i genetisti esaminano le differenze genetiche tra due popolazioni, essi si concentrano non soltanto sui geni adattivi o maladattivi, ma anche su quelli che sul piano adattivo sono neutri. In effetti, una grande percentuale delle mutazioni genetiche umane è adattivamente neutra, o solo leggermente deleteria (secondo le stime di Boyko et al. rispettivamente il 27-29% e il 30-42%)45. Le percentuali autosomiche possono dunque generare stime fuorvianti circa il contributo di un particolare gruppo a particolari tratti. Come osservato in precedenza, vi sono prove di una selezione favorevole alla pigmentazione chiara delle pelle e probabilmente al colore chiaro degli occhi che avrebbe coinvolto assai pochi geni. Questa selezione avrebbe avuto un effetto minimo sulle distanze genetiche complessive tra le popolazioni studiate.

Dunque, se i tratti che predispongono all’individualismo erano più pronunciati tra i CROc e gli IE rispetto agli AA, questi geni avrebbero potuto diffondersi nella popolazione senza un effetto rilevante sul contributo autosomico complessivo degli AA, così che, ad esempio, il contributo autosomico dei CROc al patrimonio genetico degli europei contemporanei potrebbe sottostimare la loro influenza sulle basi genetiche delle predisposizioni psicologiche relative all’individualismo. La stessa cosa sarebbe potuta accadere anche per tratti fisici come la pelle chiara, i capelli biondi e gli occhi azzurri, visto che tali tratti avrebbero potuto essere selezionati per via sessuale quali aspetti dell’attrattività individuale nel matrimonio individualista (cfr. cap. 3). In ogni caso, un tema dei successivi capitoli è che esistono differenze psicologiche relative all’individualismo che riflettono il clinale genetico nord-sud.

A tale riguardo, come discusso nel cap. 3, è interessante il fatto che la popolazione finlandese abbia sviluppato tratti alquanto simili a quelli dei suoi vicini svedesi, pur rimanendo geneticamente distinta da essi (con qualche mescolanza, in particolare nella Finlandia occidentale) e rappresentando in generale un’eccezione rispetto agli europei occidentali, cosa che suggerisce una selezione in situ nel nordovest europeo.

 

In sintesi, le prove attualmente disponibili sono compatibili con la presenza di una popolazione primordiale di CROc a partire da circa 45.000 anni fa. Nell’Europa settentrionale, non più tardi di 8000 anni fa (datazione dei campioni di Motala in Svezia) una parte di questa popolazione si evolse in un gruppo distinto di CRS con pelle bianca e occhi azzurri. Nell’Europa meridionale i CROc aveva pelle scura e occhi chiari. Gli AA provenienti dal levante, con pelle bianca e occhi castani penetrarono in Europa circa 8000 anni fa, eliminando i CROc dalla pelle scura dall’Europa meridionale (con qualche mescolanza) e mescolandosi in misura minore con i CROc e forse i CRS nel nord. In fine, popolazioni dalla pelle bianca e dagli occhi castani provenienti dalle steppe Pontiche emigrarono in Europa attorno al 4500 a. C. sottomettendo militarmente gli altri gruppi già presenti (cap. 2) ma finendo poi per mescolarsi con essi.

Una considerevole rappresentanza genetica dei CROc (e probabilmente dei CRS) permane comunque fino ai nostri giorni. E’ stata già menzionata una ripresa della componente genetica dei CR nella prima Età del Bronzo. La tesi che verrà sviluppata nei capitoli seguenti è che vi sia stata una risorgenza dei CR non dal punto di vista genetico, ma da quello culturale, e cioè che alcune versioni dell’egualitarismo dei CR siano via via diventate dominati a partire dal XVII secolo, con il sorgere del puritanesimo in Inghilterra, e che tale cultura predomini tra gli europei dell’epoca attuale e specialmente nelle società derivate dall’Europa nordoccidentale. I due capitoli seguenti sono dedicati alla descrizione delle culture, tra loro assai diverse, di questi due gruppi individualisti: gli IE aristocratici e i CR egualitari.


Note.

  • Peter FROST, The Hajnal Line and Gene-Culture Coevolution in Northwest Europe, “Advances in Anthropology” 7 (2017): 154-174.
  • Mary Jane WEST-EBERHARD, Developmental Plasticity and Evolution, New York, Oxford University Press, 2003; si veda anche: Peter LA FRENIERE, Kevin MACDONALD, A Post-genomic View of Behavioral Development in Adaptation to the Environment, “Developmental Review” 33, n. 2 (2013): 89-102.
  • WEST-EBERHARD, Developmental Plasticity and Evolution.
  • Gregory COCHRAN, Henry HARPENDING, The 10,000 Year Explosion: How Civilization Accelerated Human Evolution, New York, Basic Books, 2010.
  • Iosif LAZARIDIS et al., Ancient Human Genomes Suggest Three Ancestral Populations for Present-day Europe, “Nature” 513, 409-413 (2014).
  • Eppie JONES et al., Upper Palaeolithic Genomes Reveal Deep Roots of Modern Eurasians, “Nature Communications” 6, November 17, 2015: 1-8, 4.
  • COCHRAN, HARPENDING, The 10,000 Year Explosion, 36-63.
  • Eppie R. JONES et al., Upper Palaeolithic Genomes Reveal Deep Roots of Modern Eurasians. La data della fine del Mesolitico è diversa nelle diverse parti d’Europa perché essa è definita dall’arrivo dell’agricoltura con gli AA, evento verificatosi prima nel sud e successivamente nel nord.
  • Iain MATHIESON et al., Genome-Wide Patterns of Selection in 230 Ancient Europeans, “Nature” 528, 2015: 499-503.
  • Ibid.; si veda anche Morton E. ALLENTOFT et al., Population Genomics of Bronze Age Eurasia, “Nature” 522, June 11, 2015: 167-172.
  • LAZARIDIS et al., Ancient Human Genomes Suggest Three Ancestral Populations for Present-day Europeans; Wolfgang HAAK et al., Massive Migration from the Steppe was a Source for Indo-European Languages in Europe, “Nature” 522, June 11, 2015: 207-211.
  • HAAK et al., Massive Migration from the Steppe was a Source for Indo-European Languages in Europe. [13] JONES et al., Upper Palaeolithic Genomes Reveal Deep Roots of Modern Eurasians; si veda anche: Pontus SKOGLUND et al., Origins and Genetic Legacy of Neolithic Farmers and Hunter-Gatherers in Europe, “Science” 336, April 27, 2010: 466-469.
  • HAAK et al., Massive Migration from the Steppe was a Source for Indo-European Languages in Europe.
  • Ibid., 4.
  • ALLENTOFT et al., Population Genomics of Bronze Age Eurasia.
  • Ibid., 169.
  • Wolfgang HAAK et al., Massive Migration from the Steppe was a Source for Indo-European Languages in Europe, 207.
  • LAZARIDIS et al., Ancient Human Genomes Suggest Three Ancestral Populations for Present-day Europeans.
  • Helena MALMSTRÖM et al., Ancient Mitochondrial DNA from the Northern Fringe of the Neolithic Farming Expansion in Europe Sheds Light on the Dispersion Process, “Philosophical Transactions of the Royal Society”, B 370, January 19, 2015: 11-10.
  • Alissa MITTNIK et al., The Genetic History of the Baltic Sea Region, “Nature Communications” 9. n.

442, January 30, 2018: 1.11.

  • Pontus SKOGLUND et al., Origins and Genetic Legacy of Neolithic Farmers and Hunter-Gatherers in Europe, “Science” 366, 2012: 466-469.
  • Si veda anche DAVIDSKI, On the Modern Genetic Affinities of Ice-Age Europeans, “Eurogenes Blogspot”, May 5, 2016.
  • Pontus SKOGLUND et al., Genomic Diversity and Admixture Differs for Stone-Age Scandinavian Foragers and Farmers, “Science”, 344, n. 6185, May 16, 2014: 747-750.
  • Oscar LAO et al., Correlation between Genetic and Geographic Structure in Europe, “Current Biology”, 18, August 26, 2008: 1241-1248.
  • Natalia KASHUBA et al., Ancient DNA from Mastics Connects Material Culture and Genetics of Mesolithic Hunter-Gatherers in Scandinavia, “Communications Biology, 2, n. 1, 2019.

https:// www.nature.com/articles/s42003-019-0399-1

  • Michael WOODLEY OF MENIE et al., Holocene Selection for Variants Associated with General Cognitive

Ability: Comparing Ancient and Modern Genomes, “Twin Research and Human Genetics”, 20, n. 4, August, 2017: 271-280.

[27a] N.d.T.: l’aggettivo fair significa sia biondo (chiaro di capelli) che giusto, corretto, imparziale; così il sostantivo fairness significa chiarezza, candore (di pelle) come pure correttezza, onestà, equità. Da ciò il collegamento tra caratteri fisici e caratteri morali espresso da tali termini.

  • MATHIESON et al., Genome-Wide Patterns of Selection in 230 Ancient Europeans; LAZARIDIS et al., Ancient Human Genomes Suggest Three Ancestral Populations for Present-day Europeans.
  • LAZARIDIS et al., Ancient Human Genomes Suggest Three Ancestral Populations for Present-day Europeans.
  • MITTNIK et al., The Genetic History of the Baltic Sea Region.
  • Sandre WILDE et al., Direct Evidence for Positive Selection of Skin, Hair and Eye Pigmentation in Europeans during the Last 5,000 Y, “Proceedings of the National Academy of Science” 111, n. 13, April 1, 2014: 4832-4837, 4835.
  • ALLENTOFT et al., Population Genomics of Bronze Age Eurasia. Casidy et al. (2015) hanno scoperto che un campione di tre individui provenienti dall’Irlanda dell’Età del Bronzo possedeva geni collegati agli Yamnaya (ca. 32%) mentre in un agricoltore neolitico irlandese tale influenza genetica non è stata rinvenuta.

Questi individui erano almeno eterozigoti per gli occhi azzurri, sebbene uno di loro avesse occhi marroni. Presumibilmente il gene per gli occhi azzurri derivava dall’influenza dei CR, che rimaneva consistente (ca. 26%). L’individuo appartenente agli AA aveva capelli scuri e occhi marroni; Lara CASSIDY et al., Neolithic and Bronze Age Migration to Ireland and Establishment of the Insular Atlantic Genome, “Proceedings of the National Academy of Science” 113, n. 2, January 16, 2016: 368-373.

  • ALLENTOFT et al., Population Genomics of Bronze Age Eurasia.
  • MATHIESON et al., Genome-Wide Patterns of Selection in 230 Ancient Europeans.
  • John NOVEMBRE et al., Genes Mirror Geography within Europe, “Nature Letters” 456, November 6, 2008: 98-101. Novembre et al. hanno trovato un FST (una misura della distanza genetica) di 0.004, che indica un grado molto basso di separazione genetica.
  • LAO et al., Correlation between Genetic and Geographic Structure in Europe. Lao et al. hanno anche trovato, in generale, una bassa variabilità genetica in Europa, rilevando un clinale nord-sud per la diversità genetica. Si è scoperto che gli europei del nord erano più strettamente imparentati tra loro di quelli del sud. [37] Si veda anche Michael F. SEDLIN et al., European Population Substructure: Clustering of Northern and Southern Populations, “PLOS Genetics”, 2006 (senza nn. di pag.). Sedlin et al. hanno trovato «chiare prove di ampie differenze nella struttura della popolazione tra gli europei del nord e quelli del sud». I campioni provenienti dall’Italia e dalla Spagna formavano un gruppo separato rispetto a quelli di altre popolazioni europee, e cioè dell’Europa occidentale, centrale, orientale e della regione scandinava. Tale contrasto è risultato evidente anche all’interno degli stessi campioni italiani e spagnoli, laddove quelli provenienti dalle zone settentrionali erano più simili a quelli delle regioni nordeuropee rispetto a quelli provenienti dalle zone meridionali (http://journals.plos.org/plosgenetics/article?id=10.1371/journal.pgen.0020143).
  • Mari NELIS et al., Genetic Structure of Europeans: A View from the North-East, “Plos One” 4, n. 5, May, 2009 (senza nn. di pag.; https://journals.plos.org/plosone/ article?id=10.1371/journal.pone.0005472).
  • LAO et al., Correlation between Genetic and Geographic Structure in Europe.
  • NELIS et al., Genetic Structure of Europeans.
  • Amy GOLDBERG et al., Ancient X Chromosomes Reveal Contrasting Sex Bias in Neolithic and Bronze

Age Eurasian Migrations, “Proceedings of the National Academy of Science” 114, n. 10, March 7, 2017:

2657-62.

  • Ibid.
  • Iosif LAZARIDIS, David REICH, Failure to Replicate a Genetic Signal for Sex Bias in the Steppe Migration into Central Europe, “Proceedings of the National Academy of Science” 114 n. 20, May 16, 2017:

E3873-E3874; Amy GOLDBERG, Torsten GÜNTHER, Noah A. ROSENBERG, Mattias JAKOBSSON, Reply to Lazaridis and Reich: Robust Model-based Inference of Male-biased Admisture during Bronze Age Migration from the Pontic-Caspian Steppe, “Proceedings of the National Academy of Science” 114 n. 20, May 16, 2017: E3875-E3877.

  • Jeanne ARNOLD et al., Entrenched Disbelief: Complex Hunter-Gatherers and the Case for Inclusive Cultural Evolutionary Thinking, “Joutnal of Archaeological Method and Theory 23, 2016: 448-499, 449.
  • Adam R. Boyko et al., Assessing the Evolutionary Impact of Amino Acid Mutations in the Human Genome, “PLOS Genetics”, May 30, 2008 (senza nn. di pag.); https:// journals.plos.org/plosgenetics/article?id=10.1371/journal.pgen.1000083.

 

 

 

 

 

 

 

INDIVIDUALISMO E TRADIZIONE PROGRESSISTA OCCIDENTALE: Capitolo 2, IL RETAGGIO CULTURALE INDOEUROPEO: L’INDIVIDUALISMO ARISTOCRATICO

INDIVIDUALISMO E
TRADIZIONE PROGRESSISTA OCCIDENTALE.
Origini evolutive, storia e prospettive future.
traduzione italiana di Marco Marchetti

IL RETAGGIO CULTURALE INDOEUROPEO: L’INDIVIDUALISMO ARISTOCRATICO.

Mentre l’uomo faustiano è un Io che, in ultima istanza, trae le proprie conclusioni riguardo all’infinito, e l’uomo apollineo, come un soma tra molti altri, rappresenta solo se stesso, l’uomo mago, col suo essere di tipo spirituale, è solo una parte di un Noi pneumatico che, discendendo dall’alto, è uno e il medesimo in tutti i credenti. Come corpo e anima egli non appartiene soltanto a se stesso, ma qualcos’altro, qualcosa di alieno e di più alto, risiede in lui, facendo di lui, con tutte le sue idee e le sue convinzioni, soltanto un membro di un consenso che, in quanto emanazione di Dio, esclude l’errore,  ma esclude altresì ogni possibilità per l’Ego di affermarsi. La verità è per lui qualcosa di diverso da ciò che è per noi. Tutti i nostri metodi epistemologici, che si basano sul giudizio individuale, sono per lui follia ed infatuazione, e i loro risultati scientifici sono opera del Maligno, che ha confuso ed ingannato lo spirito circa quelli che sono le sue vere disposizioni e i suoi veri scopi.

Oswald SPENGLER, da Il tramonto dell’Occidente1.

 

Muore il bestiame, muoiono i congiunti, ed anche tu morirai. Ma so che una cosa non morirà mai: la fama delle gesta di un defunto.

Proverbio vichingo islandese.

 

Gli indoeuropei (IE) furono dei gruppi di conquistatori fortemente militarizzati che iniziarono ad espandersi a partire dalla regione della Steppa Pontica a nord del Mar Nero fino a dominare l’Europa per almeno 3500 anni, terminando soltanto alla fine del Medioevo nell’Europa occidentale e continuando ad esercitare la loro influenza anche oltre quel periodo. Ciò che intendo dire con questo è che i sistemi sociali creati dagli IE ebbero significativi elementi in comune e rimasero sostanzialmente immutati nel corso di questo lungo arco temporale. Questo capitolo illustrerà gli aspetti fondamentali di tale sistema sociale, qui chiamato individualismo aristocratico per ragioni che saranno più chiare in seguito.

Come osserva Ricardo Duchesne, il retaggio IE è la chiave per comprendere l’anima irrequieta, aggressiva, indagativa, innovativa, “faustiana” dell’Europa. Gli IE furono un «popolo peculiarmente aristocratico dominato da figure emergenti di condottieri per i quali combattere al fine di guadagnare prestigio costituiva un ethos onnipervasivo. Questa culture viene interpretata come “lo stato di natura occidentale” e come la fonte primordiale dell’irrequietezza occidentale»2.

Come osservato nel cap. 1, l’opinione accademica attuale è che gli IE siano originari della dalla regione della Steppa Pontica, a sud della Russia e dell’Ucraina. Nel Vicino Oriente, in Iran e in India questo gruppo conquistatore finì per essere assorbito dalla popolazione locale, sebbene, ad esempio, vi sia qualche indizio che la casta sacerdotale dei brahmini indiani abbia una componente genetica IE maggiore rispetto a quella delle altre caste dell’India settentrionale3. In Europa gli IE soppiantarono le lingue autoctone ma non la popolazione autoctona; in origine almeno, come nelle altre aree da essi conquistate, costituirono élite aliene che dominavano gli europei più antichi.

 

Cultura indoeuropea.

 

L’aspetto nuovo della cultura IE fu che non si basava né su una sovranità centralizzata, né su gruppi di parentela estesa del tipo dei clan, bensì su un’élite aristocratica che era egualitaria al proprio interno. Un aspetto critico è che questa élite non era costituita sulla base dei legami di parentela, come accadeva nelle società basate sui clan, ma in funzione della ricerca della fama e della fortuna, e in particolare della prima. Gli uomini che diventavano capi non erano despoti, ma pari tra gli altri guerrieri, un egualitarismo tra aristocratici. I guerrieri di successo di distinguevano per l’abbigliamento, gli ornamenti, le cinture, ecc., con un’attitudine all’ostentazione. Ciò produceva «un’immagine del mondo vitale, orientata all’azione e lineare»4, vale a dire dinamica e tesa al conseguimento di un crescente prestigio. Il capo era un “primo tra gli eguali”, che comandava in virtù del consenso volontario piuttosto che tramite la forza, e l’essere un capo di successo significava far sì che molti clienti si impegnassero a garantire la loro lealtà.

 

Questi “gruppi di camerati” […] erano particolarmente dediti ad un comportamento predatorio e ad una vita “da lupi” fatta di caccia e di razzie, nonchè a compiere azioni superiori, addirittura sovrumane. I membri di tali gruppi erano in genere uomini giovani e non sposati, assetati di avventure. I seguaci giuravano di non sopravvivere a un capo che fosse stato ucciso in battaglia, come del resto da un capo ci si attendeva che desse, in ogni circostanza, esempio di coraggio e di abilità guerriera. […]. Solo riferendosi ai [guerrieri] aristocratici IE […] si può parlare, in termini hegeliani, di una lotta mortale per il puro prestigio5.

 

Gli IE originari, chiamati proto-indoeuropei (PIE), passarono attraverso un profondo cambiamento culturale da un’economia di caccia e raccolta a un’economia pastorale tra i 7800 e i 7200 anni fa6. I gruppi di CR tendono ad essere egualitari, ma il passaggio alla pastorizia ebbe come risultato l’ineguaglianza sociale. La pastorizia inoltre «richiedeva un’organizzazione sociale flessibile e opportunistica»7, come pure la capacità di procrastinare la gratificazione e di pianificare il futuro: poteva essere praticata soltanto «da persone disposte moralmente ed eticamente a vedere le loro famiglie patire la fame piuttosto che cibarsi del loro bestiame»8.

Comunque, oltre al passaggio all’economia pastorale, un aspetto critico del successo dei PIE veniva dall’aver sviluppato una cultura militarizzata che si dimostrò altamente efficace per dominare altri gruppi. Questa, a sua volta, si basava su altri importanti connotazioni culturali.

 

Progressi tecnologici.

 

L’addomesticazione del cavallo. I cavalli vennero addomesticati all’incirca 6800 anni fa9. A ciò seguì la pratica dell’equitazione, tra i 5700 e i 5000 anni fa10. Tali pratiche culturali resero possibili greggi di pecore e mandrie di bovini assai più ampi, ma costituirono anche un aspetto della militarizzazione, insieme all’invenzione dell’arco che poteva essere utilizzato cavalcando11. I cavalli delle steppe erano più grossi e più forti degli onagri (derivati dagli asini selvatici dell’Asia) che si trovavano nel Medio Oriente ed erano pertanto molto più efficaci per l’impiego militare. Il risultato fu che a partire da 5300 anni fa si ebbe un declino dell’agricoltura in Europa, dato che la terra venne dedicata al pascolo, e un incremento dell’attività bellica.

Carri sofisticati. Insieme all’equitazione, lo sviluppo di carri sofisticati facilitò l’espansione nelle vaste steppe, «vivendo sulle ruote»12. Ciò richiedeva ricchezza, per costruire i carri (per le ruote erano necessarie tecniche di carpenteria altamente sofisticate) e per mantenerli (ci volevano due cavalli, opportunamente addestrati). La società PIE divenne dunque più stratificata, con élite che si distinguevano per il possesso di carri13.

La rivoluzione dei prodotti derivati. I PIE trassero inoltre vantaggio da una “rivoluzione dei prodotti derivati” nella quale gli animali addomesticati non erano utilizzati soltanto per la loro carne (prodotto primario), ma anche per prodotti quali il latte, i formaggi e lo yogurt. Ciò forniva una dieta più nutriente di quella agricola, producendo guerrieri alti e muscolosi. Altri prodotti secondari erano il pellame e l’uso della forza animale per cavalcare, per il trasporto e per il lavoro (trazione dei carri).

 

Pratiche socio-culturali.

 

Se nell’arco di tempo che va dalle prime società IE al Medioevo europeo vi furono indubbiamente importanti cambiamenti tecnologici, molte delle più fondamentali caratteristiche socio-culturali delle società derivate dagli IE rimasero sorprendentemente immutate.

La cultura militarizzata degli IE. I PIE svilupparono una cultura completamente militarizzata. I ragazzi venivano addestrati per la guerra e per le razzie di bestiame. I giovani maschi «dovevano fare delle incursioni, imitando una banda di cani o di lupi, allo scopo di depredare i nemici»14. Tutti i giovani partecipavano a tali incursioni come parte della loro iniziazione al gruppo. L’aggressività di questi gruppi crebbe col crescere della ricchezza e dell’ineguaglianza sociale della cultura nel suo complesso, fattori che ebbero come conseguenza un incremento del prezzo delle spose: i maschi cioè erano costretti ad accumulare risorse sempre maggiori per potersi permettere di pagare la famiglia della futura moglie.

Al centro della società dei PIE era l’istituzione del Männerbund (detta altrimenti korios o comitatus) «la confraternita di guerrieri che un giuramento legava l’uno all’altro e ai loro antenati, nel corso di un’incursione prescritta ritualmente»15. Perciò il Beowulf, per quanto ritenuto ambientato in area germanicoscandinava nel VI secolo d. C., descrive un «ethos aristocratico di cameratismo ed eguaglianza»16.

 

La formazione di bande volontarie di guerrieri tenute insieme da giuramenti, dal cameratismo e da un interesse personale condiviso era una caratteristica fondamentale di tali domini. Era l’epoca in cui lo status sociale e il rango erano ancora pubblicamente definiti in base alle azioni eroiche di ciascuno e al numero di seguaci o clienti che ciascuno poteva permettersi»17.

 

Anche la religione IE aveva un fulcro militare. Tra i gruppi germanici, Odino è il dio dei Männerbünde, il «dio del furore in battaglia»18. I guerrieri presi dal furore della battaglia sono i “brerserker”. Il concetto è collegato a una credenza nel mutamento di forma in cui l’anima si svincola dal corpo e può muoversi esternamente ad esso (come lupo od orso) condizione nella quale può compiere azioni eroiche sovrumane. Snorri Sturluson, il cronista medievale delle saghe norrene, scrive: «Gli uomini di Woden [Odino] andavano senza hauberks [armatura] e si infuriavano come cani o lupi. Essi mordevano i loro scudi ed erano forti come orsi o tori. Uccidevano uomini, ma né il ferro né il fuoco li ferivano. Ciò è chiamato berserkgangr»19. I giovani uomini erano iniziati ai Männerbünde mediante un’impiccagione simulata e venivano loro insegnate le tecniche berserker20.

Il successo militare divenne un fattore critico per la competizione sessuale tra maschi. I maschi di successo erano in grado di permettersi il pagamento di prezzi delle spose che crescevano sempre più. Ciò venne razionalizzato attraverso il mito di Trito, divinità delle razzie di bestiame, con la credenza che il bestiame altrui fosse effettivamente destinato a coloro che compivano gli opportuni sacrifici (e cioè agli stessi IE!)21. La cultura IE era ciò che si può definire “ipermaschile”. Il testo di Lotte Hedeager, Mito dell’Età del Ferro e materialità: archeologia della Scandinavia, 400-1000 d. C., delinea il quadro di una società completamente militarizzata, nella quale la penetrazione sessuale maschile era un segno di potere, mentre l’essere penetrato costituiva, per un maschio, il più grave degli insulti22. Accusare un uomo di essere stato sodomizzato era muovere un’accusa grave, che comportava la stessa pena dell’omicidio. Gli uomini anziani, privi ormai della capacità di penetrare, assumevano lo status delle donne e venivano derisi addirittura dagli schiavi. Le donne erano considerate legittima preda di guerra e di razzia, e in quanto tali solitamente rese schiave.

La citazione che segue, tratta da Hedeager, riguarda proprio questa cultura ipermaschile e completamente militarizzata, che sembra essere stata caratteristica degli IE nell’Europa nordoccidentale almeno a partire dal 2500 a. C. e fino al Medioevo:

 

Nella società scandinava, estremamente competitiva e aggressiva, nella quale le faide avevano luogo ovunque, spesso protraendosi per molti anni e per diverse generazioni […] il concetto di onore ruotava attorno alla reputazione, al rispetto e al prestigio. La vita sociale e la reputazione erano organizzate gerarchicamente in base al dominio e alla sottomissione, al potere e all’impotenza. Al fondo della scala sociale le donne thrall [schiave] erano abitualmente soggette a stupri e barattate come oggetti sessuali. Descrivendo un mercato vichingo sul Volga nel 922, il diplomatico arabo Ibn Fadlan racconta come i vichinghi (i rus scandinavi) avessero abitualmente rapporti sessuali con i loro schiavi, spesso in pubblico e in gruppi di entrambi i sessi. Tale attività aveva luogo sia alla presenza di potenziali acquirenti che delle loro compagne ufficiali, mogli o fidanzate, che sembravano non esserne toccate […] La violenza ai danni di una donna libera, comunque, era una faccenda seria […].

All’interno di questa gerarchia sociale, il potere era esplicitamente connesso a metafore relative alla penetrazione: con la spada, il pene o la lingua. Coloro che penetravano (con le parole, con le armi o con il fallo) erano potenti (“maschi”); coloro che venivano penetrati erano privi di potere (“femmine”). In un contesto sociale, la sessualità forniva un codice simbolico al dominio e alla sottomissione e metteva in chiaro potere e differenze di status […]. L’accusa più grave nell’antica società scandinava ruotava attorno all’“effeminatezza” e alla penetrazione, con l’implicazione che la sessualità e l’antagonismo erano due facce della stessa medaglia23.

 

Analogamente, la parola latina vagina, da cui deriva il vocabolo inglese, significa guaina o fodero, ciò che viene penetrato dalla spada.

La reciprocità come caratteristica della cultura IE. L’individualismo aristocratico dei PIE era basato sulla reciprocità, non sul dispotismo o sui legami di parentela. Ad esempio, nella cultura dei PIE era centrale la pratica del dono come ricompensa per le imprese militari. Ci si aspettava che i condottieri di successo ricompensassero lautamente i loro seguaci24. Contratti che regolavano i rapporti reciproci, vincolati dal giuramento, erano caratteristici dei PIE, e questa pratica continuò con i vari gruppi IE che invasero l’Europa. Questi contratti formavano la base dei rapporti patrono-cliente, a loro volta fondati sulla reputazione: i capi potevano aspettarsi un leale servizio da parte dei loro seguaci, e questi potevano aspettarsi un’equa ricompensa per il servizio prestato al capo. Questo rappresenta un fattore critico, perché tali relazioni erano basate sul talento e sui risultati, non sull’etnicità (vale a dire su ricompense elargite in base alla vicinanza nella parentela) o su un rapporto di subordinazione dispotico (nel quale cioè i seguaci, sostanzialmente, non sono liberi).

I contratti vincolati dal giuramento non erano soltanto tipici dell’egualitarismo aristocratico dei Männerbünde, ma si estendevano ai rapporti di dominio e subordinazione tra le élite militari e i popoli conquistati, fornendo protezione in cambio di servizio. Considerando gli aspetti precedenti, troviamo qui la ricetta delle società di tipo feudale, dominate da élite militari con obblighi reciproci nei confronti delle popolazioni ad esse soggette, dove tuttavia i legami di parentela tra le élite e la popolazione dominata sono relativamente poco importanti.

La demolizione dei vincoli di parentela. La società dei PIE produsse istituzioni che tendevano a demolire i forti legami di parentela. David Anthony, ad esempio, scrive che le pratiche culturali Yamnaya relative alle relazioni di ospitalità portarono a distanziarsi dalla parentela per avvicinarsi alla reciprocità. Tali relazioni reciproche di ospitalità «funzionavano come un ponte tra le unità sociali (tribù, clan) che di norma limitavano tali relazioni ai loro parenti o coresidenti»25. Esistevano quindi dei meccanismi atti a provvedere relazioni di ospitalità a prescindere dalla parentela, in base ai quali ciascuno aveva obblighi reciproci di ospitalità; in un commento che illustra la pervasività e la longevità di tali pratiche, Anthony osserva come ciò fosse «un modo per incorporare individui estranei come persone con diritti e forme di protezione chiaramente definiti, com’era in uso dai tempi dell’Odissea fino all’Europa medievale»26, altro indicatore della persistenza della cultura IE per periodi storici molto lunghi.

Le ricompense per il successo militare. Oltre alle ricompense tangibili per le imprese compiute, i guerrieri di successo venivano onorati nelle composizioni poetiche. I condottieri famosi non solo offrivano banchetti e doni ai loro seguaci, ma venivano celebrati nei poemi, e la loro memoria sopravviveva a lungo dopo la loro morte. I canti che magnificano la generosità dei patroni erano assai caratteristici delle culture IE che si diffusero ampiamente (vedica, celtica, greca e germanica), segno della loro origine nella tarda cultura dei PIE27. Come sottolinea Duchesne, a livello cosciente gli IE praticavano la guerra principalmente per ottenere fama e gloria, «la fama delle azioni di un defunto»28. In ogni caso, ai vincitori rimaneva il bottino, assai concreto, derivante dalle campagne militari vittoriose.

L’indoeuropeismo come cultura individualista e di libero mercato. Per i miei scopi è particolarmente importante osservare come le culture militari create dagli IE fossero permeabili, come cioè fossero basate sulle imprese individuali piuttosto che sui legami di parentela. In effetti, le società IE riconoscevano come la parentela pregiudicasse le percezioni e il giudizio delle persone. Ad esempio, nel Codice Visigoto (642-643 d. C.) i parenti stretti o altri parenti non potevano testimoniare in una causa legale contro uno straniero. In Europa, dove le differenze genetiche tra i conquistatori e i loro sudditi non erano grandi, le barriere tra i gruppi caddero piuttosto rapidamente. Quando i visigoti conquistarono la Spagna, il matrimonio tra goti e romani fu inizialmente proibito. Tuttavia, il Codice Visigoto contemplava il matrimonio tra membri dei due gruppi, demolendo le barriere etniche in modo che gli individui potessero perseguire le loro strategie matrimoniali in base alla percezione del proprio interesse (p. es. strategie individuali o familiari, ovvero attrazione personale) invece di pretendere che i matrimoni avessero luogo all’interno dei gruppi etnici. D’altro canto, la mescolanza tra gli IE e le genti da essi conquistate ebbe conseguenze differenti nel Vicino Oriente, in Iran e in India, probabilmente perché le distanza genetica tra gli IE e le popolazioni locali, in queste aree, era assai maggiore rispetto a quella con gli europei, e perché i popoli conquistati erano geneticamente inclini ad un collettivismo su base parentale. Come risultato, in Oriente le società originariamente dominate da élite indoeuropee finirono per trasformarsi nei tipici dispotismi orientali. Come accadde in Europa, quando queste bande di razziatori  discesero nel Vicino Oriente e in India ebbe luogo una significativa mescolanza con le popolazioni locali. Così gli ittiti si fusero con la locale popolazione hatti in Anatolia, in India gli IE si fusero con la preesistente cultura di Harappa, e analogamente in Iran. In tutte queste aree essi abbandonarono lo stile di vita pastorale per l’agricoltura e svilupparono un governo dispotico avente al suo centro un sovrano che era «il solo personaggio dotato di un’individualità e autore di imprese eroiche»29. Tutti i sudditi e gli stranieri dovevano prosternarsi al suo cospetto, pratica comune praticamente a tutte le «civiltà idrauliche centralizzate» (ossia alle civiltà basate sull’agricoltura sostenuta da opere di irrigazione: Cina, India, Mesopotamia, Egitto, Inca, Aztechi) ma del tutto estranea alle culture IE d’Europa30. Erodoto ci fornisce un passaggio che è un classico sull’argomento. Alcuni inviati di Sparta giunsero a Susa e ottennero udienza dal re Serse. La guardia personale del re ordinò loro di prosternarsi di fronte a lui, ed anzi tentò di costringerli con la forza. Essi rifiutarono, dicendo che «non avrebbero compiuto un atto del genere, nemmeno se fossero stati forzati a piegare il capo; non era infatti loro costume inchinarsi ad un uomo»31. L’esogamia e la monogamia sembrano essere le caratteristiche centrali delle culture IE di derivazione Yamnaya dell’Europa. In effetti, il generale modello culturale delle bande maschili di razziatori alla ricerca di ricchezza e di donne implica che tali relazioni dovessero essere esogame, e, come osservato nel cap. 1, ciò è in accordo con i dati relativi ai cromosomi sessuali. Dunque la cultura della Ceramica Cordata dell’Europa centrale (4900 – 2950 anni fa), di derivazione Yamnaya32 praticava la monogamia, molto probabilmente mediante il rapimento delle donne33. Uno studio condotto su alcune sepolture della Ceramica Cordata di Eulau (attuale Germania) antiche di circa 4600 anni rivela famiglie nucleari i cui membri sono posti l’uno di fronte all’altro, talvolta con le braccia che si toccano, segno evidente dell’importanza dell’affetto reciproco34. Un’ampia percentuale delle donne adulte non era di origine autoctona, aveva avuto una dieta differente durante l’infanzia e mostrava una maggior varietà genetica rispetto ai maschi. E mentre i precedenti gruppi neolitici in quell’area praticavano sepolture collettive (segno di un collettivismo basato sulla parentela), sia gli Yamnaya che la cultura della Ceramica Cordata praticavano sepolture individuali in «piccoli tumuli familiari, riflettenti la trasmissione all’interno delle singole famiglie degli animali e delle altre proprietà attraverso le generazioni. In contrasto con ciò, le sepolture collettive, megalitiche o simili dei gruppi neolitici riflettevano una proprietà collettiva, condivisa dal clan, di cose, animali e terre»35.

Come si è osservato, i capi militari conservavano la loro posizione mediante il successo in guerra e il conferimento di doni ai loro seguaci, i più dotati dei quali ricevevano le ricompense maggiori. Un corollario di questo aspetto è che i seguaci sceglievano i capi di successo e abbandonavano quelli che fallivano. Tale sistema funzionava più o meno come un libero mercato basato sul merito piuttosto che sul nepotismo. Come in tutti i sistemi di libero mercato, il principio fondamentale è quello della reciprocità, sia che essa consista nell’elargire doni commisurati al contributo fornito alle imprese del Männerbund, sia, come nel mondo moderno, che consista nel pagare ai dipendenti uno stipendio proporzionato al valore da essi apportato all’azienda, pena il loro passaggio ad un’altra che proponga un’offerta migliore. E proprio come le aziende moderne competono per ottenere dipendenti capaci, i capi militari IE erano in competizione tra loro per attrarre un seguito di abili guerrieri.

La reciprocità, pertanto, occupa una posizione centrale nelle società basate sull’individualismo. Un altro importante esempio è quello riguardante il matrimonio. Mentre le società basate sulla parentela praticano tipicamente matrimoni combinati, spesso tra parenti (p. es. matrimoni tra cugini primi, comuni nel Medio Oriente) le società individualiste tendono alla libera scelta del compagno basata sull’attrazione personale (p. es. su tratti quali la bellezza fisica o l’intelligenza) e su altri interessi (p. es. economici) che a loro volta si fondano sulle qualità personali del compagno.

Coerentemente con un modello di libero mercato, Anthony collega la diffusione delle lingue IE a una «operazione di franchising» piuttosto che ad un’invasione:

 

La diffusione iniziale dei dialetti PIE fu probabilmente più simile a un’operazione di franchising che ad un’invasione. Almeno alcuni dei condottieri delle steppe devono essersi trasferiti in ciascuna delle nuove regioni, e il loro arrivo deve probabilmente essere stato accompagnato da razzie di bestiame e da violenze. Ma ugualmente importanti per il loro successo finale furono i vantaggi che essi godevano nelle istituzioni (di patronato-clientela e di ospitalità, che incorporavano gli estranei come individui con diritti e protezioni) e forse nelle manifestazioni pubbliche associate ai rituali IE36.

 

Se questo brano ha più di una sfumatura di correttezza politica, poiché minimizza, senza che ve ne sia la necessità, il ruolo della violenza nelle conquiste degli IE, tuttavia esso sottolinea in maniera corretta il fatto che i popoli conquistati dai gruppi IE non vennero sterminati, ma furono piuttosto dominati da élite militari che rimasero permeabili; i rapporti furono basati sulla reciprocità, pur essendo sbilanciati in favore dei conquistatori. Ciò nondimeno, i giovani uomini con talento militare potevano fare carriera e le giovani donne attraenti sul piano fisico e personale potevano impegnarsi nell’antichissimo fenomeno dell’ipergamia femminile (sposare uomini di status elevato).

Esistevano, comunque, dei limiti alla mobilità sociale. In un articolo del 1973 Roger Pearson sostiene che la mobilità sociale fosse soprattutto intergenerazionale, piuttosto che intragenerazionale. «In molti casi, come ad esempio tra i celti, i teutoni, gli indo-ariani e gli iranici, come pure nella Grecia omerica e nella Roma repubblicana, si può dimostrare come il matrimonio fosse prevalentemente endogamico all’interno di queste classi [nobili, cittadini liberi e schiavi] limitando pertanto efficacemente la mobilità sociale intragenerazionale in favore di una struttura di tipo castale»37. Modelli di endogamia “di tipo castale” sono attestati per tutti questi gruppi, dove la prole illegittima assumeva lo status del genitore di rango più basso. Malgrado i modelli “di tipo castale”, esisteva una mobilità sociale intergenerazionale, nel caso cioè in cui gli schiavi potevano diventare liberti, i liberti cittadini liberi e questi ultimi potevano addirittura diventare nobili. Ciò permetteva ai «membri delle caste inferiori dotati di talento» di elevarsi senza produrre grosse perturbazioni nel sistema sociale38. La parentela conservò una certa importanza, col risultato che occorsero diverse generazioni affinchè i nuovi arrivati al potere potessero dare origine ad un forte gruppo parentale. In effetti, Pearson fornisce prove tratte da diverse culture indoeuropee in base alle quali la reputazione di un individuo richiedeva l’appartenenza ad un certo status (p. es. di cittadino libero) da almeno tre generazioni affinchè tale status gli fosse effettivamente riconosciuto. Pearson osserva come ciò sia coerente con un sistema di parentela di tipo omaha, che enfatizza i rapporti verticali (un individuo, suo padre, suo nonno) piuttosto che quelli orizzontali, più tipici delle società claniche39. Coerentemente con ciò, secondo il Codice Visigoto menzionato in precedenza soltanto il discendente di seconda generazione di un liberto poteva testimoniare in tribunale.

Tuttavia, come si vedrà più avanti, i gruppi IE non erano sicuramente di quelli impermeabili in quanto limitati ai membri della parentela: piuttosto, si basavano assai più sui risultati individuali, in particolare per chi era membro di un Männerbund.

In questo senso, i gruppi IE devono essere considerati come fondamentalmente individualisti. Come osserva Hans-Peter Hasenfratz, i confini tra le tre classi sociali nelle antiche società germaniche non erano rigidi. I guerrieri godevano del maggior prestigio sociale ed erano reclutati tra i contadini e tra i figli dei guerrieri. Inoltre, «uno schiavo poteva divenire libero grazie ad azioni coraggiose; un contadino poteva diventare un nobile, e un nobile un re»40.

Non sarà mai abbastanza sottolineato il fatto che al centro della società germanica vi erano i Männerbünde, i gruppi guerrieri maschili, dove i legami sociali tra uomini erano più importanti della classe sociale e trascendevano il gruppo di parentela. Le ricompense per i membri dipendevano dalla competenza in battaglia, e il sesso praticato con le donne catturate era una ricompensa importante. Essere un guerriero significava essere un uomo nel pieno senso della parola. Le funzioni di governo e quelle sacerdotali erano assai strettamente collegate, come nella Roma repubblicana più antica41. I sovrani potevano venire uccisi se si verificavano un’annata sfavorevole o un cattivo raccolto, e a volte i re potevano offrire se stessi come vittime espiatorie, accettando la responsabilità per il destino del gruppo42.

Simili divisioni in classi sociali sono state osservate da altri studiosi. Bente Magnus indica tre differenti classi nella società tradizionale scandinava, i thrall (schiavi, servi) i contadini liberi e il conte43. La proprietà era amministrata dagli individui in nome della loro stirpe, sebbene nell’età vichinga (a cominciare dall’800 d. C. circa) «il potere della stirpe sulla terra fosse diminuito»44. A sostegno della possibilità di una mobilità sociale ascendente in queste società, troviamo schiavi che potevano diventare liberi se lavoravano la terra. Negli insediamenti esisteva di solito una fattoria più grande rispetto a quelle circostanti, «che suggerisce una qualche sorta di dominio»45.

Un altro aspetto individualistico dei Männerbünde che indubbiamente accresceva il loro dinamismo era il fatto che lo status ereditato contava poco. I due terzi circa della ricchezza di un capo venivano seppelliti o bruciati alla sua morte, mentre il rimanente andava ai viventi, così che anche i figli dei capi dovevano dar prova di sé nell’accumulare ricchezza e potere. Secondo una saga islandese menzionata da Hasenfratz, i figli di re e di conti potevano ereditare terreni, ma non denaro. Il denaro veniva sepolto col padre. Ciascun figlio doveva dimostrare quanto valeva in battaglia e nelle scorrerie. «E anche se i figli ereditavano le terre, essi non erano in grado di mantenere il loro status, nella misura in cui l’onore contava qualcosa, se non rischiando la loro vita e quella dei loro uomini in battaglia, guadagnandosi la propria ricchezza e la propria fama e  seguendo in tal modo le orme dei consanguinei»46. Vediamo qui, nuovamente, l’importanza della fama e dell’onore conseguiti attraverso le imprese militari.

Sippe e Männerbünde. Il termine germanico Sippe si riferisce ad un gruppo di individui nati liberi e uniti da legami di sangue; tale concetto non si applica agli schiavi. I matrimoni avvenivano all’interno della Sippe, e la unioni endogamiche erano comuni. Le saghe descrivono perfino matrimoni tra fratello e sorella, e ad un gruppo di divinità, i Vanir, era consentito di sposarsi tra fratelli.

Ciò suggerisce una società fortemente basata sui rapporti parentali. Esistevano tuttavia dei modi per ridurre l’importanza della parentela. I figli venivano spesso affidati a famiglie di rango superiore, creando così dei legami non basati sulla parentela. Accogliere ospiti per una durata di tempo fino a tre notti era un’usanza diffusa, e talvolta si procurava al visitatore una moglie o un’altra donna. Anche la pratica del dono cementava i legami sociali, obbligando chi riceveva a dare più di quanto aveva ricevuto. Si può osservare talvolta un senso di parentela non biologico: in una saga un uomo ne uccide un altro ed è quindi costretto a sposare la sorella del deceduto e a dare al figlio [da lei avuto] il nome dell’ucciso47!

La più importante di queste forze capaci di ridurre l’importanza della parentela era lo stesso Männerbund, perché era trasversale alla Sippe ed era basato non sui legami di parentela, ma su legami territoriali tra uomini della stessa età. Il Männerbund era superiore alla Sippe nel senso che era detentore di una “giustizia censoria” nel caso in cui il familismo della Sippe sfuggiva al controllo48. (Il Männerbund fu assunto dal nazionalsocialismo quale forma sociale ideale, che sostituiva la famiglia e si basava sull’onore e sul dovere)49.

Vi erano inoltre delle istituzioni che trascendevano la Sippe, nate come convocazioni religiose e poi evolutesi nell’Althing, un luogo sacro in cui le dispute tra le Sippe venivano appianate, i wergild [guidrigildi] venivano pagati, ecc. Si verificavano anche matrimoni all’esterno della Sippe, che talvolta portavano a conflitti con la Sippe della moglie dato che i fratelli di costei si sentivano in obbligo di proteggerla. Conflitti di questa natura possono essere stati una delle ragioni che resero attraente il cristianesimo agli occhi degli antichi popoli germanici, dato che questa religione relativizzava l’importanza degli obblighi di parentela50.

Le punizioni pubbliche erano inflitte da «una comunità legale che trascendeva la sib [Sippe]» (l’Althing in Islanda) che gestiva le proscrizioni, le esecuzioni51 e le richieste di wergild. I Männerbünde comminavano anch’essi punizioni che trascendevano la Sippe e che potevano talvolta degenerare in terrorismo.

Per quanto dunque elemento di indubbia importanza, la Sippe basata sulla parentela era subordinata ad istituzioni di livello superiore non basate sulle relazioni parentali. Suggerendo anch’egli un’importanza relativa della Sippe, David Herlihy osserva come tra le tribù germaniche la Sippe «si incontri raramente nelle fonti più antiche»52. In breve, «la Sippe germanica […] cominciò ad indebolirsi e a perdere funzioni e visibilità sul Continente già all’inizio del Medioevo», mentre al contrario l’Irlanda «rimase ancora a lungo legata alle sue istituzioni arcaiche»53 (cfr. cap. 4).

 

L’individualismo aristocratico nell’antica Grecia.

 

Il carattere di libero mercato della società IE non è coerente con l’idea di un governo dispotico. Se infatti gli individui sono liberi di scegliere i loro capi e di abbandonare quelli che si dimostrano inetti o non li ricompensano adeguatamente con doni generosi, non possono sorgere sovrani dispotici. Il dispotismo implica che gli altri non abbiano la libertà di perseguire i loro interessi. Vi è una grande differenza tra essere primo tra gli eguali ed essere un despota.

Le descrizioni della cultura greca del periodo miceneo (1600-1100 a. C.) fatte tanto da Omero quanto da Duchesne sono in linea con l’ipotesi dell’egualitarismo aristocratico. Gli aristocratici sono guerrieri che compiono azioni eroiche per procurarsi una fama immortale54. Il [loro] governo non è dispotico, ma al contrario implica ampie discussioni e dibattiti sul da farsi. I sovrani agivano dopo essersi consultati con gli altri aristocratici. Per Achille e gli altri eroi greci il fato era una scelta, spesso tragica. «Vi è inoltre uno spirito di esagerata fiducia nella capacità umana di lottare, nei momenti di paura e di dubbio, contro gli ostacoli più difficili»55. «Gli dei parlano come se si rivolgessero a loro pari, “con cortesia cavalleresca”, offrendo il loro consiglio, dicendo [agli eroi] come sia meglio seguire gli dei, se lo desiderano, mentre gli eroi comunicano con gli dei e rispondono senza perdere la loro libertà e il loro onore»56.

Sorprendentemente, Ippocrate (460-370 a. C.) il fondatore della medicina, considerava i greci sostanzialmente differenti dai persiani in base ad un’ottica notevolmente coerente con la tesi di Duchesne: «Gli europei […] erano indipendenti, disposti ad assumersi dei rischi, aggressivi e bellicosi, mentre gli asiatici erano pacifici al punto di essere privi di iniziativa, “non padroni di se stessi […] ma dominati da despoti”»57, un altro modo per dire che la loro partecipazione alla guerra era imposta, non volontaria.

Gli eroi IE, nell’antica Grecia e altrove, erano, prima di ogni altra cosa, degli individui, uomini che si distinguevano dagli altri per le loro imprese compiute alla ricerca della fama personale, come mostrano questi versi del Beowulf:

 

Poiché tutti dobbiamo aspettarci di lasciare / la nostra vita su questa terra, dobbiamo guadagnarci una qualche fama / se possiamo, prima di morire; l’audacia è la cosa / per la quale un combattente viene ricordato. / […] Un uomo deve agire così / quando intende costruirsi in battaglia / una gloria che duri a lungo; non è la vita ciò a cui pensa58.

 

Inoltre, come nel caso delle culture militari di libero mercato basate sulla scelta volontaria del capo, le culture urbane occidentali dell’antichità mantennero un approccio liberista verso altri ambiti della cultura, in particolare riguardo ai sistemi di credenza (ideologie) e alla scienza. Perciò, nella Grecia classica (vale a dire dopo il periodo omerico)

 

la base fondamentale della vita civile e culturale greca era l’ethos aristocratico dell’individualismo e della competizione che pervadeva la cultura [indoeuropea]. La letteratura ionica era distante dal mondo dei berserkers, e tuttavia era altrettanto fortemente competitiva. Le nuove opere drammaturgiche, filosofiche e musicali erano proposte in prima persona, come in una gara sportiva per la ricerca della verità […] Nella Grecia aristocratica non esistevano “Possessori della Via”; non c’erano saggi cinesi decorosamente deferenti verso i loro superiori e pretendenti un’adeguata deferenza dai loro subordinati. La ricerca della verità era aperta a tutti, e ciascun filosofo competeva per il prestigio intellettuale con un tono polemico, col quale cercava di screditare le teorie altrui e di promuovere le proprie59.

 

Ciò sottolinea la natura individualista delle imprese scientifiche. I movimenti scientifici sono gruppi altamente permeabili i cui membri sono pronti alla defezione qualora trovino una teoria migliore o i nuovi dati emersi non incontrino una spiegazione: un sistema liberista delle idee. D’altro canto, La Cultura della Critica sottolinea il contrasto tra la tradizione individualista della scienza occidentale e diversi movimenti intellettuali del XX secolo composti da seguaci servili gravitanti attorno a leader carismatici che esponevano dogmi preclusi a qualsiasi smentita empirica60. Gli individui convinti dal proprio giudizio ad adottare teorie differenti o a rifiutare dogmi fondamentali (come p. es. il complesso di Edipo freudiano) venivano semplicemente espulsi, solitamente con una grandine di invettive; il dissenso non era tollerato. Tali movimenti somigliavano molto più a gruppi autoritari ruotanti attorno a un despota che a ricercatori della verità individualisti.

Nonostante il loro individualismo, gli antichi greci mostrarono anche una tendenza ad un atteggiamento esclusivo (etnocentrico) maggiore rispetto ai romani61 o ai gruppi germanici che divennero dominanti in Europa dopo la caduta dell’Impero d’Occidente (si veda più avanti). Oltre ad un senso di appartenenza ad una più ampia cultura greca, i greci avevano un forte senso dell’appartenenza ad una particolare città-stato, e questo sentimento si radicava in un senso di etnicità comune profondamente intrecciato con i comportamenti religiosi. A differenza dei romani e malgrado la lingua e la cultura comuni, i greci «non superarono mai la natura esclusiva delle loro istituzioni per formare un’unione duratura»62.

La polis fu dunque sia esclusiva (al servizio dei soli cittadini, tipicamente definiti in base al sangue) che comunitaria (aderente a un ideale di cittadino-soldato in base al quale ci si attendeva che tutti si sacrificassero per la comunità). La città-stato significava, per il greci, il popolo (si definivano sempre come “gli ateniesi” o “gli spartani”) i loro antenati e i loro dei: «ciò spiega il patriottismo degli antichi, un sentimento vigoroso che fu per loro la virtù suprema, nella quale tutte le altre culminavano»63; «la pietà degli antichi era amore per il paese»64. Così si esprime Guillaume Durocher:

 

Già da un’epoca piuttosto antica la democrazia ateniese si tinse di ciò che Susan Lape chiama un’«ideologia razziale»65. Mentre Erodoto aveva affermato che la popolazione ateniese era il prodotto di una mescolanza tra i coloni ellenici e gli autoctoni pelasgi, gli ateniesi sostenevano di essere razzialmente puri, in contrapposizione agli altri greci, essendo nati direttamente dal suolo attico come veri autoctoni66.

 

Similmente, Sparta era essenzialmente uno stato etnico, dove gli spartiati fortemente xenofobi dominavano una popolazione conquistata e resa schiava, gli iloti, dalla quale si mantennero separati, senza matrimoni misti, per centinaia di anni67.

Pertanto il patriottismo greco, basato sulle credenze religiose e sul senso del legame di sangue, era in pratica fortemente centrato sulla singola città, facendo di tali aspetti l’interesse supremo, con scarsa considerazione per questioni  imperiali, per alleati o in generale per gli altri greci.

 

L’individualismo aristocratico tra i popoli germanici dopo la caduta dell’Impero d’Occidente.

 

Quando l’Impero Romano occidentale decadde, l’Occidente ricevette un nuovo afflusso di sangue vitale dal ramo germanico degli IE.

 

Furono il vigore, l’audacia e il desiderio di conquista delle bande guerriere germaniche che tennero in vita l’Occidente. Questi uomini erano rozzi e illetterati, molto inclini ad attaccare briga, ma apportarono energia, audacia e di fatto un amore per la libertà sincero e privo di complicazioni, un intenso sentimento dell’onore e un’irrequieta passione per la battaglia, per l’avventura e per la vita68.

 

Anche durante quello che si ritiene essere stato il punto più basso della libertà e della democrazia occidentali, il periodo medievale, la reciprocità, elemento fondamentale della cultura IE, rimase visibile: «Il principio aristocratico della sovranità mediante il consenso fu il tratto caratteristico del governo feudale. Il re non  era al di sopra dell’aristocrazia; egli era il primo tra i pari»69. La società medievale era una «società di proprietà fondiarie»: «regni, baronie, diocesi, comuni, gilde, università, ciascuna con importanti doveri e privilegi»70. Dunque, per quanto indiscutibilmente gerarchiche e addirittura basate sullo sfruttamento, le società medievali europee avevano una forte consapevolezza del fatto che le culture dovessero costruire un senso di coesione sociale sulla base della reciprocità, così che, con l’eccezione degli schiavi, la maggior parte dei membri, anche quelli più umili, prossimi al fondo della gerarchia sociale, avesse la sua parte nel sistema. E’ possibile concettualizzare tutto ciò come un’estensione della filosofia del Männerbund, dove ciascuno partecipava al successo del gruppo. L’ideale (e la notevole realtà) è quella che lo storico spagnolo Américo Castro ha definito «armonia gerarchica»71.

Il Codice Visigoto, in Spagna, illustra il desiderio di un governo non dispotico e di una coesione sociale risultante dal tenere in conto gli interessi di tutti (con l’eccezione degli schiavi). Quanto al dispotismo:

 

Si richiede che [il re] compia una diligente indagine circa la fondatezza delle proprie opinioni. Allora sarà evidente che egli avrà agito non per interesse privato, ma a beneficio del popolo; così che possa definitivamente apparire come la legge non sia stata fatta per un qualche vantaggio privato o personale, ma per la protezione e il profitto dell’intero corpo dei cittadini (Titolo I, II)72.

 

E proprio come i Männerbünde avevano un livello assai elevato di coesione sociale quale risultato del doni elargiti dai capi, così che ciascuno riceveva la propria parte della vittoria militare, la coesione sociale, nella società gotica, era vista come risultante dalla giustizia per tutti i cittadini e come motivazione per il popolo a «battersi contro il nemico». Nelle società individualiste i cittadini vedono il proprio interesse di “azionisti” coincidere con l’interesse del sistema nel suo insieme. Il re saggio crea coesione non mediante la coercizione, ma facendo in modo che ciascuno abbia la sua parte nel sistema:

 

Le leggi giuste sono essenziali alla coesione sociale di fronte ai nemici. Senza giustizia, il popolo non si batterà contro di loro. Non è questione di un astratto ideale morale, bensì di una necessità pratica […].

Perché l’amministrazione della legge è regolata dalla disposizione e dal carattere del re; dall’amministrazione della legge procede l’istituto della morale, dall’istituto della morale la concordia dei cittadini; dalla concordia dei cittadini il trionfo sul nemico. Pertanto un buon principe che governa bene il proprio regno, che compie conquiste mantenendo la pace in patria, che soverchia gli avversari stranieri diviene famoso sia come governante del suo stato, sia come vincitore dei suoi nemici, e avrà fama eterna in futuro; dopo la ricchezza terrena, avrà un regno celeste, dopo il diadema e la porpora, una corona di gloria, né cesserà di essere re; perché quando avrà lasciato il suo regno su questa terra e ne avrà conquistato uno in cielo, non vedrà diminuita, bensì  accresciuta la sua gloria (Titolo II, IV)73.

 

La principale eccezione era costituita dal fatto che agli schiavi non erano riconosciuti i diritti associati alla condizione di cittadini liberi. Ad esempio, non era loro permesso di servire nell’esercito, composto da cittadini liberi che avevano la loro parte nel sistema; le preoccupazioni riguardo alla coesione sociale non riguardavano gli schiavi.

L’assenza di dispotismo e la fondamentale reciprocità che stavano al centro della cultura IE si possono osservare nel codice di leggi descritto nella Saga di Njal, che fu scritta nel tardo XIII secolo e che racconta una vicenda che ebbe luogo nell’Islanda precristiana tra il 960 e il 102074. Il sistema giuridico islandese era basato su quello dei paesi nordici, dato che gli scandinavi avevano colonizzato l’Islanda; esso riflette chiaramente una mentalità individualista. In questa saga Njal, un avvocato, tenta di mediare, arbitrare e portare in tribunale alcune controversie tra islandesi, e il lettore viene così introdotto al sistema giuridico comunemente diffuso nell’Europa scandinava mille anni fa:

 

  • modesti contadini potevano far causa anche a potenti signori feudali e avere la possibilità di presentare le loro ragioni davanti a un tribunale;
  • venivano impiegati ufficiali giudiziari per convocare gli imputati in tribunale, dichiarando a voce le rivendicazioni fatte nei loro confronti; e gli imputati accettavano la notifica ripetendo quanto dichiarato parola per parola;
  • i casi venivano giudicati da tribunali distrettuali, e se una delle parti non accettava il verdetto poteva appellarsi all’Althing (un tribunale superiore) per un riesame del processo;
  • un tribunale aveva giurisdizione personale su un imputato soltanto se questo aveva compiuto le proprie azioni entro quella giurisdizione, o aveva prestato omaggio al suo godi, o signore feudale;
  • i giurati avevano una funzione inquirente, e le parti potevano esercitare obiezioni perentorie onde esonerare dal processo un certo numero di potenziali giurati per una qualsiasi ragione o anche senza motivazione;
  • gli avvocati potevano rappresentare le parti interessate nelle udienze e potevano chiamare dei testimoni a deporre o per essere interrogati; le azioni legali potevano essere assegnate a terze parti, che potevano portare la causa in tribunale per conto loro;
  • esisteva un sistema di diritto successorio in base al quale i possedimenti di un individuo deceduto venivano distribuiti tra i suoi eredi in modo equo; un sostitutivo detto “Jon” era utilizzato dagli avvocati scandinavi in maniera analoga all’uso che gli odierni avvocati fanno del “John Doe” per indicare le parti non identificate;
  • sia i mariti che le mogli potevano intentare una causa di divorzio, fatto che sta ad indicare una relativa parità tra i sessi in paragone alle culture del Medio Oriente;
  • un “declamatore della legge” eletto esponeva le leggi recitandole pubblicamente;
  • infine, esisteva un corpo relativamente ben compreso di leggi, diritti, procedure legali e pene specifiche per i crimini.

 

Qual era il grado di omogeneità etnica dei gruppi germanici nell’Europa della Tarda Antichità e dell’Alto Medioevo?

 

L’opinione accademica corrente tende a sminuire l’omogeneità etnica dei vari gruppi germanici che succedettero all’Impero Romano in Europa. Si tratta in parte di “correttezza politica” (una versione estrema della quale si trova ne Il Mito delle Nazioni di Patrick J. Geary, esplicitamente inteso a razionalizzare l’attuale fenomeno migratorio in Europa, giunto a livelli di deportazione75). Ciò nondimeno, posto il modello di base della conquista IE e della sottomissione delle popolazioni locali da parte di gruppi militari maschili sopra descritto, non sarebbe affatto sorprendente trovare che questi gruppi non erano etnicamente omogenei, almeno in origine. Comunque, date le tendenze degli IE all’assimilazione e le prospettive di mobilità ascendente dipendenti dai risultati personali, unitamente al fatto che le conquiste originarie furono completate intorno a 4500 anni fa, vi sarebbe stato tempo sufficiente per creare gruppi etnici significativamente omogenei anche in culture originariamente dominate da élite estranee.

I Goti, di Peter Heather, è un testo insolito, in quanto tenta di dare una risposta alla questione fondamentale dell’omogeneità etnica dei vari gruppi interni e vicini all’Impero Romano nei primi secoli dell’era cristiana76. E’ attualmente un atteggiamento più o meno universale, tra gli studiosi, quello di rigettare l’idea che gruppi come i goti fossero etnicamente omogenei così come li rappresenta, ad esempio, Tacito. Un gruppo etnico in senso stretto sarebbe unito per il fatto di avere antenati comuni e di essere originario di un particolare territorio.

Heather respinge una teoria dell’etnicità meramente strumentale come quella di Frederick Barth77, in cui le persone possono facilmente cambiare la loro appartenenza etnica e sceglierla liberamente; in quest’ottica le barriere etniche sono costruite socialmente piuttosto che fondate su legami vincolanti di parentela biologica. Questa prospettiva generale si combina, tipicamente, con l’idea che le élite spesso promuovano ideologie di etnicità «per creare un senso di solidarietà nelle popolazioni subordinate e legate ad esse»78.

All’estremo opposto dello spettro teorico, i primordialisti sottolineano che l’etnicità non si può cambiare facilmente, né è tipicamente considerata intercambiabile. Heather assume una posizione intermedia, per la quale le differenti teorie dell’etnicità si devono confrontare con le situazioni particolari, e soltanto la ricerca empirica può rispondere alla domanda su quale prospettiva meglio si adatti ad una particolare situazione; un punto di vista che trovo alquanto sensato, ma che, al di là del lavoro di Heather, viene raramente applicato. La visione tradizionale è quella secondo cui i goti erano originari della Scandinavia, si espansero a sud verso la Polonia e il Baltico e si divisero in due gruppi separati, gli ostrogoti e i visigoti, governati da due famiglie reali, rispettivamente i Balthi e gli Amals. Heather suggerisce che i dati sono compatibili col fatto che un numero ridotto di clan aristocratici goti sia migrato dalla Scandinavia alla Polonia settentrionale79. Ma poiché la cosa resta dubbia, egli fa cominciare la storia gotica con un gruppo insediato presso la Vistola, nella Polonia del nord, nel I secolo d. C. In un commento che descrive le migrazioni dei Männerbünde IE, egli osserva che «una serie di gruppi armati lasciò la Polonia settentrionale per ritagliarsi nuove nicchie ad est e a sudest dei Carpazi […] Almeno una parte di questo movimento fu portato avanti da bande di guerrieri: gruppi di giovani uomini in cerca di bottino […]. Tacito segnala che la banda di guerrieri era una caratteristica tipica della società germanica del primo secolo ed era ancora comune nel quinto»80.

Malgrado il ruolo centrale dei Männerbünde, Heather ritiene, sulla base dei reperti archeologici, che dell’ondata migratoria facessero parte anche donne e bambini81. Inoltre questi gruppi rappresentavano un esempio dell’egualitarismo aristocratico che abbiamo descritto in precedenza:

 

Processi di differenziazione sociale avevano creato tra i goti, verso il IV secolo, una potente élite politica composta da una classe di uomini liberi tra i quali esistevano già sostanziali differenze di ricchezza. Queste potevano essere abbastanza ampie e rigide da permetterci di considerare i più cospicui tra quegli uomini liberi almeno come una quasi-aristocrazia. Controllare tali uomini era tutt’altro che facile. Le fonti migliori ritraggono i capi goti del IV secolo impegnati a “sollecitare” e a “persuadere” i loro seguaci, piuttosto che a dare loro semplicemente degli ordini, e i consigli dei capi potevano essere respinti82.

 

Verso il IV secolo, quindi, esisteva nelle società germaniche, e in particolare tra i goti, «un’élite ben radicata»83. Possiamo vedere il tipico modello IE: scrivendo nel I secolo d. C., Tacito osservava come i capi avessero un «seguito di giovani uomini in età militare»84, ossia eserciti privati; il principale organo esecutivo era, comunque, pubblico: il comitatus, composto da maschi adulti e con funzioni militari, giudiziarie e politiche. Col IV secolo, Heather suggerisce un cambiamento in direzione di eserciti dominati da condottieri con un grande potere sociale, piuttosto che dal comitatus85.

Importante è l’affermazione di Heather secondo la quale la classe politicamente significativa tra i goti del V secolo «ammontava ad almeno un quinto (e forse anche di più) dell’intera popolazione maschile composta di 25.000-30.000 individui»86. Questo gruppo è probabilmente quello degli uomini liberi cui fanno riferimento i codici di leggi germanici altomedievali. Non si tratta di una piccola cerchia interna, ma di un gruppo piuttosto consistente: «Il potere non era appannaggio esclusivo di un gruppo assai ristretto di famiglie»87. Coerentemente con molti altri dati esaminati in precedenza, in un’ampia serie di gruppi germanici erano presenti tre classi generiche: i liberi, i liberti o semiliberi e gli schiavi88. «Tali gruppi erano, almeno in teoria, separati tra loro tramite severe leggi che proibivano i matrimoni misti, e le classi non libere erano considerevolmente svantaggiate. Caratteristico è il fatto che i loro membri ricevessero punizioni più severe a parità di crimine e che fossero privi di autonomia legale»89.

Esaminando l’influente punto di vista secondo il quale l’identità di gruppo era impersonata da un «gruppo molto ristretto di clan aristocratici dominanti»90, Heather concorda sul fatto che le cose stessero così nei secoli VI e VII, ma esprime dubbi riguardo al IV secolo, che egli caratterizza come dominato da «un’élite che rimaneva relativamente numerosa: un’ampia casta sociale di nobili emergenti e di uomini liberi, piuttosto che una classe aristocratica assai ristretta»91, stimando il numero dei goti “pienamente emancipati” tra 5000 e 10.000 per ciascuna generazione92. Questa classe pienamente emancipata aveva una parte assai più consistente nel sistema: nella guerra con Bisanzio (535-554 d. C.) i goti ricevettero poco aiuto dai romani, e quelli tra loro che non appartenevano alle élite si arresero. Per contro, la determinazione delle élite si indebolì soltanto quando le loro donne e i loro bambini vennero catturati.

Ciò suggerisce che nella misura in cui si procede verso il Medioevo i gruppi vennero ad essere sempre più dominati da ristrette élite simili a clan che esercitavano il loro potere su coloro che non erano considerati parte del clan; ci troviamo cioè di fronte ad élite costituite su base familiare che tendevano allo sfruttamento, perchè non si percepivano legate al resto della popolazione. Pertanto, nella Spagna visigota del VII secolo l’élite a base ampia venne sostituita da una «nobiltà dominante con diritti profondamente radicati»93. Processi paralleli si verificarono in tutti gli stati che succedettero all’Impero Romano d’Occidente: «Verso la fine del VII secolo i “franchi” della Neustria erano un gruppo formato all’incirca da una mezza dozzina di clan collegati tra loro»94.

Dunque, nelle società emergenti del Medioevo le élite dominanti sembrano avere agito come clan in contrapposizione al resto della società, privo di un’identità propria. «E’ anche possibile che la divisione della società gotica in caste distinte fosse essa stessa il risultato dei processi di migrazione e di conquista […] Gli immigrati conquistatori, ad esempio, potrebbero essersi trasformati in una casta d’élite di uomini liberi trasformando le popolazioni indigene conquistate, o alcuni elementi di esse, in subordinati, schiavi o liberti che fossero»95.

Ciò contrasta con la situazione creatasi quando gli unni, una popolazione asiatica, dominarono i goti. Le popolazioni non unne rimasero separate e subordinate, continuando a mantenere la loro identità di gruppo, probabilmente per via della differenza genetica e culturale tra unni e germani e per la tendenza relativamente inferiore degli unni all’assimilazione, in quanto popolazione non europea.

Heather perciò avanza l’ipotesi che essere un goto nel IV secolo fosse un’opzione aperta a chiunque ne accettasse le regole. I goti erano più simili a un esercito che a un popolo; un punto di vista comune tra gli storici è che questi gruppi tendessero ad essere prevalentemente (ma non esclusivamente) maschili, ma che «fossero composti da un’ampia mescolanza di elementi etnici, non solamente da goti»96. Riferendosi a testimonianze secondo le quali in tali gruppi erano presenti donne e bambini, Heather osserva che «queste testimonianze rendono assai difficile non vedere il seguito di Teoderico [re dei goti] come un gruppo sociale a base allargata impegnato in una migrazione su vasta scala, più o meno del tipo che tradizionalmente ci si immagina»97.

Pertanto, i regni goti del IV secolo

 

erano già multietnici […]. Essi probabilmente consistevano in una élite immigrata che ne definiva la natura, composta di quasi-nobili e di uomini liberi che erano i principali portatori della “goticità”. Questi immigrati coesistevano, comunque, con tutta una serie di subordinati, e i confini tra i gruppi erano soggetti a fluttuazioni […] Il fatto che la sopravvivenza e il profitto rispetto al potere romano fornissero un forte impulso alla creazione di nuovi supergruppi depone in parte a sfavore dell’importanza di una preesistente etnicità gotica. Ciò che veramente importava era l’appartenenza ad un ampio gruppo, non la sua composizione. Potremmo dunque aspettarci che l’esperienza condivisa del periodo delle migrazioni abbia prodotto un certo grado di omogeneizzazione, vale a dire l’assorbimento di subordinati nell’élite. I gruppi avevano bisogno di restare uniti per sopravvivere98.

Ritengo probabile […] che vi fosse un substrato di identità gotica comune agli individui goti del IV secolo che godevano dello status decisivo di uomini liberi. Esso venne tuttavia sommerso da altri strati di identità di tipo più particolare e distinto (tervingi, greuthungi, ecc.). Solo quando gli unni e i romani ebbero distrutto questi strati esterni che si interponevano tra loro, un senso più generale della goticità (col concorso di circostanze di pericolo e di opportunità) potè essere utilizzato per creare i nuovi supergruppi. Anche così, la goticità non fu un concetto a tal punto esclusivo che nuovi aspiranti membri venissero respinti. La “goticità” dei nuovi supergruppi fu pertanto una complessa mescolanza di status sociali rivendicati e riconosciuti, di somiglianze preesistenti e di preponderante pressione delle circostanze99.

 

Data la disponibilità delle società gotiche ad assorbire gruppi differenti, non sorprende che i goti si assimilassero all’originaria aristocrazia terriera romana. Dapprima i romani si volsero alle occupazioni ecclesiastiche, si rifugiarono nelle biblioteche o prestarono servizio “in massa” nell’esercito goto. Ebbero inizio i matrimoni misti con i goti, col risultato di un’assimilazione generale.

In Italia, ad esempio, l’assimilazione fu diffusa. L’Italia ostrogota era molto romana: re Teoderico (454-526) restò affascinato dalla cultura romana e considerò il proprio regno come la continuazione dell’Impero Romano100. La sua famiglia perseguì alleanze matrimoniali con altre élite (vandale, visigote, burgunde) dando in spose parenti femmine. Heather sostiene che nella Spagna visigota, verso il 700 d. C., «la classe dei proprietari terrieri della penisola (un miscuglio di goti immigrati e di romani indigeni) aveva tracciato, tramite la guerra e il matrimonio, la propria strada verso l’unità e la sintesi, sotto la bandiera dell’interesse goto»101.

Come già osservato in precedenza, a prevalere fu il principio del risultato individuale, piuttosto che i legami di parentela: quando Teoderico morì, i goti sostituirono il suo successore con una persona che non era suo parente, visto che il nipote del defunto, Teodato, era un capo mediocre. «Il nuovo re, Vitige, fece osservare che egli apparteneva alla dinastia di Teoderico non per sangue, ma perché le sue azioni erano di analoga levatura»102.

Com’era tipico delle società indoeuropee, per i seguaci il fattore determinante non era la parentela, ma il fatto che sarebbero stati ricompensati col bottino delle conquiste, cosa che indica la persistente importanza del dono, piuttosto che dei legami parentali, per tenere unite le coalizioni. Come osserva Heather, «il signore che distribuisce la debita ricompensa al coraggioso è un personaggio caratteristico della poesia eroica germanica»103.

L’etnicità rimase importante nei primi tempi successivi alla conquista. Le dispute tra goti e romani venivano arbitrate da due giudici, uno per ciascun gruppo. Ma alla fine i matrimoni misti divennero consueti104. All’epoca della morte di Teoderico (526 d. C.), «le popolazioni erano ancora distinguibili, ma un processo di fusione culturale era ormai bene avviato».

 

Riassumendo, in origine i goti avevano un carattere significativamente identitario: nel IV secolo, tra il 20% e il 50% di loro era costituito da una classe di uomini liberi che possedeva almeno un senso dell’identità gotica, se non un senso di parentela biologica (di quest’ultima Heather non parla in modo esplicito). L’identità di gruppo rivestiva in ogni caso una grande importanza in situazioni di minaccia o di espansione. Dopo che i goti ebbero ottenuto il dominio della Spagna, il loro senso dell’identità di gruppo cominciò a dissolversi, per essere sostituito da un società maggiormente strutturata in classi, nella quale le élite erano composte sia da romani che da goti, con una elevata incidenza di matrimoni misti. La strategia familiare connessa alla classe sociale divenne più importante dell’identità di gruppo. Questo è un esempio eloquente della debolezza dei vincoli di parentela estesa tra i popoli occidentali e della loro tendenza a frammentarsi in assenza di minacce.

Si potrebbe vedere in ciò un paradigma di quanto accadde, in generale, ai gruppi IE. Tipicamente, essi conseguirono un dominio militare che aveva al suo centro un’élite di condottieri con un gruppo di seguaci significativo sul piano bellico. Le classi elitarie erano permeabili, così che dopo la vittoria le élite precedenti potevano continuare ad esistere e avevano luogo matrimoni misti (p. es. tra ispano-romani e goti, nella Spagna del VII secolo). Individui dotati di talento provenienti dai ranghi inferiori della società potevano elevarsi allo status di membri dell’élite.

Inoltre, l’identità del gruppo IE originario si affievolì col tempo, man mano che la società si evolveva verso una struttura maggiormente basata sulle classi. In situazioni più definite, le élite abbandonarono gradualmente i legami con la parentela estesa, che vennero invece a concentrarsi maggiormente sui parenti più prossimi. Queste élite di epoca posteriore perseguirono strategie familiari nelle quali le relazioni tra parenti stretti erano importanti, ma la struttura della società nel suo insieme non assomigliava affatto a quella di un clan. In età altomedievale le strategie familiari delle élite finirono per fossilizzarsi, stabilendo il principio della successione familiare al posto di quello della successione basata sul talento e sui risultati ottenuti.

 

Conclusione.

 

Gli IE furono un gruppo di straordinario successo, che ebbe di gran lunga la maggiore influenza sulla cultura europea nel corso di circa 4000 anni, fino al Medioevo e anche oltre. Provvisti di una tecnologia militare e alimentare innovativa, così come di una cultura che premiava sopra ogni altra cosa i risultati militari e consentiva la mobilità ascendente ai guerrieri più abili, gli IE costituirono un forza inarrestabile nel mondo antico. In Europa essi incontrarono popoli che condividevano il loro individualismo, se non altri aspetti della loro cultura. Comunque, dato che le barriere poste ai matrimoni misti crollarono piuttosto rapidamente, i maschi delle antiche genti europee riuscirono fare carriera nell’ambiente culturale IE; per questa ragione i razziatori vichinghi biondi e con gli occhi azzurri, che a livello popolare incarnano la cultura ipermaschile e aggressiva degli IE, non discendono direttamente dai popoli delle steppe dalla pelle e dagli occhi relativamente scuri che a quella cultura avevano dato origine105.

Il contributo IE al retaggio genetico e culturale dell’Europa è pertanto molto grande, per quanto estraneo possa apparire all’attuale cultura occidentale. E in effetti esso è estraneo: mentre la cultura IE era fortemente gerarchica, l’Occidente attuale è decisamente egualitario, e non soltanto all’interno di una classe aristocratica elitaria. Mentre la cultura IE era completamente militarizzata e premiava soltanto le virtù guerriere, la cultura occidentale contemporanea attribuisce valore ad un insieme di qualità personali del tutto differenti come l’empatia e il successo economico e ad una posizione relativamente elevata della donna.

Il compito dei successivi capitoli relativi alle origini e alle prospettive dell’Occidente sarà quello di delineare la nascita e gli sviluppi della componente egualitaria dell’antico Occidente, i suoi punti di forza e i suoi lati vulnerabili.


Note

 

  • Oswald SPENGLER, The Decline of the West: Perspectives: Perspectives of World-History, Vol. II, tranns.

Charles Francis Atkinson, London, George, Allen & Unwin, 1928: 235.

  • Ricardo DUCHESNE, The Uniqueness of Western Civilization, Leiden, Brill, 2011: 51.
  • Vagheesh M. NARASIMHAN et al., The Genomic Formation of South and Central Asia, “bioRxiv”

(preprint), March 31, 2018 (https://biorixv.org/content/biorixv/early/2018/03/31/292581.full.pdf) [4] Ibid., 374

  • Ibid., 376, 387, in corsivo nell’originale.
  • David ANTHONY, The Horse, the Wheel and the Language: How Bronze-Age Riders from the Eurasian Steppes Shaped the Modern World, Princeton, NJ, Princeton University Press, 2007; edizione in brossura 2010: 161.
  • Ibid., 137.
  • Ibid., 155.
  • Ibid., 201.
  • Ibid., 221.
  • Ibid., 221-24.
  • Ibid., 302.
  • Ibid., 405.
  • Ibid., 239, evidenziato nell’originale.
  • Ibid., 364.
  • DUCHESNE, The Uniqueness of Western Civilization.
  • Ibid.
  • Hans-Peter HASENFRATZ, Barbarian Rites, trad. Michael Moynihan, Rochester, VT, Inner Traditions, 2011 (ediz. orig. tedesca Freiburg im Breisgau, Germania, Verlag Herder, 1999), 49.
  • Mochael SPEIDEL, “Berserks”: A History of Indo-European “Mad Warriors”, “Journal of World History” 13, n. 2, 1992: 253-90, 253-54.
  • HASENFRATZ, Barbarian Rites, 64-65.
  • ANTHONY, The Horse, the Wheel and the Language.
  • Lotte HEDEAGER, Iron Age Myth and Materiality: An Archaeology of Scandinavia, AD 400-1000, London, Routledge, 2011.
  • Ibid., 115-18.
  • ANTHONY, The Horse, the Wheel and the Language.
  • Ibid., 303.
  • Ibid., 343.
  • Ibid.
  • DUCHESNE, The Uniqueness of Western Civilization, 438.
  • Ibid., 379.
  • E’ interessante notare che Duchesne descrive Stalin come un classico despota. Stalin, originario della Georgia, avrebbe posseduto una personalità dispotica orientale, circondandosi di «soggetti servili» e necessitando in continuazione di «cori di pubblica approvazione per rafforzare il proprio ego»; DUCHESNE, The Uniqueness of Western Civilization, 424.
  • ERODOTO, Storie, 7, 136 (http://www.bostonleadershipbuilders.com/herodotus/book07.htm).
  • HAAK et al., Massive Migration from the Steppe Was a Source for Indo-European Languages in Europe.
  • Kristian KRISTIANSEN et al., Re-Theorising Mobility and the Formation of Culture and Language among the Corded Ware Culture in Europe, “Antiquity”, 9, n. 356, 2017: 334-347.
  • HAAK et al., Ancient DNA, Strontium isotopes, and osteological analyses shed light on social and kinship organization of the Later Stone Age, “Proceedings of the National Academy od Science”, 105, n. 47, November 25, 2008: 18226-18231.
  • Ibid., 343.
  • ANTHONY, The Horse, the Wheel and the Language.
  • Roger PEARSON, Some Aspects of Social Mobiliy in Early Historic Indo-European Societies, “Journal of Indo-European Studies”, 1, 1973: 155-161.
  • Ibid., 157.
  • Le società occidentali hanno una parentela di tipo eskimo, che mette in primo piano la famiglia nucleare identificando direttamente soltanto la madre, il padre i fratelli e le sorelle. Tutti gli altri parenti sono raggruppati in categorie. Essa utilizza termini sia classificatori che descrittivi, distinguendo genere, generazione, parentela lineare (consanguinei in linea di discendenza diretta) e parentela collaterale (consanguinei che non sono nella linea di discendenza diretta). Il sistema eskimo è definito dal suo carattere “cognatico” o “bilaterale”, non facendo distinzione tra la parentela della linea paterna e quella della linea materna. Ciò è compatibile con il contributo dei CROc alle origini europee (cfr. cap. 3). Una sistema di parentela di tipo clanico nel senso pieno del termine è quello sudanese, come anche, ad esempio, quello cinese.
  • HASENFRATZ, Barbarian Rites, 35.
  • Gary FORSYTHE, A Critical History of Early Rome, Berkeley, University of California Press, 2005: 135.
  • HASENFRATZ, Barbarian Rites, 40.
  • Bente MAGNUS, Dwellings and Settlements: Structure and Characteristics, in Judith JESCH (ed.), The Scandinavians from the Vendel Period to the Tenth Century: An Ethnographic Perspective, Woodbridge, U. K., Boydel Press, 2002: 5-32.
  • Ibid., 11.
  • Ibid.
  • HASENFRATZ, Barbarian Rites, 28-29.
  • Ibid., 63.
  • Ibid., 51.
  • Ibid., 50. Hasenfratz osserva, in questo passaggio, come Männerbünde «notevolmente degeneri» attaccassero a volte fattorie isolate, violentando e depredando.
  • Ibid., 55.
  • Ibid., 56. L’impiccagione era la tipica pena per il tradimento; venne usata dal Terzo Reich per i traditori, come revival dell’antica pratica.
  • David HERLIHY, Medieval Households, Cambridge, MA, Harward University Press, 1985: 44.
  • Ibid., 55.
  • DUCHESNE, The Uniqueness of Western Civilization, 399.
  • Ibid., 417.
  • Ibid., 418.
  • Ibid., 484.
  • Ibid., 438. [59] Ibid., 452.
  • Kevin MACDONALD, The Culture of Critique: An Evolutionary Analysis of Jewish Involvement in

Twentieth-Century Intellectual and Political Movements, Bloomington, IN, AuthorHouse, 2002; ed. origin.:

Westport, CT, Praeger, 1998, cap. 6 e passim.

  • Riguardo ai romani si veda l’Appendice al presente capitolo.
  • Gary FORSYTHE, A Critical History of Early Rome: From Prehistory to the First Punic War by Prof.

Gary Forsythe, Berkeley, University of California Press, 2005: 368.

  • Numa Denis FUSTEL DE COULANGES, The Ancient City: A Study on the Religion, Laws, and Institutions of Greece and Rome, Kitchener, Ontario, Batoche Books, 2001 (origin. pubblic. nel 1862), 166 (https://socialsciences.mcmaster.ca/econ/ugcm/3113/fustel/AncientCity.pdf).
  • Ibid., 167.
  • Susan LAPE, Race and Citizen Identity in Classical Athenian Democracy, Cambridge, Cambridge University Press, 2010: 59.
  • Gillaume DUROCHER, Ancient Athens: A Spirited and Nativist Democracy, “The Occidental Quarterly”, 18, n. 3, Autunno 2018: 73-82, 78.
  • Gillaume DUROCHER, Ancient Sparta: The First Ethnostate?, “The Occidental Quarterly”, 19, n. 4, Inverno 2019-2020, in corso di stampa.
  • DUCHESNE, The Uniqueness of Western Civilization, 465.
  • Ibid., 483, evidenziato nell’originale.
  • Ibid., 484; sul sorgere della proprietà fondiaria nell’Europa medievale come fenomeno all’origine del governo rappresentativo si veda anche Michael MITTERAUER, Why Europe? The Medieval Origins of Its Special Path, trad. Gerald Chapple, Chicago, University of Chicago Press, 2010 (ed. tedesca origin. 2003).
  • Américo CASTRO, The Structure of Spanish History, trad. Edmund L. King, Princeton, NJ, Princeton

University Press, 1954. 497; si veda anche Américo CASTRO, The Spaniards: An Introduction to Their History, trad. Willard F. King e Selma Margaretten, Berkeley, University of California Press, 1971. Castro sosteneva che l’Illuminismo non poteva svilupparsi in una Spagna pervasa dalla competizione tra due gruppi etnici, con riferimento al conflitto tra spagnoli ed ebrei: «Partendo da simili premesse era impossibile che ne derivasse un qualsiasi tipo di stato moderno, conseguenza, in fin dei conti, dell’armonia gerarchica del Medioevo» (The Structure of Spanish History, 497).

  • The Visigotic Code (Forum judicum), trad. S. P. Scot, Boston, MA, Boston Book Company, 1910; versione online: The Library of Iberian Resources Online (senza nn. di pag.): http://libro.uca.edu/vcode/visigoths.htm.
  • Ibid., Titoli II e IV.
  • Kyle J. BRISTOW, Our White Common Law, “The Occidental Quarterly”, 15, n. 1, Primavera 2015: 63-

68.

  • Patrick J. GEARY, The Myth of Nations: The Medieval Origins of Europe, Princeton, NJ, Princeton University Press, 2002.
  • Peter HEATHER, The Goths, Oxford, Blackwell, 1996.
  • Frederick Barth, Ethnic Groups and Boundaries, Long Grove, IL, Waveland Press, 1998.
  • HEATHER, The Goths, 4.
  • Ibid., 26.
  • Ibid., 45.
  • Ibid., 49.
  • Ibid., 57.
  • Ibid., 65.
  • Ibid., 66.
  • Ibid., 68. [86] Ibid., 73.
  • Ibid., 76. Questi gruppi erano assai bellicosi. Heather menziona i problemi che i capi avevano nel controllare l’«entusiasmo marziale» dei loro seguaci.
  • HEATHER, The Goths, 75.
  • Ibid., 75. Ciò appare evidente nel Codice Visigoto menzionato in precedenza.
  • Ibid., 88.
  • Ibid., 88.
  • Ibid., 273. [93] Ibid., 294.
  • Ibid., 285. Si notino le virgolette apposte alla parola “franchi”, che indicano come la componente etnica si fosse dissolta.
  • Ibid., 90. D’altro canto, la politica romana fu quella di frammentare i popoli conquistati e distribuirli ad ampio raggio nell’impero, al fine di indebolire i legami etnici.
  • Ibid., 169.
  • Ibid., 171-72.
  • Ibid., 175.
  • Ibid., 178.
  • Ibid., 221.
  • Ibid., 297. [102] Ibid., 239.
  • Ibid., 243-44. Heather descrive Vitige e Teudi come «membri anziani dei due clan che dominarono il trono dopo che la dinastia degli Amali era stata estromessa» (ibid., 247). Gli studiosi di storia medievale hanno osservato che la successione tende a diventare un problema quando manchi un figlio adulto pronto a salire al trono (ibid., 253).
  • Ibid., 257.
  • Sandre WILDE et al., Direct Evidence for Positive Selection of Skin, Hair and Eye Pigmentation in

Europeans during the Last 5,000 Y, “Proceedings of the National Academy of Science” 111, n. 13, April 1, 2014: 4832-4837, 4835.

 

 

 

 

INDIVIDUALISMO E TRADIZIONE PROGRESSISTA OCCIDENTALE: APPENDICE AL CAPITOLO 2: LA CULTURA ROMANA: MILITARIZZAZIONE, GOVERNO ARISTOCRATICO E APERTURA VERSO I POPOLI CONQUISTATI

INDIVIDUALISMO E
TRADIZIONE PROGRESISTA OCCIDENTALE.
Origini evolutive, storia e prospettive future.
traduzione italiana di Marco Marchetti

APPENDICE AL CAPITOLO 2:

LA CULTURA ROMANA: MILITARIZZAZIONE, GOVERNO ARISTOCRATICO E APERTURA

VERSO I POPOLI CONQUISTATI.

Questa appendice intende mostrare come l’ethos IE si sia esemplificato nella Roma repubblicana. La mia idea generale è che le forze che maggiormente influenzarono la cultura europea post-romana furono di gran lunga rappresentate dai popoli germanici e dalla cultura dei CR dell’Europa nordoccidentale, entrambe influenzate a loro volta dalle conquiste degli IE (cfr. cap. 3 e 4) e che l’influenza romana sulla cultura europea fu, in ultima analisi, assai ridotta e trasmessa attraverso la lente del cristianesimo, nato durante l’Impero Romano ed istituzionalizzato come religione di stato romana al principio del IV secolo (cfr. cap. 5). All’epoca della caduta dell’Impero d’Occidente l’ethos IE che aveva alimentato l’ascesa di Roma era scomparso, sostituito da una cultura che attribuiva valore al celibato, alla castità e al martirio e credeva che tutti gli uomini fossero uguali davanti a Dio.

Inoltre, a partire dall’ultimo periodo della repubblica e durante l’impero, la popolazione originaria di Roma fu ampiamente sostituit, a causa del declino del ceppo fondatore e dell’afflusso di popoli stranieri risultante dalla politica di assimilazione e dall’elevata percentuale di schiavi che furono in gran parte resi liberi. L’Impero d’Occidente cadde in potere dei popoli germanici che succedettero a Roma nell’Alto Medioevo; queste tribù germaniche avevano conservato una variante del retaggio culturale IE in misura assai maggiore di quanto avesse potuto fare Roma dopo l’ascesa del cristianesimo.

Quanto segue si basa soprattutto sulla mia recensione di Una storia critica della prima Roma, di Gary

Forsythe1. Essa non lascia dubbi sul fatto che la Repubblica Romana avesse avuto inizio come una cultura

IE unica e affascinante, che tuttavia, come probabilmente l’Occidente contemporaneo, recava in sé i semi della propria distruzione.

 

Gary Forsythe ha scritto una classica storia della prima Roma repubblicana, il cui aspetto critico sta nell’aver messo in dubbio gran parte delle conoscenze tradizionali concernenti tale storia. Il quadro risultante, dopo che Forsythe ha rimosso quelli che egli considera gli aspetti discutibili della documentazione storica, ci fornisce un pregevolissimo ritratto di un’importante variante storica dell’eredità IE: una repubblica fortemente militarizzata con un governo aristocratico non dispotico. Durante questo periodo (509-264 a. C.) la società romana consentiva una mobilità ascendente ed era disponibile ad incorporare i popoli recentemente conquistati nel proprio sistema, con pieni diritti di cittadinanza. Questa apertura si mantenne nel corso della tarda repubblica e dell’impero.

 

 

 

 

Le radici indoeuropee della civiltà romana: l’ethos militare della Roma repubblicana.

 

Sostanzialmente, le città-stato mediterranee fondate dalle popolazioni IE non erano che versioni più stabili dell’organizzazione sociale elementare IE basata sui Männerbünde. Forsythe descrive «bande guerriere» dedite alla razzia e a combattere con i vicini come un elemento comune al mondo dei greci, dei romani, dei celti e dei germani2. Il comando si fondava sull’abilità militare e i seguaci giuravano di combattere fino alla morte. Al principio della repubblica romana i clan aristocratici potrebbero benissimo essere stati dei classici Männerbünde: la “visione corrente”, riguardo alla quale Forsythe si mostra scettico per via della debolezza della documentazione, è che la battaglia di Cremera del 478 a. C. (una grave sconfitta dei romani per mano degli abitanti di Veio, una città etrusca, che ebbe luogoo trent’anni dopo la fondazione della repubblica) fosse stata sostanzialmente intrapresa da un clan aristocratico (i Fabi, che a quel tempo detenevano il consolato) prima che lo stato acquisisse il pieno controllo dell’organizzazione militare3. In altri termini, nei primissimi anni della repubblica questi clan agivano con una certa indipendenza rispetto allo stato romano. La tipica relazione patrono-cliente rifletteva presumibilmente l’organizzazione dei Männerbünde, nella quale persone meno abbienti si legavano con obblighi reciproci a individui ricchi e potenti. Questa è probabilmente una sopravvivenza della cultura IE, nella quale i condottieri militari e i loro seguaci avevano obblighi reciproci. Forsythe nota come questo mitigasse le disparità sociali ed economiche4. Esistevano più livelli, così che un certo individuo poteva essere il patrono di persone più povere e al contempo il cliente di qualcuno più ricco e più potente di lui: «la tarda società romana era in generale tenuta insieme da una vasta e complessa rete di simili relazioni»5. Riflettendo la natura non dispotica della società romana (cfr. oltre) i patroni potevano essere “maledetti” a motivo di un’ingiustizia nei confronti dei clienti e quindi uccisi od ostracizzati.

Un tratto caratteristico della cultura IE è il fatto che la gloria militare fosse apprezzata più di ogni altra cosa. Forsythe osserva come, intorno al 311 a. C., «Roma fosse uno stato giovane e vigoroso guidato da aristocratici ambiziosi ed energici, bramosi di sfruttare la forza crescente dello stato per accrescere il loro prestigio personale, come pure l’influenza e il potere di Roma»6.

 

Diversi dati […] mostrano il quadro di un’aristocrazia romana consapevole del proprio potere e di quello dello stato romano, avida di gloria militare e lieta di goderne, ambiziosa di annunciare ed elencare pubblicamente i propri successi ai contemporanei ed ai posteri […]. [Tra le famiglie aristocratiche c’era] un forte senso dell’orgoglio familiare, della tradizione e della continuità7.

L’aristocrazia romana era pervasa da un ethos militare in base al quale l’onore più grande si conseguiva con la vittoria in battaglia, sia tramite atti di valore individuali che guidando operazioni militari di successo. Questo ethos non era soltanto mantenuto, ma altresì alimentato dalla rivalità competitiva che caratterizzava l’élite di governo romana […] Molti degli alleati italici di Roma possedevano un’analoga tradizione militare di lunga data, così che i vantaggi derivanti da guerre vittoriose (schiavi e bottino) univano tra loro, nell’intraprendere guerre, gli interessi dell’élite romana, della popolazione romana maschile adulta e degli alleati di Roma. Lo stato romano era pertanto configurato allo scopo di perseguire una politica estera aggressiva, caratterizzata dall’assunzione di rischi calcolati, dall’opportunismo e dall’interventismo militare. Di conseguenza, durante il periodo repubblicano furono pochi gli anni in cui i magistrati curuli romani non guidassero eserciti e non conducessero operazioni militari8.

 

Degna di nota è l’osservazione del fenomeno umano dell’autoinganno emergente dal fatto che Roma avesse prodotto motivazioni di tipo morale per molte delle sue guerre (fatto comune nel corso della storia dell’Occidente fino ai giorni nostri).

 

Nel descrivere le cause delle varie guerre gli storici romani di epoca tarda di solito magnificavano (quando non fabbricavano di sana pianta) le responsabilità del nemico, sopprimendo o distorcendo ogni misfatto compiuto dai romani […] Il senato romano è presentato come esperto nelle guerre con i popoli stranieri e assai abile nel manipolare le situazioni o gli stati nemici, così da crearsi una giusta motivazione per la guerra a sostegno della propria politica di espansione9.

 

Uno studio recente ha sostenuto che la razionalizzazione è un adattamento evolutivo degli umani10. Nel caso romano questa razionalizzazione alimentò indubbiamente l’orgoglio di gruppo.

Per via del prestigio connesso alla carriera militare, le famiglie aristocratiche evitavano il tribunato (che era composto da plebei e si occupava di questioni urbane interne piuttosto che di questioni militari) sebbene alcuni aristocratici di basso rango diventassero tribuni.

Forsythe descrive anche l’organizzazione sociale sostanzialmente IE dei galli che occuparono Roma nel 390 a. C. I galli erano meno organizzati dei romani o delle altre città-stato del Mediterraneo, ma avevano anch’essi un’élite guerriera che si dedicava al saccheggio:

 

Presso i celti, l’attività predatoria e la sovrappopolazione contribuirono congiuntamente all’ampliamento territoriale dei loro insediamenti e della loro cultura. Le incursioni compiute all’interno di nuove aree offrivano ai condottieri celti e alle loro bande di guerrieri ulteriori opportunità di arricchirsi e di guadagnare prestigio. Nello stesso tempo, le loro razzie aprivano sovente la strada a migrazioni più pacifiche e ad insediamenti; la Valle del Po nell’Italia settentrionale è forse il miglior esempio di questo fenomeno11.

 

L’intensa dedizione ad un’etica militare appare evidente nel tipico atteggiamento dei romani dopo una sconfitta. Quando furono battuti dal re greco Pirro, invece di trattare la pace i romani «risposero con sforzi ancor più grandi per risollevarsi»12. Quando, alla fine, riuscì a sconfiggere Pirro, Roma era arrivata sulla scena internazionale, ricevendo un ambasciatore dell’Egitto.

 

La famiglia romana.

 

Larry Siedentop definisce IE  la struttura familiare dominante dell’antica Grecia e della Roma precristiane.

Era un mondo nel quale «la famiglia era tutto» e il paterfamilias agiva non solo come un magistrato dotato di potere su tutti i membri della famiglia, ma anche come il suo sommo sacerdote. In effetti l’unità di base era un insieme di «piccole chiese familiari»13. La venerazione degli antenati maschi era fondamentale, così che, in un senso molto concreto, ciascuna famiglia aveva la propria religione. Sebbene la famiglia si basasse sui legami di sangue in linea maschile, un figlio adottivo poteva diventarne parte accettando gli antenati della famiglia di adozione come propri (fenomeno detto dagli antropologi “parentela fittizia”), mentre «un figlio che abbandonava la famiglia cessava del tutto di essere un parente, diventando uno sconosciuto»14.

Questo era un sistema patrilineare, dove le donne che diventavano mogli in un’altra famiglia perdevano la loro identità precedente e adottavano gli antenati del marito. Fatto importante, il confine della famiglia era altresì un confine morale: «Per lo meno all’inizio, si riteneva che coloro che stavano al di fuori dalla cerchia familiare non condividessero alcun attributo con coloro che stavano all’interno. Non era riconosciuto alcun elemento umano in comune, atteggiamento confermato dalla pratica della riduzione in schiavitù»15. L’affetto e la beneficienza erano circoscritti entro i confini della famiglia. Ciò aveva come risultato un sentimento familiare composto da senso del dovere, affetto e credenza religiosa: la pietas.

La proprietà non apparteneva all’individuo, bensì alla famiglia, dove il figlio maggiore possedeva la terra per conto dei propri antenati e dei propri discendenti. Le figlie non potevano ereditare. La società era dunque un’associazione di famiglie, non di individui. Il divario principale era quello tra pubblico e famiglia, non tra pubblico e privato.

Se la famiglia così strutturata formava la base del sistema sociale, esistevano altresì raggruppamenti più ampi, come la gens (famiglia estesa) i clan (in greco fratrìe, in latino curiae) e le tribù, secondo distanze genetiche via via maggiori. Questi gruppi più estesi erano composti da famiglie unite tra loro non da legami genetici, bensì da un’ideologia religiosa, a dimostrazione del fatto che la parentela biologica non rivestiva un’importanza determinante: «Queste ampie associazioni davano vita al loro sacerdozio, alle loro assemblee e ai loro riti»16. Le città nascevano quando un certo numero di questi raggruppamenti più ampi (le tribù) si univano e stabilivano un culto comune. Ciò tuttavia non cancellava le connotazioni religiose dei gruppi più piccoli, famiglie comprese. «La città che veniva ad emergere era dunque una confederazione di culti, un’associazione che si sovrapponeva alle altre associazioni, il tutto modellato sulla famiglia e sul suo culto»17. Non si trattava di un’associazione di individui.

Le regole a base religiosa prescrivevano i comportamenti in ogni ambito della vita, non lasciando alcuno spazio alla coscienza individuale. Le leggi erano viste come derivanti dalla religione più che come una decisione volontaria dei legislatori. Ciò produceva un forte patriottismo, essendo la religione, la famiglia e il territorio tra loro connessi. «Tutto ciò che era importante per [il romano], i suoi antenati, la sua vita morale, il suo orgoglio e la sua proprietà, dipendeva dalla sopravvivenza e dal benessere della città»18. Un simile attaccamento alle divinità cittadine fu la causa principale della difficoltà di unire tra loro le città della Grecia. L’esilio era la punizione estrema, poichè una persona esiliata non possedeva un’identità legittima.

Come in altre società aristocratiche IE, le barriere tra le classe dominante e quella dominata finirono per diventare permeabili e una mobilità sociale ascendente divenne possibile, per quanto lentamente. Il modello di cittadinanza aristocratico e la base etnica dell’aristocrazia erano decaduti assai prima che l’impero adottasse il cristianesimo (cfr. cap. 5).

Vi furono inoltre graduali mutamenti in direzione della fine primato del primogenito e della riduzione del potere del paterfamilias sui rami della famiglia estesa. I clienti (originariamente poco più che schiavi) divennero liberi di possedere proprietà.

Le idee di “gerarchia naturale” e di “ineguaglianza naturale” sono fondamentalmente aristocratiche. Pertanto, la “società giusta” di Platone, com’è delineata nella Repubblica, doveva essere governata dai filosofi poiché costoro erano veramente razionali, e Platone riteneva che esistessero differenze naturali nella capacità di essere razionali. Questa, espressa nel linguaggio moderno della genetica comportamentale, è l’idea secondo la quale esistono differenze individuali aventi una base genetica. Aristotele credeva che alcune persone fossero “schiave per natura”19, vale a dire che la gerarchia tra padroni e schiavi fosse naturale. Riflettendo temi comuni alla cultura IE20, gli antichi apprezzavano la fama e la gloria (valutazione positiva da parte degli altri) derivanti da autentiche virtù e dai successi militari e politici, non l’indolenza o l’amore per il lusso, e neppure il lavoro, perché i lavoratori erano spesso schiavi e il legittimo bottino di una conquista.

 

La religione pubblica romana.

 

Come osservato in precedenza, un aspetto importante della religione riguardava le “piccole chiese familiari”. Esisteva tuttavia anche una religione pubblica, che era “profondamente incorporata” nella cultura romana più antica. Si riteneva che i patrizi possedessero una «speciale conoscenza religiosa»21. I dati indicano «un antico nesso tra sacerdozio, senato, patriziato e autorità religiosa»22. Ad ogni modo, Roma divenne via via più secolarizzata, così che i legami tra le famiglie patrizie e la religione gradualmente si attenuarono e insigni plebei poterono detenere alte cariche religiose, un aspetto questo della generale acquisizione da parte della plebe di potere e di status nell’ambito della repubblica e un esempio della mobilità sociale ascendente possibile nelle culture a base IE. Prima della seconda metà del IV sec. a. C. il senato deteneva probabilmente la maggioranza dei sacerdoti, ma in seguito «l’aumento del numero delle magistrature dovette portare ad una secolarizzazione del senato, dato che il prestigio e l’importanza del corpo sacerdotale dei patres vennero intaccati e si ebbe un incremento di senatori di formazione politica e militare»23.

 

Il governo aristocratico e non dispotico di Roma.

 

A detta di tutti, la storia romana più antica, precedente la repubblica, è avvolta nella leggenda. Ciò nondimeno, Forsythe osserva come durante il periodo in cui  governarono i re non vi siano indizi di un principio ereditario24. Lo storico romano Livio scriveva infatti:

 

Un tempo i re governavano la città. Essi tuttavia non la lasciavano ai membri della loro casata. A loro successero persone che non erano loro parenti, ed alcuni stranieri; Romolo fu seguito da Numa, che proveniva dai sabini, vicini certamente ma, a quel tempo, stranieri […] A [Tarquinio Prisco] fu impedito di rivestire cariche pubbliche nella propria città per via del suo sangue impuro, essendo egli figlio di Demarato il corinzio e di una donna di Tarquinia, di buoni natali ma povera, così che dovette accettare suo marito per necessità; ma dopo che fu emigrato a Roma, Tarquinio Prisco ottenne la carica di re25.

 

E’ particolarmente interessante il fatto che un uomo la cui carriera nella propria città era ostacolata dall’avere “sangue impuro” riuscisse a diventare re a Roma. Il caso di Servio Tullio fu simile: era un etrusco che divenne re dopo essere emigrato a Roma, «col più grande vantaggio per lo stato»26.

Ciò è importante in quanto indica (coerentemente con altre culture IE) che i re ottenevano la loro posizione in base alle loro capacità, probabilmente mediante elezione da parte dei loro pari, ma certo non per via ereditaria. Come osservato in questo capitolo, la società IE era un sistema basato sul libero mercato piuttosto che sulla parentela: i capi dei Männerbünde erano in grado di reclutare seguaci grazie alla loro capacità di condurre operazioni belliche di successo. I seguaci venivano ricompensati per i loro sforzi, ma si sarebbero uniti ad altri Männerbünde qualora avessero ritenuto di trovare altrove migliori opportunità.

In generale i re di Roma non furono dei despoti, per quanto sussistano alcune congetture in base alle quali gli ultimi due re si sarebbero comportati da tiranni27; se le cose stessero così, tale esperienza avrebbe potuto costituire la ragione per la quale i romani abbandonarono la monarchia in favore delle istituzioni repubblicane. Nella maggior parte dei casi i re furono “primi tra i pari”, un sistema che Ricardo Duchesne ha definito «egualitarismo aristocratico»28. I re erano consigliati dagli altri aristocratici e probabilmente erano eletti da loro.

Verso la fine del VI sec. a. C., poco prima della nascita della repubblica, Roma aveva un governo tripartito formato da popolo, senato e re. Il popolo era suddiviso in tre tribù secondo un criterio geografico piuttosto che parentale, ciascuna con dieci curiae che formavano la base sia del reclutamento militare sia della partecipazione al voto, e che dunque furono la più antica struttura politica e militare dello stato romano. Nella prima Roma gli aristocratici consigliavano il re; dopo i re, essi formarono un corpo a sè, il senato. Il senato eleggeva un re ad interim, o interrex, «fintanto che il popolo non veniva chiamato a raccolta nei comitia curiata [un’assemblea militare, vedasi oltre] dove un candidato proposto dall’interrex presidente riceveva il voto affermativo del popolo (lex curiata) e l’approvazione del senato (patrum auctoritas29. I due consoli stabiliti dalla repubblica come le più importanti cariche politiche ereditarono essenzialmente i poteri militari e giudiziari del re, mentre il rex sacrorum ne ereditò i compiti religiosi. I consoli avevano il potere di radunare l’esercito e di comandarlo in guerra. I consoli erano collaboratori, non despoti, e l’azione di uno poteva essere bloccata dall’altro. «Il disaccordo aveva come risultato l’inazione»30. Comunque, in tempi di crisi un dittatore poteva essere nominato da uno dei consoli in risposta a un decreto del senato, probabilmente ratificato dai comitia centuriata. A differenza dei consoli, il cui mandato durava un anno, il mandato dei dittatori durava soltanto sei mesi.

Con lo stabilimento della repubblica, Roma venne ad essere dominata da un’aristocrazia. Una componente importante di questa aristocrazia di governo fu un gruppo di antiche ed eminenti famiglie, i patrizi. Per un certo periodo i patrizi tentarono di diventare una casta chiusa e di monopolizzare completamente il consolato. Nel 449 a. C. vene promulgata una legge contro il matrimonio tra patrizi e plebei, che però fu revocata appena cinque anni dopo; dai romani delle epoche successive essa venne generalmente considerata tirannica31.

Un altro aspetto del governo aristocratico della repubblica è che le più alte autorità (consoli e pretori) erano elette dai comitia centuriata, assemblee militari divise in centurie sulla base del censo. Ai censori spettava la responsabilità di verificare le proprietà di ciascun capofamiglia e di assegnarlo ad una centuria. La centuria più ricca votava per prima, e di solito il risultato delle elezioni era già deciso prima che le centurie più  povere potessero votare. I comitia centuriata avevano il potere di approvare le leggi, dichiarare guerra e ratificare i trattati, e fungevano da corte suprema per i crimini punibili con la pena capitale32.

Malgrado ciò, i plebei avevano una certa rappresentanza politica. I tribuni della plebe erano la carica più importante dopo i consoli. I loro compiti si limitavano a gestire «le questioni legislative e giudiziarie [della città] davanti al popolo raccolto in assemblea»33. «Nel pensiero politico romano di epoca tarda i tribuni della plebe erano visti come cani da guardia pubblici e come protettori dei diritti dei cittadini»34. Gran parte delle leggi era promulgata da questi tribuni, ma ciò avveniva «solitamente ai sensi di un decreto del senato»35. Il tardo periodo repubblicano, a partire dall’epoca dei Gracchi (131-121 a. C.), conobbe un notevole conflitto, con «tribuni sediziosi che promuovevano istanze popolari in opposizione al senato»36.

Comunque, per la maggior parte del periodo repubblicano vi fu una netta  separazione dei poteri. Forsythe attribuisce particolare importanza agli accordi politici del 367 e del 338 a. C., che proiettarono Roma verso uno spettacolare successo. «Il potere politico fu distribuito tra i magistrati, il senato e l’assemblea dei cittadini, così da formare quella costituzione mista che riscosse lodi così grandi da parte di Polibio»37.

Un altro storico, Andrew Lintott, riassume la separazione dei poteri a Roma nel modo seguente:

 

A Roma il senato appare come il punto focale della politica. Qui non solo si discutono le questioni di politica estera, ma anche problemi come il disaccordo tra il pretore e il pontifex maximus. Il senato è una cassa di risonanza dell’autorità dei membri dell’esecutivo, che per la maggior parte ne sono anche membri.

Comunque, sarebbe errato pensarlo come un’autorità unica o suprema. E’ in effetti una caratteristica della repubblica il fatto che vi fossero molteplici fonti decisionali che, normalmente, non venivano messe in discussione da parte di una qualche autorità superiore (cosa che doveva in gran parte scomparire sotto la monarchia dei Cesari). I magistrati (tra cui gli aediles, i tribuni, i questori…) e i commissari preposti alla fondazione e rifondazione di colonie dovevano la loro posizione al popolo raccolto in assemblea […] Il voto popolare poteva essere soggetto a quelle che erano considerate come influenze improprie, ma mostra altresì come tali influenze non fossero necessariamente decisive38.

 

L’apertura della società romana: mobilità sociale e incorporazione di popoli diversi. 

 

Come sottolineato in questo capitolo, la struttura sociale IE era basata sul talento e sull’abilità. La mobilità ascendente era possibile, e i gruppi IE in Europa tendevano ad avere, tra conquistatori e popoli conquistati, barriere relativamente deboli e permeabili, che la persona dotata di talento poteva oltrepassare. Ciò valeva anche per Roma. La mobilità ascendente era possibile, come lo era quella discendente.

 

Mobilità ascendente dei plebei.

L’infelice tentativo di stabilire un concetto di cittadinanza riservato ai patrizi incontrò naturalmente l’opposizione di coloro che rimanevano esclusi da questo sistema basato sulla famiglia. I plebei erano originariamente costituiti da immigrati che non avevano rapporto con gli antenati o con la parentela delle famiglie cittadine. Erano un gruppo eterogeneo che comprendeva i poveri delle campagne e della città, ma anche alcune famiglie ricche e di successo che erano ascese socialmente39. Questi plebei più ricchi, in particolare, avevano ambizioni politiche proprie e premevano per espandere i confini della cittadinanza ed aprire alla loro classe l’accesso alle cariche pubbliche. A partire dal tardo V scolo [a. C., n.d. t.] la politica interna romana fu dominata dalla «lotta tra gli ordini», un conflitto di classe tra patrizi e plebei in cui questi ultimi ottennero gradualmente più diritti e un maggiore potere politico.

Fin dal principio della repubblica le cariche erano suddivise tra patrizi e plebei, laddove i primi detenevano il sacerdozio del rex sacrorum, i tre flamen maggiori (sacerdoti assegnati al culto di Giove, Marte e Qirino) e la carica di interrex (che controllava lo stato durante i cinque giorni in cui si tenevano le elezioni consolari). I plebei detenevano il tribunato della plebe e l’edilità plebea (carica che regolava le festività, i mercati e la manutenzione degli edifici pubblici). Ma esisteva una pari ripartizione dei poteri per altre cariche: quelle di curule aedile (responsabile di diverse festività) di console e di censore, come pure per alcune cariche religiose di minore importanza. In generale, i patrizi conobbero un graduale declino man mano che le loro famiglie si estinsero, ma conservarono «grande prestigio e importanza politica»40. A volte patrizi e plebei univano le loro risorse politiche e concorrevano insieme per il consolato.

Verso la metà del IV sec. a. C. l’aristocrazia romana era composta sia da famiglie plebee che da famiglie patrizie. A partire dal 342 a. C. si adottò la pratica che un console fosse patrizio e l’altro plebeo. Nel 172 a. C., a causa del declino di molte famiglie patrizie e dell’estinzione di alcune altre, vi furono spesso due consoli plebei, «e da allora in poi la precedente spartizione del consolato fu abbandonata»41. L’ascesa dei plebei proseguì nella tarda repubblica. Quando Silla divenne dittatore, verso l’82 a. C., ridusse il potere dei tribuni della plebe e restaurò quello dei comitia centuriata, ma ciò generò forti controversie e venne abbandonato nel 70 a. C.

 

Mobilità sociale ascendente dei popoli assimilati.

Fin dai primi tempi della repubblica abbiamo esempi della fluidità sociale dell’aristocrazia romana. Appio Claudio arrivò a Roma dal territorio sabino nel 509 a. C. e divenne membro del patriziato. L. Fulvius Curvus, proveniente da Tusculum, diventò console 60 anni dopo che Roma ebbe conquistato la sua città nel 381 a. C. I consolati degli anni che vanno dal 293 al 280 a. C. inclusero sei nuovi clan e altri due si aggiunsero nel 264 a. C.; almeno cinque di questi clan erano di origini non romane, mentre quelli romani erano plebei.

L’apertura verso gli stranieri appare anche dal fatto che il Latium, che comprendeva le città vicine a Roma con lingua e cultura simili, aveva diritti di commercium (poteva detenere proprietà in altre città) di connubium (matrimonio) e di migrandi (immigrazione). Ciò definì un precedente per le epoche successive, quando altri popoli, non latini, sarebbero stati incorporati nella società romana con una cittadinanza parziale (civitas sine suffragio). Tali popoli avrebbero potuto, in seguito, ottenere la piena cittadinanza, come ad esempio i sabini, che la ottennero nel 268 a. C. Questa apertura verso gli altri popoli fu «una chiave del futuro successo imperiale di Roma»42.

Invece di annientare le élite dei popoli conquistati, Roma spesso le assorbì, garantendo loro all’inizio una cittadinanza parziale, in seguito quella piena. Il risultato fu quello di unire «i diversi popoli italici in un’unica nazione»43. A tutti i popoli conquistati veniva richiesto di fornire soldati, cosa che permetteva a Roma di impegnarsi continuamente in operazioni di guerra. Se una persona si trasferiva a Roma da una zona conquistata, poteva ottenere la piena cittadinanza. Dai gruppi conquistati venivano continuamente create nuove tribù, il cui numero complessivo raggiunse le 31 nel 332 a. C.44.

Coloro ai quali veniva data la cittadinanza venivano assegnati ad una tribù e ad una centuria nei comitia centuriata, espandendo così la popolazione romana e, in definitiva, il potere di Roma. Ad esempio, quando i romani conquistarono la città etrusca di Veio nel 396 a. C. crearono quattro nuove tribù, i cui membri vennero assegnati dal censore romano.

Questo processo proseguì nella tarda repubblica: la Guerra Sociale del 90-88 a. C. ebbe come risultato la piena cittadinanza per le genti non romane dell’Italia centrale e meridionale. Alla fine si cominciò ad estendere la cittadinanza oltre i confini italiani. «Al tempo dell’assassinio di Giulio Cesare […] nel 44 a. C. l’Italia era stata romanizzata, e il medesimo processo (per quanto ad un ritmo assai più lento) era già in corso in altre province d’oltremare» 45.

L’apertura del sistema romano appare anche dal trattamento riservato agli schiavi liberati. I liberti diventavano cittadini romani e clienti dei loro ex-padroni. Nei primi tempi gli schiavi erano dei latini etnicamente molto vicini ai romani che erano stati catturati in guerra e integrati con facilità, ma la legge non venne cambiata neppure dopo che gli schiavi cominciarono ad essere individui provenienti in numero preponderante da altre popolazioni ed altre culture.

 

Qualunque fosse l’origine di questa pratica, Roma non la cambiò mai. A partire dal IV sec. a. C., quando la conquista romana dell’Italia e del Mediterraneo generò un massiccio afflusso di schiavi, la società romana continuò a ricevere costantemente al suo interno nuovi cittadini di origine straniera mediante la pratica della manomissione. Tale apertura contribuì al posteriore successo di Roma quale potenza imperiale capace di unire popoli diversi in un sistema sociale funzionante46.

 

Nel 264 a. C. (inizio della Prima Guerra Punica) esistevano tre classi di romani: 1) i cittadini dell’area centro-italica; 2) gli stati alleati a Roma (etruschi, ecc.) guidati da «élite di proprietari terrieri che avevano essenzialmente gli stessi interessi sociali, economici e politici nonché la stessa mentalità dell’aristocrazia romana»; 3) le colonie latine stabilite in tutta l’Italia47. Tutti facevano parte dell’organizzazione militare romana. Le colonie e gli alleati potevano gestire i loro affari interni, ma Roma ne controllava la politica estera. Si dice che Roma, quando entrò nella Prima Guerra Punica, fosse in grado di mettere in campo 730.000 fanti e 72.700 cavalieri, una forza davvero impressionante. Roma era diventata una potenza mondiale ed era in rotta di collisione con Cartagine.

Per finire, è importante rendersi conto del fatto che l’apertura della società romana non era generalmente caratteristica delle altre città-stato mediterranee, e in particolare di quelle greche.

 

Anche se la società romana era molto gerarchica e niente affatto democratica, essa era assai più aperta di quella delle città-stato greche. Come risultato, Roma ebbe successo nell’unire le popolazioni italiche, molto diverse tra loro, in un’unica confederazione, laddove gli stati della Grecia continentale, per quanto uniti da una lingua e da una cultura comuni, non riuscirono mai a superare la natura esclusoria delle loro istituzioni e a formare un’unione duratura. L’unità greca venne raggiunta solo quando fu imposta dalla forza superiore di una potenza straniera, coma le Macedonia o Roma […] Questa ricettività sociale e politica fu la principale responsabile del duraturo successo di Roma quale potenza imperiale48.

 

Come scrive Tacito, l’imperatore Claudio (che regnò dal 41 al 54 d. C.) fu ben consapevole di questo contrasto tra la Grecia e Roma, come si evince dai suoi commenti nel corso di un dibattito concernente la questione se i galli, già cittadini, potessero avere accesso ad una delle più alte cariche della società romana, quella di senatore. Claudio sottolineò la lunga storia dei non romani che avevano raggiunto posizioni e potere a Roma (inclusi i suoi stessi antenati) come pure il loro contributo alla città e il loro senso di devozione nei confronti della stessa, sostenendo che le nuove genti si sarebbero assimilate e avrebbero fornito un contributo alla società romana.

 

Nei miei stessi antenati, il più antico dei quali, Clausus, un sabino d’origine, fu fatto al contempo cittadino e capo di una casa patrizia, trovo incoraggiamento ad adottare la stessa politica nel mio governo, portando qui ogni autentica eccellenza da qualunque luogo la si trovi. Poiché non ignoro che i Julii vennero tra noi da Alba, i Coruncanii da Camerium, i Porcii da Tusculum; che […] certi membri del senato vennero presi dall’Etruria, dalla Lucania, dall’intera Italia; e che, per finire, l’Italia stessa venne estesa fino alle Alpi, così che non solamente individui, ma paesi e nazioni formassero un unico corpo sotto il nome di romani. […] Cos’altro risultò fatale a Sparta e ad Atene, malgrado il loro potere con le armi, se non la loro politica di tenere a distanza i conquistati come stranieri? Ma la sagacia del nostro fondatore Romolo fu tale che più volte egli combattè e naturalizzò un popolo nel corso del medesimo giorno. […] Se considerate tutte le nostre guerre, nessuna terminò in un tempo più breve di quella contro i galli: da allora in poi c’è stata una pace continua e leale. Ora che i costumi, la cultura e i legami matrimoniali li hanno fusi con noi, che portino tra noi il loro oro e le loro ricchezze, invece di tenerli al di là dei confini! […] Ai magistrati patrizi seguirono quelli plebei, ai plebei quelli latini; ai magistrati latini, quelli provenienti da altre genti dell’Italia49.

 

La posizione di Claudio risultò vincente.

Alla lunga, l’accoglienza degli stranieri ebbe come conseguenza che Roma perdette la sua omogeneità etnica, cosa che probabilmente contribuì al declino delle qualità che avevano fondato e mantenuto il potere romano, come pure all’aumento dei conflitti sociali e politici della tarda repubblica e dell’impero. Tenney Frank rivide criticamente la storia della mescolanza razziale a Roma esaminando la probabile origine dei nomi delle iscrizioni e concludendo: « E’ probabile che, all’epoca in cui essi [Giovenale e Tacito] scrivevano [tra la fine del I e l’inizio del II sec. d. C.] una percentuale assai ridotta dei liberi plebei che circolavano per le strade di Roma potesse comprovare una pura discendenza italica. La stragrande maggioranza (forse il novanta per cento) aveva sangue orientale nelle vene»50.

Frank, che scriveva nel 1916, quando la scienza sociale darwinista era al suo zenit (cfr. cap. 6) propone diverse altre cause del «“suicidio razziale” delle quali gli scrittori dell’età imperiale chiacchieravano apertamente»51. Queste includono le molte guerre i cui soldati provenivano dal ceppo originario dei cittadini nati liberi (che dunque servivano sotto le armi, mentre gli schiavi erano liberi di riprodursi) come pure la bassa fertilità delle classi superiori. Quest’ultimo fattore è davvero notevole:

 

Combinando tra loro fonti epigrafiche e letterarie, è possibile ricavare una storia delle famiglie nobili abbastanza completa, e questa rivela una sorprendente incapacità, da parte di tali famiglie, di perpetuarsi. Sappiamo ad esempio di 45 patrizi viventi all’epoca di Cesare, dei quali uno soltanto era rappresentato da un discendente quando Adriano prese il potere [117 d. C.]. Gli Aemilii, i Fabii, i Claudii, i Manlii, i Valerii e tutti gli altri (con l’eccezione dei Cornelii) erano scomparsi. Augusto e Claudio [all’inizio del I sec. d. C.] elevarono al patriziato 25 famiglie, tutte scomparse, tranne sei, prima del regno di Nerva [96-98 d. C.]. Delle quasi quattrocento famiglie di senatori registrate nel 65 d.C. sotto Nerone, quasi la metà era scomparsa ai tempi di Nerva, ossia una generazione dopo52.

Ma ciò che stava dietro a tutte queste cause di disintegrazione e che costantemente esercitava su di esse la sua influenza era dopo tutto, ed in misura considerevole, il fatto che il popolo che aveva costruito Roma aveva ceduto il suo posto ad una razza differente. La mancanza di energia e di intraprendenza, di previdenza e di buon senso, l’indebolimento della fibra morale e politica furono tutti fattori concomitanti del graduale decremento di quella popolazione che, nell’epoca precedente, aveva dato prova di tali qualità […].

Possiamo addirittura ammettere che se le nuove razze avessero avuto tempo di amalgamarsi e di raggiungere una consapevolezza politica, avrebbe potuto nascere una civiltà più brillante e versatile. Il problema, in ogni caso, non sta qui. E’ evidente che almeno quelle qualità politiche e morali che ebbero maggior peso nella costruzione della federazione italica, nell’organizzazione dell’esercito e del sistema amministrativo provinciale ai tempi della repubblica erano quelle stesse che più necessitavano per tenere insieme l’impero. E per quanto brillanti fossero le doti dei nuovi cittadini, tali qualità facevano loro difetto53.

 

Un chiaro segno di sostituzione della popolazione (già evidente negli Stati Uniti dell’epoca di Frank ma ancor più oggi, quando così tanti monumenti costruiti  dalla maggioranza bianca, comprese le statue di Cristoforo Colombo erette nei quartieri italiani54, vengono abbattuti) fu l’aumento del numero dei santuari dedicati a divinità straniere.

 

Uno dopo l’altro, gli imperatori guadagnarono popolarità tra le masse erigendo santuari ad un qualche Baal straniero, od una statua ad Iside nella sua cappella, più o meno allo stesso modo in cui le nostre città intitolano vie a Garibaldi, Pulaski e via dicendo55.

 

Conclusione: Roma, una strategia evolutiva di gruppo fallimentare.

 

La variante romana del modello culturale IE, nel periodo repubblicano, può essere vista come una strategia che includeva diversi aspetti:

 

  • L’ethos e il prestigio militare IE costituivano la più alta aspirazione pubblica e le famiglie aristocratiche competevano duramente tra loro per la gloria militare;
  • I rapporti patrono-cliente legavano tra loro persone di differenti classi sociali in relazioni di mutuo obbligo e di reciprocità, pratica derivata dai Männerbünde caratteristici delle altre culture IE;
  • Un governo non dispotico e aristocratico, con separazione tra i poteri decisionali e termini di durata ben definiti;
  • Permeabilità tra le classi sociali, così che la mobilità sociale fosse possibile per i plebei dotati di talento;
  • Apertura all’incorporazione di nuovo popoli nella struttura di potere, senza la quale Roma non sarebbe stata in grado di condurre le sue poderose campagne militari.

 

La Roma repubblicana fu essenzialmente un gruppo di clan aristocratici che competevano per l’onore e la gloria mediante manovre politiche volte ad ottenere il consolato e con esso a comandare le operazioni militari contro i gruppi confinanti. Si potrebbe pensare al sistema romano come ad una versione urbanizzata del sistema dei Männerbünde, con un dato numero di famiglie concorrenti per ogni particolare periodo, tutte viventi entro un’area geografica limitata. Poiché i consoli venivano scelti da un’adunanza militare, questo sistema politico formalizzato aveva tipicamente un risultato simile a quello del sistema dei Männerbünde: la selezione dell’uomo più capace nel guidare l’esercito, l’uomo la cui guida avrebbe con maggior probabilità portato alla vittoria e quindi alla ricompensa materiale per la conquista. Allo stesso tempo, prevedendo due consoli per un periodo di tempo limitato, questo sistema era concepito per impedire il dominio di una sola famiglia (a differenza di quanto avverrà nelle tarde aristocrazie europee) garantendo che il talento militare e non l’eredità fosse il fattore critico del successo. Il sistema aveva pertanto le caratteristiche essenziali di un libero mercato. Nel corso del tempo, questo libero mercato del talento venne allargato fino ad includere i plebei e ad eleggere alle più alte cariche dello stato individui provenienti dai popoli conquistati. La mobilità ascendente (come pure quella discendente) era possibile.

Roma era una società schiavista, dove gli schiavi come beni mobili divennero comuni nel IV sec. a. C.; gli schiavi erano una componente di primo piano del bottino di guerra. Comunque, la pratica comune di affrancare gli schiavi, che potevano quindi aspirare alla cittadinanza, fu un altro indicatore dell’apertura e della fluidità sociale della società romana.

Più importante è il fatto che l’esercito non si basò mai sulla schiavitù, come nell’antica Persia. Il successo militare, a sua volta, era un bene per tutte le classi sociali, non solo per le élite. Ad esempio, a prescindere dal bottino derivante dalle campagne militari vittoriose, i cittadini romani erano sovente inviati quali coloni nelle zone conquistate. Nel periodo tra il 338 e il 291 a. C. Roma fondò 16 colonie che coinvolsero circa 50.000 persone, romane e non romane, «che ottennero lo status dei latini diventando coloni»56. Forsythe suggerisce, ragionevolmente, che la pratica della colonizzazione possa essere stata una valvola di sicurezza per i romani poveri e indebitati.

Il risultato fu che il potere romano, a differenza di quello di molte altre civiltà, non era basato sul dispotismo. I cittadini di qualunque classe sociale avevano il loro interesse nel sistema: gli schiavi potevano aspirare alla libertà, coloro che avevano una cittadinanza parziale potevano aspirare alla cittadinanza piena e addirittura alla possibilità di ascendere alla carica di senatore.

Si può ritenere la strategia romana, valutandola correttamente, una strategia evolutiva di gruppo mirante in ultima analisi a migliorare il retaggio genetico di coloro che la praticavano? Suggerirei che la si possa considerare così nella misura in cui le popolazioni assimilate erano strettamente imparentate col ceppo fondatore. Le prime genti assorbite da Roma provenivano da città molto vicine del Lazio. La mobilità sociale ascendente di queste genti fornì a Roma una più vasta manovalanza militare e un più ampio serbatoio di talento politico. All’epoca del discorso di Claudio la questione verteva sull’accorpamento di altri gruppi europei. Nel mondo attuale, essa potrebbe essere considerata analoga all’idea di conseguire un’unione paneuropea con libertà di movimento al proprio interno, limitata tuttavia a popoli che facciano parte del bacino genetico europeo. Se una tale strategia fosse perseguita oggigiorno, essa unirebbe assieme una popolazione bianca ben superiore al miliardo di persone in un formidabile gruppo di cooperazione. Ciò costituirebbe in effetti una strategia evolutiva di gruppo nella misura in cui avesse la volontà politica di escludere le altre popolazioni.

Il problema, naturalmente, proviene dl fatto che una simile politica su base razziale non rappresenta l’obiettivo delle attuali élite di tutto l’Occidente, e si sentono continuamente argomenti, simili a quelli utilizzati da Claudio, secondo i quali tali popolazioni porterebbero un contributo alla società. Un punto di vista realistico sul piano razziale porrebbe l’accento, come obiettivo primario e più importante, sugli interessi genetici degli europei e sul danno a lungo termine che questi  interessi riporterebbero qualora un gruppo che ha una fertilità relativamente bassa accogliesse come cittadini milioni di extraeuropei. Da parte mia porrei altresì in evidenza le differenze tra le popolazioni relativamente a tratti quali in quoziente di intelligenza e l’assimilabilità (p. es. per i musulmani) nonchè i costi del multiculturalismo come pratica che conduce al conflitto tra i gruppi, alla mancanza di coesione sociale e alla riluttanza a contribuire al bene comune.

 

Note.

 

  • Gary FORSYTHE, A Critical History of Early Rome: From Prehistory to the First Punic War by Prof.

Gary Forsythe, Berkeley, University of California Press, 2005.

  • Ibid., 199.
  • FORSYTHE, A Critical History of Early Rome, 200.
  • Ibid., 206.
  • Ibid.
  • Ibid., 307.
  • Ibid., 340.
  • Ibid., 286.
  • Ibid., 286-287.
  • Fiery CUSHMAN, Rationalization is Rational, “Behavioral and Brain Sciences”, in corso di stampa.
  • FORSYTHE, A Critical History of Early Rome, 281.
  • Ibid., 353.
  • Larry SIEDENTOP, Inventing the Individual: The Origins of Western Liberalism, Cambridge, MA, Harvard University Press, 2014: 14.
  • Ibid., 12.
  • Ibid., 13.
  • Ibid., 20.
  • Ibid., 21.
  • Ibid., 25. [19] Ibid., 52.
  • Ricardo DUCHESNE, The Uniqueness of Western Civilization, Leiden, Brill, 2011: passim, vedasi anche cap. 2.
  • FORSYTHE, A Critical History of Early Rome, 167.
  • Ibid., 167.
  • Ibid., 169.
  • Ibid., 98.
  • Ibid., 102-103.
  • Ibid., 103. [27] Ibid., 106.
  • Ricardo DUCHESNE, The Uniqueness of Western Civilization, Leiden, Brill, 2011.
  • FORSYTHE, A Critical History of Early Rome, 110.
  • Ibid., 150.
  • Ibid., 229. Il matrimonio per confarreatio era un’eccezione: era limitato ai sacerdoti ereditari patrizi e il suo significato era che i sacerdoti non potevano sposare donne plebee.
  • Ibid., 111.
  • Ibid., 170.
  • Ibid., 171.
  • Ibid., 170.
  • Ibid., 171.
  • Ibid.
  • Andrew LINTOTT, The Constitution of the Roman Republic, Oxford, Oxford University Press, 1999: 14.
  • FORSYTHE, A Critical History of Early Rome, 156-157.
  • Ibid., 160.
  • Ibid., 159.
  • Ibid., 185. [43] Ibid., 290.
  • Le assemblee tribali (comitia tributa) furono costituite sulla base della residenza geografica così come registrata dal censore. Eleggevano i tribuni della plebe che potevano promulgare le leggi e giudicare cause che non comportassero la pena di morte. Avevano inoltre potere di veto sugli atti del senato o di altri magistrati, compresi i consoli; comunque, fino alla tarda repubblica, tale potere fu raramente utilizzato; Ibid., 176.
  • Ibid., 368.
  • Ibid., 220.
  • FORSYTHE, A Critical History of Early Rome, 363.
  • Ibid., 368.
  • Ibid.
  • Tenney FRANK, Race Mixture in the Roman Empire, “American Historical Review”, 21, n. 4, Luglio 1916: 689-708, rist. in “The Occidental Quarterly”, 5, n. 4, Inverno 2005-2006: 51-68, 52. https://www.toqonline.com/archives/v5n4/54-Frank.pdf [51] Ibid., 63.

[52] Ibid., 64. [53] Ibid., 65.

  • John M. VIOLA, Tearing Down Statues of Columbus Also Tears Down My History, “The New York Times”, October 9, 2017.
  • FRANK, Race Mixture in the Roman Empire, 67.
  • FORSYTHE, A Critical History of Early Rome, 308.